PAS643. A última missão do cavaleiro ferido (1)
O cavaleiro fez um novo esforço.
A dor ia generalizando-se-lhe no corpo e apenas se mantinha na sela por puro milagre. Sob o homem, o cavalo continuava a galopar sobre a terra plana coberta de erva rala, martelando-a com os cascos que arrancavam de quando em quando, torrões que voltavam a cair, um pouco depois, deixando um traço visível que os abutres seguiam, planando sobre o cavaleiro como se já pudessem contar com a apetecida presa.
Inclinado sobre o pescoço da montada e abraçado a ela, tendo abandonado as rédeas havia já muito tempo, o homem fazia prodígios de equilíbrio para não tombar da sela. Talvez o nobre bruto, como se houvesse intuído o que acontecia ao homem que o montava, fizesse também o possível por manter o pescoço direito, sabendo que aquela parte do seu corpo era, na realidade, o único apoio com que contava o maltratado cavaleiro.
Cada vez mais próximos, mais decididos, os abutres lançavam-se em voo picado, emitindo surdos grasnidos, planando perto do cavaleiro, cheirando sem dúvida a sangue que lhe jorrava dos numerosos e graves ferimentos.
Não tardou a surgir o curso tranquilo do rio Nueces. E o cavalo deteve-se apenas por instantes, inclinando o pescoço, com cuidado, para saciar a sede que lhe abrasava o corpo poderoso.
Foi então que o cavaleiro esteve a ponto de cair; mas como se não desejasse aquilo, o cavalo levantou a cabeça com energia e atravessou o rio a vau com todo o cuidado. Momentos depois, encontrava-se na outra margem, empapado em água, após deixar sobre o curso do Nueces algumas manchas vermelhas, que não eram mais do que o sangue do cavaleiro que se aproximava lentamente da morte.
A dor ia generalizando-se-lhe no corpo e apenas se mantinha na sela por puro milagre. Sob o homem, o cavalo continuava a galopar sobre a terra plana coberta de erva rala, martelando-a com os cascos que arrancavam de quando em quando, torrões que voltavam a cair, um pouco depois, deixando um traço visível que os abutres seguiam, planando sobre o cavaleiro como se já pudessem contar com a apetecida presa.
Inclinado sobre o pescoço da montada e abraçado a ela, tendo abandonado as rédeas havia já muito tempo, o homem fazia prodígios de equilíbrio para não tombar da sela. Talvez o nobre bruto, como se houvesse intuído o que acontecia ao homem que o montava, fizesse também o possível por manter o pescoço direito, sabendo que aquela parte do seu corpo era, na realidade, o único apoio com que contava o maltratado cavaleiro.
Cada vez mais próximos, mais decididos, os abutres lançavam-se em voo picado, emitindo surdos grasnidos, planando perto do cavaleiro, cheirando sem dúvida a sangue que lhe jorrava dos numerosos e graves ferimentos.
Não tardou a surgir o curso tranquilo do rio Nueces. E o cavalo deteve-se apenas por instantes, inclinando o pescoço, com cuidado, para saciar a sede que lhe abrasava o corpo poderoso.
Foi então que o cavaleiro esteve a ponto de cair; mas como se não desejasse aquilo, o cavalo levantou a cabeça com energia e atravessou o rio a vau com todo o cuidado. Momentos depois, encontrava-se na outra margem, empapado em água, após deixar sobre o curso do Nueces algumas manchas vermelhas, que não eram mais do que o sangue do cavaleiro que se aproximava lentamente da morte.
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