PAS571. Um cavalo sem cavaleiro caminha para o abismo
Montou a cavalo e encaminhou-se para Las Cruces, absorto nos seus pensamentos.
A tormenta surpreendeu-o a poucas milhas do povoado. A chuva aumentava de intensidade e em pouco tempo Danne estava totalmente encharcado. Lançou o cavalo a galope e conseguiu por fim chegar à entrada de uma espécie de gruta. Sem vacilar saltou da sela e correu para a gruta, podendo comprovar que era demasiado escura e funda. Fez entrar também o cavalo e depois, indiferente ao frio que as suas roupas molhadas lhe proporcionavam, aproximou-se da entrada do seu providencial refúgio.
A água continuava a cair abundantemente. O caminho passava junto à gruta e um metro mais distante abria-se um precipício, por cujo leito corria uma torrente que bramava ameaçadora.
Não poderia precisar o tempo que aí passou, mas de súbito o ruído dos cascos de um cavalo, que se aproximava a galope, tirou-o da sua abstração.
— Parece que vou ter companhia — murmurou com desagrado.
O ruído dos cascos soava cada vez mais próximo e um segundo depois um cavalo passava diante dos seus olhos. O ruído de um trovão afogou a exclamação de Danne.
— Tomou o freio nos dentes — murmurou. — E não leva cavaleiro!
Olhou o cavalo que se afastava. De súbito viu como patinava no barro viscoso do caminho e resvalava para o barranco. As suas patas traseiras perderam-se no abismo. Fincou as dianteiras no barro, num desesperado esforço para voltar ao caminho, mas foi resvalando pouco a pouco, até que por fim se perdeu na água da torrente, soltando um relincho escalafriante, que fez que Danne estremecesse.
Apesar da chuva, Danne aproximou-se do barranco, mas nada conseguiu ver. Só ouviu os relinchos do cavalo moribundo.
Eram uns relinchos de agonia, mas tão cheios de dor e angústia como os de um homem agonizante. Depois um leve relincho, um só mais. Por fim mais nada. Só o ruído da torrente que sepultava mais um cadáver.
A tormenta surpreendeu-o a poucas milhas do povoado. A chuva aumentava de intensidade e em pouco tempo Danne estava totalmente encharcado. Lançou o cavalo a galope e conseguiu por fim chegar à entrada de uma espécie de gruta. Sem vacilar saltou da sela e correu para a gruta, podendo comprovar que era demasiado escura e funda. Fez entrar também o cavalo e depois, indiferente ao frio que as suas roupas molhadas lhe proporcionavam, aproximou-se da entrada do seu providencial refúgio.
A água continuava a cair abundantemente. O caminho passava junto à gruta e um metro mais distante abria-se um precipício, por cujo leito corria uma torrente que bramava ameaçadora.
Não poderia precisar o tempo que aí passou, mas de súbito o ruído dos cascos de um cavalo, que se aproximava a galope, tirou-o da sua abstração.
— Parece que vou ter companhia — murmurou com desagrado.
O ruído dos cascos soava cada vez mais próximo e um segundo depois um cavalo passava diante dos seus olhos. O ruído de um trovão afogou a exclamação de Danne.
— Tomou o freio nos dentes — murmurou. — E não leva cavaleiro!
Olhou o cavalo que se afastava. De súbito viu como patinava no barro viscoso do caminho e resvalava para o barranco. As suas patas traseiras perderam-se no abismo. Fincou as dianteiras no barro, num desesperado esforço para voltar ao caminho, mas foi resvalando pouco a pouco, até que por fim se perdeu na água da torrente, soltando um relincho escalafriante, que fez que Danne estremecesse.
Apesar da chuva, Danne aproximou-se do barranco, mas nada conseguiu ver. Só ouviu os relinchos do cavalo moribundo.
Eram uns relinchos de agonia, mas tão cheios de dor e angústia como os de um homem agonizante. Depois um leve relincho, um só mais. Por fim mais nada. Só o ruído da torrente que sepultava mais um cadáver.
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