PAS606. Uma plebeia de nobre atitude
Lorde Patrick ia a dobrar uma esquina a cavalo quando uma figura de mulher montada também a cavalo atravessou uma rua.
Franziu a testa e voltou o cavalo em perseguição mulher. A mulher chegou diante de um «bar» e desmontou. Lorde Patrick também fez o mesmo e entrou. Foi direitinho a ela de testa anuviada e lábios contraídos,
— Ainda bem que a encontro, «miss» Heddy — disse ele sem cumprimentá-la.
A jovem fingiu assombro, depois arrastou uma cadeira e fez sinal a lorde Patrick para que se sentasse.
— Queira sentar-se, milorde.
Lorde Patrick recusou, dizendo:
— Este lugar não é digno de um par da Escócia. É próprio para os meus criados.
A jovem mordeu os lábios, mas dominou-se.
— Em que posso servi-lo, lorde Patrick?
— Em nada. Em coisa alguma. Venho apenas avisá-Ia que não volte a encontrar-se com lorde Roberto Patrick Darnley. Compreende o que quer dizer? Lorde Roberto Patrick Darnley, um senhor da Escócia, um descendente dos reis da Escócia, não pode e não deve apaixonar-se por uma filha da escória.
A jovem corou até à raiz dos seus cabelos negros. Teve um movimento instintivo de revolta e fixou com ódio lorde Patrick.
— Tem mais alguma coisa a dizer-me, lorde Patrick? — perguntou com violenta altivez.
— Que se afaste de lorde Roberto.
A jovem ergueu-se do assento, fixou lorde Patrick dos pés à cabeça e ripostou:
— Assim o espero, lorde Patrick..
— Também eu.
— Boa tarde, lorde Patrick.
— Passe bem.
A jovem abandonou o «bar», saltou sobre o cavalo e desapareceu. Levava na alma o golpe de um tiro de canhão, mas a sua cabeça conservava-se erguida como a de uma rainha.
Lorde Patrick, aprumado no seu cavalo ficou a olhá-la até perdê-la de vista e não pôde deixar de murmurar:
— Tem uma atitude nobre, a plebeia.
E sorriu. Depois afastou-se.
O dono do «bar» que se havia mostrado humilde diante de lorde Patrick, quando o viu afastar-se, ergueu os punhos e gritou:
— Ah! Ladrão! Os teus dias estão quase terminados! Ainda hei-de ver pendurada numa corda essa cara de jaguar.
Franziu a testa e voltou o cavalo em perseguição mulher. A mulher chegou diante de um «bar» e desmontou. Lorde Patrick também fez o mesmo e entrou. Foi direitinho a ela de testa anuviada e lábios contraídos,
— Ainda bem que a encontro, «miss» Heddy — disse ele sem cumprimentá-la.
A jovem fingiu assombro, depois arrastou uma cadeira e fez sinal a lorde Patrick para que se sentasse.
— Queira sentar-se, milorde.
Lorde Patrick recusou, dizendo:
— Este lugar não é digno de um par da Escócia. É próprio para os meus criados.
A jovem mordeu os lábios, mas dominou-se.
— Em que posso servi-lo, lorde Patrick?
— Em nada. Em coisa alguma. Venho apenas avisá-Ia que não volte a encontrar-se com lorde Roberto Patrick Darnley. Compreende o que quer dizer? Lorde Roberto Patrick Darnley, um senhor da Escócia, um descendente dos reis da Escócia, não pode e não deve apaixonar-se por uma filha da escória.
A jovem corou até à raiz dos seus cabelos negros. Teve um movimento instintivo de revolta e fixou com ódio lorde Patrick.
— Tem mais alguma coisa a dizer-me, lorde Patrick? — perguntou com violenta altivez.
— Que se afaste de lorde Roberto.
A jovem ergueu-se do assento, fixou lorde Patrick dos pés à cabeça e ripostou:
— Assim o espero, lorde Patrick..
— Também eu.
— Boa tarde, lorde Patrick.
— Passe bem.
A jovem abandonou o «bar», saltou sobre o cavalo e desapareceu. Levava na alma o golpe de um tiro de canhão, mas a sua cabeça conservava-se erguida como a de uma rainha.
Lorde Patrick, aprumado no seu cavalo ficou a olhá-la até perdê-la de vista e não pôde deixar de murmurar:
— Tem uma atitude nobre, a plebeia.
E sorriu. Depois afastou-se.
O dono do «bar» que se havia mostrado humilde diante de lorde Patrick, quando o viu afastar-se, ergueu os punhos e gritou:
— Ah! Ladrão! Os teus dias estão quase terminados! Ainda hei-de ver pendurada numa corda essa cara de jaguar.
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