PAS597. A timidez do moscardo
A noite começava a cair.
Adam Neumann contemplou o céu e o horizonte. Dentro de alguns instantes seria noite cerrada. A noite descia de modo muito estranho no Novo México. Nem um simples crepúsculo. Que diferença das noites do Texas!
Deu um profundo suspiro: Texas!
Bendito Deus! O belo e selvagem espetáculo do pôr-do-sol no Texas!...
As luzes acabavam de ser acesas em toda a cidade.
Músicas para todos os gostos faziam-se ouvir nos pianos de todos os concorridos estabelecimentos que enchiam aquela rua. Apesar de ser ainda bastante cedo, vaqueiros começavam já a divertir-se à grande.
Grande número de homens circulava pelas ruas, dirigindo-se para os «saloons» e casas de jogo.
Estranhando grandemente não ter visto Tommy, o forasteiro encaminhou-se vagarosamente para o «Casino dos Ganadeiros» cujo alpendre, iluminado por grandes lanternas de metal, o tornava inconfundível.
O gerente do hotel informara-o de que a mais importante das casas de jogo de toda a cidade era, sem dúvida, «Casino dos Ganadeiros». Segundo lhe dissera, qualquer pessoa que soubesse manejar as cartas, podia enriquecer facilmente, durante uma noite.
Adam Neumann desceu a rua pelo lado esquerdo. Tocando-lhe com o cotovelo, uma mulher surgida de uma das azinhagas transversais desatou a rir-se para ele.
O forasteiro esboçou um frio sorriso e atravessou a rua, afastando-se da pobre rapariga que se apressou a regressar ao seu cubículo.
Uma escassa dezena de metros o separava agora do «Casino dos Ganadeiros», cujas janelas se encontravam todas abertas. O interior da casa regurgitava de gente. A voz do «croupier» gritava nesse momento:
— Par e vermelho! Façam o seu jogo!
Ao seu lado, junto do passeio e em frente de um armazém contíguo ao casino, estacionava uma elegante carruagem em cuja boleia dormitava um mexicano.
Subitamente, alguém que, sem dúvida, estava com muita pressa, saiu do armazém como um furacão. Adam Neumann mal teve tempo de se aperceber do que se passava. Quando pretendeu consegui-lo, o apressado cliente do armazém chocou com ele com tal violência que o obrigou a recuar um passo, cambaleando.
Ouviu-se um grito no meio de toda aquela confusão e um «oh!», vivo e estridente, seguido do baque surdo de qualquer coisa que caía nas tábuas do passeio.
Neumann, que levara instintivamente a mão à coronha do revólver, apressou-se a retirá-la como envergonhado, ficando-se a olhar para a pessoa que acabar de tropeçar com ele e que jazia agora estatelada no solo, no meio de um amontoado de pacotes, de saquinhos e d urna graciosa e bonita chapeleira.
— Bruto! Selvagem!
Poucas vezes, durante toda a sua vida, ouvira palavra mais agressivas da boca de uma mulher.
E que mulher!
Absorto, completamente aparvalhado com aquela beleza feminina, Neumann quedou-se imóvel, contemplando boquiaberto aquela rapariga encantadora que, a despeito do forte encontrão que lhe dera, se encontrava ali estendida no passeio.
— Não tem olhos nessa cara?... Ao menos podia ter pedido desculpa.
Fora a deliciosa voz da jovem que soltou aqueles desabafos, depois de esperar algum tempo que lhe estendessem a mão.
Adam Neumann franziu as fartas sobrancelhas e olho com a maior firmeza para a jovem, sem arredar um passo nem despregar os lábios.
Que maravilhosa criatura!!
Que feições tão delicadas e atraentes!!
E que olhos!!
Como seria possível descrever aqueles olhos grandes e luminosos que estavam cravados nos seus?
Seria fácil compará-los com dois belos lagos sombreados pela verde folhagem dos abetos; com a cálida serenidade de urna noite primaveril; com... com...
A jovem apenas exclamou:
— Bruto!
Levantou-se sem qualquer auxilio, colocou o pequenino chapéu na cabeça e, depois de sacudir a barra da saia, começou a apanhar apressadamente os volumes espalhados.
Concluída a tarefa, endireitou-se com a maior dignidade e encaminhou-se para a carruagem onde o velho mexicano continuava dormitando.
— Eh, lá! Espere um instante.
Neumann alcançou a jovem numa passada.
Detendo-se bruscamente, mediu o homem de alto a baixo com a maior altivez.
— Olhe que se esquece disto... deste volume... -- balbuciou Neumann, estendendo-lhe a chapeleira.
Descobriu-se um tanto atabalhoadamente, acrescentando com a maior timidez:
— Peço que me perdoe... fui um pouco rude. Eu...
Não lhe foi possível continuar. Fez-se-lhe um autêntico nó na garganta, como se estivesse engasgado com uma noz.
A formosa jovem amenizou a expressão do rosto. Alguma coisa devia ter adivinhado no fundo dos olhos daquele afogueado rosto porque um leve sorriso lhe aflorou aos lábios.
— Até que enfim! Cheguei a convencer-me de que perdera a fala!
Disse aquilo com uma naturalidade tal que a atrapalhação de Neumann subiu de ponto.
Abriu os lábios mas não foi capaz de exteriorizar as palavras que estava dizendo a si próprio. Não pôde fazer mais do que engolir em seco.
— Bem! Se não for demasiado incómodo, cavalheiro, poderia colocar-me esse volume junto dos outros?
Neumann conseguiu desempenhar-se tremulamente da incumbência, balbuciando:
— Há-de perdoar-me aquele estúpido encontrão. Não sei como...
O sorriso da jovem tornou-se mais aberto. Mais cordial e mais condescendente.
— Talvez a culpa tivesse sido toda minha... — e lançando-lhe um olhar que lhe penetrou até ao mais íntimo do coração, subiu agilmente para a carruagem depois de ter colocado os embrulhos na parte de trás.
Dirigindo-se ao cocheiro, disse a jovem quase num sussurro:
— Vês aquele homem?
O mexicano dirigiu a Neumann um olhar agressivo, ao mesmo tempo que lançava mão do velho pistolão que trazia na cinta.
— Acaso lhe faltou ao respeito?
— Nem por sombras. Sabes, porventura, quem ele seja?
O velho cuspiu a bola de tabaco que estava mascando e respondeu:
— Não faço a mínima ideia. Porquê?
— Deve tratar-se de algum forasteiro.
— Ou talvez de um qualquer desses vaqueiros...
— Não tem aspeto disso.
— Talvez seja algum rufião.
— Também não me parece.
— O melhor é não se fiar no aspeto dos homens...
— Ê um homem.., muito gentil.
— Como? Que é que disse? — O velho olhou para a jovem em ar de censura.
A jovem soltou um riso cristalino.
— Pronto, Pancho! Vamos para casa.
— Sim, menina.
Muito tempo depois de a carruagem ter desaparecido, ainda Adam Neumann permanecia imóvel à beira do passeio, virando-se e revirando o chapéu entre as mãos.
Estava como extasiado, hipnotizado pela beleza daquela lindíssima rapariga. Jamais conhecera mulher que se lhe pudesse comparar.
— Chama-se Katie Parkington. A rainha do Vado.
Neumann voltou-se, sobressaltado, ao ouvir pronunciar aquelas palavras junto de si. Era Tommy.
Ah! És tu? Diz-me cá, grande patife, onde diabo é que tens estado metido?
O gaiato sorriu-se, piscando os olhos ironicamente.
— Tenho andado por aí. Nunca me convenci de que pudesse precisar de mim.
Neumann puxou-lhe por uma orelha com toda a força.
— Maroto!
Mas, logo, sorrindo, sussurrou em tom confidencial:
— Sabes, deveras, quem ela é?
— Nem mais nem menos do que a filha de Stefan Parkington. Um homem muito rico a quem pertencem todas as pastagens ao sul do vale e de todos os demais que existem desde aqui até às montanhas. Além desta filha tem também um rapaz, de nome John que anda sempre metido em sarilhos.
— Não há dúvida nenhuma. És um autêntico livro aberto, meu caro Tommy.
— Eu já tinha dito que podia ser-lhe muito útil, senhor Neumann — disse Tommy, sorrindo-se e acrescentando: — Sabe? A menina Katie ainda não tem noivo embora tenha muitos pretendentes.
— É muito natural.
— O pai dela corre com os moscardos para longe. Ainda nenhum lhe pareceu suficientemente bom para ela.
— Faz ele muito bem.
-- Não sei se faz — disse o mancebo. — Uma menina tão linda como ela é, merece ter um belo rapaz para defender as suas cores no «Rodeo»...
— Que queres dizer com isso?
— Quero dizer que é uma pena não ter aparecido até agora quem entre nos concursos a bater-se em defesa de tão linda donzela.
— Como é que isso é possível? Quer dizer: é costume ir um «cow-boy» ao «Rodeo», defender as cores da bandeira de uma senhora?
— Já se vê que é esse o costume. Mas só é permitido fazê-lo ao seu próprio noivo.
— Só assim?
— Bem; também pode ser feito pelo seu pretendente, se ela o aceitar para seu campeão.
— Ah!
Andando e conversando acabaram por chegar à porta do «Casino dos Ganadeiros».
Olhando de través para o seu interlocutor, Tommy, perguntou:
— Pensa solicitar a honra de defender as cores da menina Katie, senhor Neumann?
Iludindo a pergunta formulada, Neumann objetou:
— Nem um pio. Agora vou ali dentro ver se arrisco algum dinheiro ao póquer.
— Pois que seja muito feliz, senhor Neumann.
— Ao jogo?
— As duas coisas, senhor Neumann, às duas coisas...
Adam Neumann contemplou o céu e o horizonte. Dentro de alguns instantes seria noite cerrada. A noite descia de modo muito estranho no Novo México. Nem um simples crepúsculo. Que diferença das noites do Texas!
Deu um profundo suspiro: Texas!
Bendito Deus! O belo e selvagem espetáculo do pôr-do-sol no Texas!...
As luzes acabavam de ser acesas em toda a cidade.
Músicas para todos os gostos faziam-se ouvir nos pianos de todos os concorridos estabelecimentos que enchiam aquela rua. Apesar de ser ainda bastante cedo, vaqueiros começavam já a divertir-se à grande.
Grande número de homens circulava pelas ruas, dirigindo-se para os «saloons» e casas de jogo.
Estranhando grandemente não ter visto Tommy, o forasteiro encaminhou-se vagarosamente para o «Casino dos Ganadeiros» cujo alpendre, iluminado por grandes lanternas de metal, o tornava inconfundível.
O gerente do hotel informara-o de que a mais importante das casas de jogo de toda a cidade era, sem dúvida, «Casino dos Ganadeiros». Segundo lhe dissera, qualquer pessoa que soubesse manejar as cartas, podia enriquecer facilmente, durante uma noite.
Adam Neumann desceu a rua pelo lado esquerdo. Tocando-lhe com o cotovelo, uma mulher surgida de uma das azinhagas transversais desatou a rir-se para ele.
O forasteiro esboçou um frio sorriso e atravessou a rua, afastando-se da pobre rapariga que se apressou a regressar ao seu cubículo.
Uma escassa dezena de metros o separava agora do «Casino dos Ganadeiros», cujas janelas se encontravam todas abertas. O interior da casa regurgitava de gente. A voz do «croupier» gritava nesse momento:
— Par e vermelho! Façam o seu jogo!
Ao seu lado, junto do passeio e em frente de um armazém contíguo ao casino, estacionava uma elegante carruagem em cuja boleia dormitava um mexicano.
Subitamente, alguém que, sem dúvida, estava com muita pressa, saiu do armazém como um furacão. Adam Neumann mal teve tempo de se aperceber do que se passava. Quando pretendeu consegui-lo, o apressado cliente do armazém chocou com ele com tal violência que o obrigou a recuar um passo, cambaleando.
Ouviu-se um grito no meio de toda aquela confusão e um «oh!», vivo e estridente, seguido do baque surdo de qualquer coisa que caía nas tábuas do passeio.
Neumann, que levara instintivamente a mão à coronha do revólver, apressou-se a retirá-la como envergonhado, ficando-se a olhar para a pessoa que acabar de tropeçar com ele e que jazia agora estatelada no solo, no meio de um amontoado de pacotes, de saquinhos e d urna graciosa e bonita chapeleira.
— Bruto! Selvagem!
Poucas vezes, durante toda a sua vida, ouvira palavra mais agressivas da boca de uma mulher.
E que mulher!
Absorto, completamente aparvalhado com aquela beleza feminina, Neumann quedou-se imóvel, contemplando boquiaberto aquela rapariga encantadora que, a despeito do forte encontrão que lhe dera, se encontrava ali estendida no passeio.
— Não tem olhos nessa cara?... Ao menos podia ter pedido desculpa.
Fora a deliciosa voz da jovem que soltou aqueles desabafos, depois de esperar algum tempo que lhe estendessem a mão.
Adam Neumann franziu as fartas sobrancelhas e olho com a maior firmeza para a jovem, sem arredar um passo nem despregar os lábios.
Que maravilhosa criatura!!
Que feições tão delicadas e atraentes!!
E que olhos!!
Como seria possível descrever aqueles olhos grandes e luminosos que estavam cravados nos seus?
Seria fácil compará-los com dois belos lagos sombreados pela verde folhagem dos abetos; com a cálida serenidade de urna noite primaveril; com... com...
A jovem apenas exclamou:
— Bruto!
Levantou-se sem qualquer auxilio, colocou o pequenino chapéu na cabeça e, depois de sacudir a barra da saia, começou a apanhar apressadamente os volumes espalhados.
Concluída a tarefa, endireitou-se com a maior dignidade e encaminhou-se para a carruagem onde o velho mexicano continuava dormitando.
— Eh, lá! Espere um instante.
Neumann alcançou a jovem numa passada.
Detendo-se bruscamente, mediu o homem de alto a baixo com a maior altivez.
— Olhe que se esquece disto... deste volume... -- balbuciou Neumann, estendendo-lhe a chapeleira.
Descobriu-se um tanto atabalhoadamente, acrescentando com a maior timidez:
— Peço que me perdoe... fui um pouco rude. Eu...
Não lhe foi possível continuar. Fez-se-lhe um autêntico nó na garganta, como se estivesse engasgado com uma noz.
A formosa jovem amenizou a expressão do rosto. Alguma coisa devia ter adivinhado no fundo dos olhos daquele afogueado rosto porque um leve sorriso lhe aflorou aos lábios.
— Até que enfim! Cheguei a convencer-me de que perdera a fala!
Disse aquilo com uma naturalidade tal que a atrapalhação de Neumann subiu de ponto.
Abriu os lábios mas não foi capaz de exteriorizar as palavras que estava dizendo a si próprio. Não pôde fazer mais do que engolir em seco.
— Bem! Se não for demasiado incómodo, cavalheiro, poderia colocar-me esse volume junto dos outros?
Neumann conseguiu desempenhar-se tremulamente da incumbência, balbuciando:
— Há-de perdoar-me aquele estúpido encontrão. Não sei como...
O sorriso da jovem tornou-se mais aberto. Mais cordial e mais condescendente.
— Talvez a culpa tivesse sido toda minha... — e lançando-lhe um olhar que lhe penetrou até ao mais íntimo do coração, subiu agilmente para a carruagem depois de ter colocado os embrulhos na parte de trás.
Dirigindo-se ao cocheiro, disse a jovem quase num sussurro:
— Vês aquele homem?
O mexicano dirigiu a Neumann um olhar agressivo, ao mesmo tempo que lançava mão do velho pistolão que trazia na cinta.
— Acaso lhe faltou ao respeito?
— Nem por sombras. Sabes, porventura, quem ele seja?
O velho cuspiu a bola de tabaco que estava mascando e respondeu:
— Não faço a mínima ideia. Porquê?
— Deve tratar-se de algum forasteiro.
— Ou talvez de um qualquer desses vaqueiros...
— Não tem aspeto disso.
— Talvez seja algum rufião.
— Também não me parece.
— O melhor é não se fiar no aspeto dos homens...
— Ê um homem.., muito gentil.
— Como? Que é que disse? — O velho olhou para a jovem em ar de censura.
A jovem soltou um riso cristalino.
— Pronto, Pancho! Vamos para casa.
— Sim, menina.
Muito tempo depois de a carruagem ter desaparecido, ainda Adam Neumann permanecia imóvel à beira do passeio, virando-se e revirando o chapéu entre as mãos.
Estava como extasiado, hipnotizado pela beleza daquela lindíssima rapariga. Jamais conhecera mulher que se lhe pudesse comparar.
— Chama-se Katie Parkington. A rainha do Vado.
Neumann voltou-se, sobressaltado, ao ouvir pronunciar aquelas palavras junto de si. Era Tommy.
Ah! És tu? Diz-me cá, grande patife, onde diabo é que tens estado metido?
O gaiato sorriu-se, piscando os olhos ironicamente.
— Tenho andado por aí. Nunca me convenci de que pudesse precisar de mim.
Neumann puxou-lhe por uma orelha com toda a força.
— Maroto!
Mas, logo, sorrindo, sussurrou em tom confidencial:
— Sabes, deveras, quem ela é?
— Nem mais nem menos do que a filha de Stefan Parkington. Um homem muito rico a quem pertencem todas as pastagens ao sul do vale e de todos os demais que existem desde aqui até às montanhas. Além desta filha tem também um rapaz, de nome John que anda sempre metido em sarilhos.
— Não há dúvida nenhuma. És um autêntico livro aberto, meu caro Tommy.
— Eu já tinha dito que podia ser-lhe muito útil, senhor Neumann — disse Tommy, sorrindo-se e acrescentando: — Sabe? A menina Katie ainda não tem noivo embora tenha muitos pretendentes.
— É muito natural.
— O pai dela corre com os moscardos para longe. Ainda nenhum lhe pareceu suficientemente bom para ela.
— Faz ele muito bem.
-- Não sei se faz — disse o mancebo. — Uma menina tão linda como ela é, merece ter um belo rapaz para defender as suas cores no «Rodeo»...
— Que queres dizer com isso?
— Quero dizer que é uma pena não ter aparecido até agora quem entre nos concursos a bater-se em defesa de tão linda donzela.
— Como é que isso é possível? Quer dizer: é costume ir um «cow-boy» ao «Rodeo», defender as cores da bandeira de uma senhora?
— Já se vê que é esse o costume. Mas só é permitido fazê-lo ao seu próprio noivo.
— Só assim?
— Bem; também pode ser feito pelo seu pretendente, se ela o aceitar para seu campeão.
— Ah!
Andando e conversando acabaram por chegar à porta do «Casino dos Ganadeiros».
Olhando de través para o seu interlocutor, Tommy, perguntou:
— Pensa solicitar a honra de defender as cores da menina Katie, senhor Neumann?
Iludindo a pergunta formulada, Neumann objetou:
— Nem um pio. Agora vou ali dentro ver se arrisco algum dinheiro ao póquer.
— Pois que seja muito feliz, senhor Neumann.
— Ao jogo?
— As duas coisas, senhor Neumann, às duas coisas...
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