PAS522. Recordar uma hora triste
Para Rurt foi um dia esplêndido. Theron amenizou o almoço com o seu incessante e balbuciante palrar, e Eula esforçou-se por se mostrar simpática, amável e sorrir continuamente. No fundo dos seus olhos ainda não tinha desaparecido aquela chamazinha de ódio, quando olhava para Rurt, mas o texano sabia que não se esquecia um ódio profundo em duas horas. A jovem já não o olhava como a um inimigo. Sabia que podia confiar nele. Rurt disse-lhe o motivo da sua oportuna chegada ao rancho, e ela respirou aliviada.
--- Ao menos, sei que já não estou só —E olhando-o fixamente: — Ao que parece sucederam muitas coisas nestes últimos três anos!
— Muitas mais do que às vezes queremos, Eula.
— Refiro-me à sua mudança de ser. Agora já não é um pistoleiro.
— A si o devo. Foi a nossa, última entrevista que me fez mudar. Lembra-se? Então compreendi o alcance que verdadeiramente podia ter para os outros a minha profissão de pistoleiro. Decidi naquele momento mudar de vida.
Eula não respondeu. Era notório que desejava mudar de conversa.
--- Ao menos, sei que já não estou só —E olhando-o fixamente: — Ao que parece sucederam muitas coisas nestes últimos três anos!
— Muitas mais do que às vezes queremos, Eula.
— Refiro-me à sua mudança de ser. Agora já não é um pistoleiro.
— A si o devo. Foi a nossa, última entrevista que me fez mudar. Lembra-se? Então compreendi o alcance que verdadeiramente podia ter para os outros a minha profissão de pistoleiro. Decidi naquele momento mudar de vida.
Eula não respondeu. Era notório que desejava mudar de conversa.
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