Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2015

BUF093. A fuga do condenado

Imagem
(Coleção Búfalo, nº 93)   Franklin Murray tinha prometido perseguir o assassino John Peter e entrega-lo para o mesmo ser julgado e condenado à forca. Cumpriu, mas dois guardas ambiciosos deixaram-se aliciar e Peter fugiu de novo de pois de ter morto um representante da lei. Franklin estava para casar, mas não hesitou em adiar a boda para fazer cumprir a sua promessa. Partiu em busca do bandido. Acompanharam-no uma jovem e o filho do guarda morto pelo bandido. Tentou infiltrar-se no grupo, o filho de um guarda que se deixou corromper o qual tinha verdadeira paixão por Mabel. Assim, a perseguição é marcada por sucessivos encontros entre o trio e este perseguidor apaixonado que acaba por encontrar primeiro a quadrilha. Nesse momento, a novela desenvolve-se através de um conjunto de ações marcantes que culminaram no encontro apaixonado dos dois jovens e na regeneração do pai de um deles. Eis mais um texto do português Vasco Santos que nada fica a dever aos autores mais cotados deste tipo d

BUF092. Ouro e pólvora

Imagem
  (Coleção Búfalo, nº 92) O pobre velhote tinha passado a vida à procura de ouro e, qaundo o encontrou, também encontrou a morte nas mãos de três energúmenos com quem casualmente se cruzou. Toda a história gira em torno dos artifícios para chegar à sua herança a qual naturalmente ia para a jovem Anne, uma bela menina. Um dos facínoras chegou a inventar que, nos últimos momentos, o velhote o tinha nomeado seu tutor. Nesta história há também alguém que se julga cobarde e cuja acção vem a contribuir para afastar aquele facínora e para encontrar o respeito por si próprio depois de acções intrépidas que o conduziram inclusivamente à perda de memória. Peter Kapra é um daqueles autores pouco produtivos, mas cujos argumentos são sólidos. Teve 102 obras registadas no país, mas dominantemente no género Ficção Científica. A história em apreço é muito coerente e muito bem delineada. A capa, não assinada, mostra o momento em que a jovem Anne, cheia de calma, dispara sobre o facínora que se armara e

PAS538. Nunca é tarde para perdoar

Imagem
Olhou duramente o homem que tanto dano moral e material lhe tinha feito e depois a mulher que outrora fora sua noiva e o filho que ela tinha nos braços. A sua voz enrouqueceu ao perguntar: -- Tens alguma coisa a ver com esses assassínios, Vic? Mas antes que este lograsse sequer articular uma única palavra, a mulher interpôs-se entre os dois excla-mando: — Nada, Monty! Juro-te! É verdade que depôs contra ti mas eu só o soube depois de casada. Vic confessou-me tudo tempos depois, quando eu ia ser mãe. Isto distanciou-nos durante muito tempo. Depois, quando regressaste, compreendi que o meu amor por ti tinha morrido, Monty, que o meu dever era estar ao lado do meu marido e do meu filho. Não poderás perdoar? Ele... nada sabia de tudo isto em concreto. Só suspeitava. — Podia ter-me avisado. Creio que isso é tudo. — Não, Monty — replicou Vic. — Não é tudo. Quis fazê-lo, falar contigo. Mas não me deram tempo. — Falas verdade? — Sim, Monty — responderam em uníssono marido e mulher. O pistoleir

PAS537. Uma recordação de um velho amor

Imagem
Disparavam com uma espingarda. Uma arma de caça aos búfalos, com certeza. Olhou na direção em que lhe tinha parecido ouvir os tiros e então, nesse preciso instante, o sol refletiu-se no cano da arma. Atuou de forma instintiva quando se agachou, e o projétil furou-lhe a copa do «Stetson». Deu de esporas e o animal hesitou como que protestando contra o tratamento imerecido. Mas Monty Evans tinha de proceder assim. A ferida doía-lhe horrivelmente. Estava a perder muito sangue e sabia que, mais tarde ou mais cedo, caso não se tratasse convenientemente, acabaria por cair do cavalo. Por outro lado; estava à mercê daquela espingarda. O seu «Colt» não alcançaria nem metade da distância. Mas ainda que o conseguisse, ele jamais teria disparado nessa direção. Porque sabia que por detrás da arma, montada a cavalo, se encontrava Talú Gordon! Castigou de novo o animal e o potente bicho pareceu voar pelo acidentado terreno. Um pouco depois deixava de ouvir os mortíferos zumbidos. Então voltou de novo

PAS536. Estou aqui para o vingar

Imagem
Parou o animal, olhando atentamente a pequena e tosca cabana que surgia no centro da pequena clareira. Uma intensa emoção apoderou-se dele, ainda que o seu rosto se mantivesse como esculpido e pedra. Então viu a criança, um garoto de apenas sete ou oito anos, que brincava aos vaqueiros, já que ente as suas pernitas se podia ver um pedaço de madeira que lhe servia às mil maravilhas de «cavalo». A sua imobilidade de pedra quebrou-se e fez avançar o garanhão. Muito antes de aparecer por completo, o garoto viu-o. Por instantes parou na sua brincadeira. Depois vacilou e finalmente soltou o «cavalo» e deitou a correr como um pequeno diabito para a tosca construção. Monty Evans, sempre a passo, continuou a avançar. O pequeno Monty Sinclair  entrou corno um furacão em miniatura na cabana. Agarrou-se às saias de mãe que naquele momento preparava o pequeno-almoço. Absorvida como estava nos seus pensamentos, a entrada do pequeno sobressaltou-a deveras. Baixou a linda cabeça para ele e então o «ho

PAS535. O terror dos culpados

Imagem
Havia um homem sentado por detrás de urna secretária, entre um montão de papéis e faturas, de uns trinta anos de idade, cabelo preto e encaracolado, olhos azuis de profundo olhar, nariz aquilino e porte altivo e orgulhoso. Ao vê-lo, Talú disse para si mais uma vez que era aquele o seu marido, o homem com quem estava casada. Como um relâmpago perpassaram pela sua mente todos os factos devido aos quais tinha contraído matrimónio com ele. Quando aconteceu «aquilo», era ela a noiva de Monty Evans. Até ao último instante sentiu-se presa ao amor que tinha sabido despertar nela. Inclusivamente chorara deveras no dia em que o tinham levado. Mas depois... Depois tudo se tornara difícil para ela. As suas amigas, as pessoas de bem de Corona, os seus pais, todos mas todos lhe voltavam as costas. Era a namorada, a noiva de um ladrão de gado. Todos a apontavam com o dedo. Todos, menos uma pessoa. O homem que se levantava agora do cadeirão dirigindo-se a ela com um sorriso nos lábios. O seu marido, V

PAS534. A voz da vingança anunciada

Imagem
— Vieste para o vingar, Monty. Sabes que deixou viúva e um filho. Mas nada te faria voltar, se não se tratasse de Ted Sinclair, o teu melhor amigo. O único, se a memória me não atraiçoa. Era tão teu amigo que foi o único a levantar a voz em tua defesa aquando do teu julgamento. Que respondes agora, Monty Evans? Estou enganada? E ainda há outra coisa. Perdoa-me que e trate assim. Um pistoleiro com a tua fama, só pode vir a um lugar como este para algo de positivo. Não por altruísmo ou qualquer outra coisa semelhante. Só a amizade e o saberes que o enforcaram por uma coisa que ainda hoje ninguém sabe a verdade, te trouxeram cá. O jovem ficou sério. Demorou muito tempo a responder. Pensava. A rapariga tinha razão. Ele nunca acreditara no que lhe tinham contado de Ted Sinclair, como este, anos atrás, também se mostrara renitente em aceitar as acusações que sobre ele pesavam e pelas quais tinha passado cinco anos na prisão.

BUF091. O pistoleiro do Colorado

Imagem
(Coleção Búfalo, nº 91) Este homem, este pistoleiro do Colorado, tinha sido falsamente acusado de ladrão de gado e condenado a oito anos de prisão que cumpriu por inteiro. Quando foi libertado, não voltou imediatamente à sua terra, mas a notícia da morte de um dos poucos amigos que o tinham apoiado, motivada por uma acusação também falsa, forçou-o ao regresso com o objectivo de repor a verdade. Reencontrou a mulher que amara nos braços de outro e perdoou-lhe depois de ela o tentar abater. Reencontrou a mulher do amigo morto a quem passou a ver com outros olhos. Reencontrou o pai e a adorável irmã... Este livro mostra que Joe Mogar é um grande autor de novelas do Oeste, embora nunca tivesse alcançado o prestígio de um Silver Kane ou de um Keith Luger. Talvez por pertencer a uma segunda geração. Nada a dizer sobre a capa, não assinada, mostrando um homem em pose a disparar.

CNT008. Os contrabandistas de armas

Imagem
Nota prévia: este é um conto não assinado publicado no nº 32 da Coleção Tigre ( Ruben Quirino: os diamantes africanos ). Atente-se no facto de naquele tempo, na nação índia, já se manifestarem preocupações com inovação e empreendorismo. Neste campo, a atualidade da linguagem do autor é surpreendente         Quando Wild Bill Hickock, o famoso «marshall» — agente do Ministério da Justiça nos E. U. A.— entra no acampamento dos índios Snake, fica surpreendido por ver três carros junto à barraca do chefe. Em conversa com «Águia ido Trovão», o velho chefe, e seu filho, «Urso Saltador», estão três homens brancos de aspecto rude. Vendo o «marshall» desmontar, «Águia- do Trovão» deixa o grupo e encaminha-se para ele. — «Homem-que-atira-rápido», seja bem-vindo ao acampamento Snake — diz o chefe, apertando calorosamente a mão de Hickock. — Sinto prazer em vê-lo, meu amigo, porque estou muito preocupado. — Que aconteceu, «Águia do Trovão»? E que fazem estes homens brancos e estes carros aqui?

Descubra as diferenças...

Imagem
Ao chegar ao fim deste «Ciclo Colorado», não podemos deixar de chamar a atenção dos nossos seguidores sobre um facto interessante e que é a extrema semelhança entre estas capas: o número 77 da Coleção Arizona e o número 47 da coleção Colorado. Que se terá passado para estes dois desenhos serem tão semelhantes e ao mesmo tempo tão diferentes? Convidamos os nossos seguidores a dissertarem sobre tão significante acontecimento: 1) Que diferenças encontra? 2) Que semelhanças se manifestam? As dissertações poderão ser colocadas na secção de comentários deste blog. Apreciaremos as respostas, que poderão ser enviadas até ao próximo dia 15 de Outubro, e a melhor (na nossa perspetiva) será prendada com este magnífico livro da Coleção Colt. Assim, abaixo o descanso, toca a dissertar...  

COL050. Não foram os índios

Imagem
(Coleção Colorado, nº 50)

PAS533. Um beijo sem resposta

Imagem
O'Hara foi o primeiro a mover-se. Atirou-se para o chão. Rolou entre a erva enquanto na sua mão aparecia um «Derringer». Apontou com ele, mas não chegou a disparar. Evans disparou primeiro, com os dois «Colt» e até esgotar a carga de ambos. O'Hara, no chão, rolou dum lado para o outro, contorcendo-se tragicamente com o impulso dos tiros, até que ficou quieto, com o corpo feito num crivo, e o rosto enterrado entre o pó e as ervas do chão. Evans nem olhou para ele. Deu meia volta e lentamente, com os ombros caídos e a cabeça tombada para o peito dirigiu-se para o local onde jazia Alina. Ao inclinar-se sobre ela compreendeu que a mulher ainda vivia. Ajoelhou-se ao lado dela fitando-a. Os encantadores olhos dela, um tanto velados pela morte que se aproximava cravaram-se nos dele. — Acertaram-me, Pack — murmurou. — Nas costas. Vou... vou deixar-te, querido. Dentro em breve, muito breve irei ter com os teus pais. Eu... — Cala-te I Cala-te, por favor! — Porque me hei-de calar, Pack? A

PAS532. A morte ameaça entre duas paixões

Imagem
— Quer deixar de fazer papel de parva, sentar-se e deixar de me apontar a arma, Alina? O dedo estava tenso sobre o gatilho do «Colt», e todavia as palavras brotaram da boca de Crystal com absoluta tranquilidade. — Vamos, querida, sente-se -- acrescentou. — Vai tentar convencer-me, miss Dumeine? — replicou ela tratando-a pelo nome de solteira com toda .a maldade. — Nada disso — disse Crystal sentando-se num dos cadeirões. — Estou simplesmente a tentar que não cometa outra parvoíce. Acho que já cometeu um muito grande, quando abandonou Pack Evans, o melhor homem que já pisou o Oeste. Vamos, sente-se, Alina e não faça mais disparates! Falava com aprumo, num tom convincente, tranquila, fitando-a nos olhos sem receio algum. Alisa, bem contra sua vontade, sentiu-se admirada. Baixou o «Colt» lentamente, embora não deixasse de o ter apontado na direção dela, e sentou-se na sua frente. — Estou à espera, Crystal Dumeine — disse com acentuada hostilidade. -- Ande, convença-me e poupar-se-á o tiro

PAS531. Beijos que precedem a morte

Imagem
Richardson tinha o seu rancho instalado a umas cinco milhas de Rosedale e a outras tantas de Clevelad. A mulher saíra do rancho, dirigindo-se a Rosedale. Montava um bonito cavalo de pelo escuro e puro-sangue. Ela era alta e elegante. De curvas magníficas e provocantes. Loura de olhos azuis. Era um encanto de mulher junto da qual todas as outras ficavam inferiorizadas. Inclusivamente a beleza sem igual de Crystal Evans tinha alguma coisa que invejar àquela deusa loura. Vestia uma blusa simples e decotada, e saia de montar, que deixava a descoberto uns magníficos joelhos, que pertenciam a umas não menos maravilhosas pernas, cobertas até ao joelho por botas altas de montar. Alina Hendrix cavalgava preocupada, e tinha motivos para isso. Poderosos motivos. Richardson também os tinha, e eram os mesmos. Alina ia a Rosedale com o objectivo de acabar com aquela ameaça por todos os meios ao seu alcance. Poderia correr sangue, coisa que não a incomodava muito, para se dizer a verdade, mas não des

COL049. Morte no rio

Imagem
(Coleção Colorado, nº 49)   «Chamava-se Crystal Dumeine. E chamavam-lhe o pirilampo do rio. Alta e esbelta. De curvas fascinantes capazes de perturbar o capitão do barco onde se encontrava. Era orgulhosa e altiva. Morena, de olhos rasgados, grandes e negros como um cume ou um poço. A boca de lábios carnudos, vermelhos e sensuais incitava ao beijo. O seio era altivo e erecto, a cintura fina, quadris de ânfora e pernas altas e maravilhosas metidas em meias, preta a maioria das vezes. No dizer de quantos a conheciam, Crystal era uma verdadeira dama crioula, embora, como em todos os casos, houvesse quem tinha opinião contrária. Mas todos concordavam em que era tão perigosa como uma cascavel ou um jaguar das planícies do Texas.» - conta Joe Mogar. Encerrada naquele barco, ganhando a vida como jogadora, estava muito longe de imaginar o papel que ia ter nos futuros acontecimentos em que um capitão nortista se envolveu quando procurava quem lhe fizera desaparecer os pais, quem o roubara, quem

COL048. O vale da morte

Imagem
(Coleção Colorado, nº 47)

COL047. Edson, o mudo

Imagem
(Coleção Colorado, nº 47)

COL046. Os «cowboys»

Imagem
(Coleção Colorado, nº 46)

COL045. Jess Alyson, o pistoleiro

Imagem
(Coleção Colorado, nº 45)

COL044. Festas sangrentas

Imagem
  (Coleção Colorado, nº 44)

COL043. O fura-vidas

Imagem
  (Coleção Colorado, nº 43)

PAS530. O rancho roubado torna à dona esfarrapada

Imagem
-- Que aconteceu? Foram estas as primeiras palavras que Rod pronunciou, após muito tempo, e a pergunta surgiu, olhando o belo rosto de Vera. Ao lado desta, Lina, Sinclair e todos os outros. — Dayton morreu, querido. Os teus homens tiraram-no do saloon, mas não foram muito longe com ele. Lincharam-no. Foi horrível — estremeceu com a recordação. — Depois, tudo foi simples. Os poucos homens que lhe restavam fugiram. Agora Mayer é um mar de rosas. Jim Delano declarou tudo o que tu afirmaras, e as coisas voltaram à normalidade. Com um sorriso divertido, Rod voltou a fitar Lina. A rapariga não suportou o olhar e desviou os olhos, corando vivamente. — Devo entender que me arrebataste o «Arizona», Lina? — perguntou. — Mister Burke! Como pode dizer isso? Não sabe? Não sabe que eu soube sempre, qual era o rancho dos meus pais? Rod olhou-a com assombro. — Então por que não mo disseste quando te perguntei? Ela sorriu suavemente. — Não podia, mister Burke. Não devia fazê-lo. O senhor... o senhor fo

PAS529. Compraste um rancho que tinha sido roubado

Imagem
Só quando divisaram o rancho que pertencera a Sullivan, Vera deteve o cavalo. Barrou-lhe o caminho, e olhou-o com valentia nos olhos. — Pensaste bem, Rod?— perguntou. — Sim. Muito calmamente, querida. Se não fosse assim, não te teria pedido. — Eu… Tenho medo de que algum dia chegues a pensar, que o fiz pelos teus dólares. Que algum dia me deites à cara a minha condição de... — Cala-te, Vera! Tem cuidado com a língua, que será melhor! Ela sorriu levemente ante as secas palavras. — Terás de obrigar-me tu, Rod. És o único que me pode fazer calar. E aproximou o cavalo, até os animais se tocarem. Rod estendeu os braços e arrancou-a da sela como se fosse uma pluma. Começou a beijá-la, antes de poisá-la no seu cavalo, à sua frente. Assim arrulhando, chegaram frente à entrada do rancho «Estrela». Rod desceu primeiro do cavalo e depois ajudou-a. Acabara de fazê-lo, quando na soleira da mesma, se destacou a silhueta de Sullivan. — Olá, pombinhos — saudou. — Há já um bom bocado que estou à vossa

PAS528. Há sempre alguém que conhece uma história macabra

Imagem
— Você viu? Pode apresentar-se diante dum tribunal como testemunha da ocorrência? Sullivan sorriu, movendo a cabeça dum lado para o outro. — Não, mister Burke. Não posso porque eu não vi nada. Mas sei, com a mesma certeza de que se o tivesse visto. Sei como tudo aconteceu. — Então?... — Não se impaciente, rapaz, que vou iniciar esta curta e sangrenta história. Chick Dayton era o capataz dos Hendrix, naquela época. Homem ambicioso e sem escrúpulos, que logo forjou planos para se apropriar de um dos melhores ranchos da região. Por diversos motivos, pois gozava da inteira confiança dos seus patrões, foi despedindo alguns bons elementos do rancho, substituindo-os por outros da sua igualha. Resultado: Dayton rodeou-se de alguns insurrectos, e unia noite, entrou na habitação do casal, agarraram na pequenita, Lina, e ameaçaram matá-la se não acedessem ao que pretendia. «O resultado foi a assinatura de um documento, pelo qual John Hendrix fazia constar que vendera o rancho a Dayton por determi

PAS527. Desenterrar uma história macabra

Imagem
Bateu com os nós dos dedos, e Rod convidou-a a entrar, com a mesma voz de sempre. Fecha a porta, sim? Ela assim o fez, e depois olhou-o com os olhos brilhantes. -- Senta-te, Vera — disse. — E não precisas de bater na porta para entrar — esperou que ela se acomodasse, e então acrescentou: — Diz-me, que sabes tu acerca de Lina Hendrix? Quem é? Que história é essa de não ter pais? Tens ouvido alguma coisa? O coração de Vera paralisou-se por momentos, devido ao aparente interesse que Rod mostrava por aquela rapariga esfarrapada. Olhou-o de frente, durante mais de uni minuto, e logo com a voz um pouco rouca, respondeu: — Tenho ouvido alguma coisa, mister Burke. Creio que a coisa ocorreu há muitos anos, quando Lina era ainda uma criança de cinco ou seis anos. Os seus pais tinham um rancho. Segundo dizem, venderam-no, e ao cabo de algum tempo ficaram na miséria. Depois, a mãe dela morreu, e meses mais tarde foi o pai. Disseram que o seu cavalo se tinha precipitado por uma abertura da «Mesa do

PAS526. Uma visão de uma rapariga envolta em farrapos

Imagem
Chegaram a Mayer cerca das cinco da tarde. A expectativa crescia em torno deles. Mas havia uma extraordinária diferença na forma como agora o olhavam. Em todos os olhos dos que se cruzavam com eles, homens na sua maioria, e uma ou outra mulher, havia uma muda pergunta. Rod não teve dificuldade em adivinhar qual era. Toda a povoação de Mayer, interrogava-se sobre o tempo que ele duraria vivo. Encolheu os ombros, e Vera observando-o, perguntou a si própria, em que diabo estaria ele pensando. Como habitualmente, também à porta do saloon, Rod ajudou-a a desmontar. Mas desta vez não a beijou. Entraram. O saloon estava quase deserto. No palco, Liz e as suas maravilhosas pernas, com o seu «tudo», admirável e provocante, movia-se de forma endiabrada ao compasso do piano. Ao balcão, Dayton, o seu capataz e Spencer Talbot. Vera não necessitou de indicar-lhe quem era o primeiro, porque ele adivinhou isso ao primeiro olhar. Dayton era alto e forte. Maciço. A sua idade oscilaria entre os sessenta e

PAS525. De como a bela cantora de saloon chegou a contabilista

Imagem
Encontrava-se embebido na leitura dos documentos do rancho. O tempo pareceu voar. Pois quando o capataz o chamou, para dizer-lhe que os vaqueiros acabavam de chegar, teve a impressão de que apenas haviam decorrido cinco minutos, desde a sua entrada no escritório. Abandonou a papelada e saiu ao pátio do solar. Dos degraus, onde se deteve, passou o seu olhar frio e cortante, sobre aqueles rostos cobertos de poeira e suor. Um a um, lentamente. Finalmente, falou: — Suponho que o capataz Travis, já os tenha informado, que sou o novo proprietário do «Arizona» começou. — Não creio que isto constitua qualquer problema entre nós. E certo que costumo exi-gir muito dos meus homens, mas também é certo que procuro sempre pagar melhor do que ninguém, e dar a cada um o tratamento que merece. Chamei-os apenas para apresentar-me e dizer-lhes isto. Agora, se alguém não estiver de acordo com a mudança de proprietário, que se manifeste, e receberá dois meses de salário. Depois, tem à sua frente a pradaria