— Foge, Ben!— implorou a voz da mulher. — Vai-te, por amor de Deus! Ben limitou-se a apertar fortemente as maxilas. — Eu vi-o, Ben! Está completamente transfigurado, não é o mesmo homem que tu conheceste! Parece um tigre sedento de sangue, uma fera ansiosa por triturar alguém… — Tudo isso é aparente, querida, simples fingimento— riu Ben, confiante, servindo-se de outro copo de «gin». — Fingimento provocado por uma dor súbita. — Não, Ben, escuta-me — gemeu Chris, abraçando-se às suas pernas. Owen, o taberneiro, curioso e inquieto, olhava, enquanto demorava a limpar o copo. Além deles, ninguém mais se encontrava na taberna. As duas lâmpadas de petróleo colocadas no teto, projetavam uma luz demasiadamente crua sobre os rostos, transformando-os em caveiras falantes. Lentamente, Chris dirigiu-se para a porta. Ben alcançou-a. — Por ai não. Sai pelas traseiras. Ele pode estar emboscado na rua. Chris estremeceu, olhando com apreensão o céu estrelado que se via através dos batentes da porta, e ...