PAS085. O dia em que Susana perdeu o vestido novo
«Bronco Jim» voltou-se para a janela, com a rapidez de um relâmpago.
- Diabos! – exclamou um segundo depois. – Eu vi agora também qualquer coisa a mover-se. Depressa, doutor! Ensine-me a saída deste lado.
Os três homens apressaram-se a abandonar o consultório.
- O senhor, xerife, saia pela porta principal e dê a volta À casa. Eu faço o mesmo pelo outro lado. Vamos, doutor.
Não tardaram a chegar à porta das traseiras. Jim Dodson abriu-a com um puxão e quando se dispunha a sair para a rua…
Esteve prestes a chocar com dois vultos que acabavam de se apresentar diante deles. Ouviram-se dois leves gritos de sobressalto e a voz do doutor dizer:
- Pelas mossas do meu bisturi! De onde diabo saíram vocês? Susana! Beryl! Eram vocês que há pouco espreitavam pela janela do escritório? Vamos, respondam! É muito importante!
As duas raparigas olhavam ora o doutor ora o homem que estivera a ponto de as atropelar, verdadeiramente desconcertadas.
Dois pares de olhos, de cor diferente, mas ambos igualmente belos, refletiam uma aflição sem limitas. Os rostos juvenis das raparigas, ruborizados, eram a mais clara prova da sua culpabilidade.
Não era necessário responder à pergunta que lhes fora feita, para se ficar a saber que com toda a certeza o doutor Hype não se tinha equivocado.
- Devia dar às duas um bom par de açoites! – disse o médico, visivelmente aborrecido. – Que bonito, a espreitar pelas janelas, como duas vulgares mexeriqueiras! Como castigo, tu, Susana , não terás o vestido novo. E quanto a ti, Beryl, direi ao teu pai que te dê uma boa repreensão! Não querem lá ver as raparigas! Vá! Entrem antes que toda a gente fique a saber.
(Coleção Arizona, nº21)
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