KNS074. CAP VI. Um revólver apontado às costas

Os homens mantiveram-se em silêncio, sem se atreverem a qualquer protesto ou comentário que pudesse atrair sobre eles a cólera assassina do chefe.
Herbert Coe, que passeava de um lado para o outro como uma fera enjaulada, voltou para o grupo a cara tumefacta.
— Maldição... — rosnou ele, em voz rouca e falando com dificuldade. — Esse forasteiro será o próprio diabo?
— Abatemos-lhe o cavalo e parecia que o tínhamos liquidado, quando de repente o tipo começou a disparar. Com o primeiro tiro já tinha derrubado Cliff, e no instante seguinte arrumou Jack. Caramba, chefe! Digo-lhe que nunca vi ninguém despachar com tanta facilidade uns rapazes tão rijos como aqueles! Eu escapei por milagre!
Coe olhou para o homem que tinha falado e este agitou-se, inquieto, perguntando a si mesmo porque raio não teria mordido a língua antes de falar sem que lhe fizessem perguntas.
— Foi então por milagre, hem?... — disse Coe, mordendo as palavras.— Imbecil! Deitaste a correr quando a coisa se pôs feia. Maldito cobarde! Dessa maneira salvaste a suja pele!
— E que podia eu fazer?
— Não tinhas também um revólver?
— Cliff e Jack também os tinham, e já vê de que lhes serviu isso.
— Assustaste-te, não foi, Giles?
— Não o nego... — respondeu o homem. — Esse tipo é um diabo a disparar e estava a pé firme, meio escondido pela erva, ao passo que eu estava a descoberto e os movimentos do meu cavalo impediam-me de apontar. Todas as vantagens eram dele.
— E o medo fez-te ver tudo isso num segundo?
O homem ficou rígido e a sua face escureceu.
— Você também o encontrou e não me parece que tenha feito melhor... disse ele, entredentes.
Herbert estremeceu como se tivesse levado uma bofetada e aproximou-se ameaçadoramente do cúmplice.
— Era a ele que devia ter dado o tiro, chefe...— disse o homem, pálido e visivelmente atemorizado, recuando um passo. — Dar-mo a mim, não prova nada.
Coe fez uma careta de desprezo, mas desistiu dos seus propósitos e recomeçou a passear, afastando uma cadeira com um pontapé.
— Um golpe tão fácil... — ruminou, encolerizando--se mais por momentos.— Falhámos o caso do «Shoe», e agora este. Praticamente já começou o «rodeo» e todos os vaqueiros estão a levar o gado para o vale. Se não conseguirmos arranjar umas centenas de bezerros antes de começarem a marcá-los, este ano vai ser um desastre. Não se esqueçam de que vendi todos os que tínhamos, precisamente para que os outros ganadeiros não pudessem acusar-me de ter vitelos a mais.
Ninguém falou, e Herbert Coe pareceu acalmar-se um tanto.
— Bem, vai ser preciso estudar um bom golpe e não falhar, desta vez. Saiam, agora. Tu não, Joe. Quero falar contigo.
As três dúzias de homens ali reunidos abandonaram o compartimento, ficando apenas Herbert Coe e o pequeno pistoleiro com cara de fuinha.
Durante alguns minutos Coe continuou a caminhar de um lado para o outro, enquanto Joe o olhava de soslaio, com alguma inquietação. Por fim Coe parou, olhando para o cúmplice.
— Mata-o!... — disse ele de súbito, surdamente.
Não levantou a voz, mas a ordem tinha sido dada com tão explosiva violência que o pequeno pistoleiro se sobressaltou.
— Queria fazê-lo eu mesmo... — disse Coe — ...mas não posso ir assim à povoação, para que todos me vejam, e também não posso esperar. Esse porco já nos causou bastantes prejuízos.
— Seja como for, jurei pela pele desse tipo, chefe... — disse Joe, torvamente.— Não poderá escapar-se.
— Ele vai com certeza à povoação, esta tarde. Espera-o lá e liquida-o. A pancada que ele te deu na boca justifica largamente que o procures.
— Não me esqueci... — rosnou o pistoleiro, entredentes, irritado por lhe lembrarem a humilhação sofrida.— Ninguém pode fazer-me isso, a mim, e continuar vivo.
— Terás cem dólares extra se acabares com ele.
Mas lembra-te bem... Não basta que lhe fures a pele. Quero que o mates.
— Pode poupar os cem dólares, chefe. Não preciso que me dê nada por isso. É um assunto meu.
— Não importa. Serão teus se o converteres em picado.
— Como quiser. O dinheiro calha sempre bem, e bem sabe que eu não sou dos que lhe façam cara.
— Melhor será, que alguém te acompanhe. O tipo é perigoso.
— Não vou lutar com ele, mas sim matá-lo... volveu o bandido, com um brilho assassino nos olhos negros.
— Mesmo assim...
— Porque não fazemos outra coisa? Nick também tem uma conta em aberto com esse tipo, e quer resolver o caso a murros. Posso deixá-lo fazer isso, antes de o desafiar.
Herbert não pareceu ver qualquer vantagem naquele modo de fazer as coisas.
— Nick é forte como um urso... — disse — ...mas não sabe lutar. Não se aguenta em frente de Donovan.
— Mas não será fácil derrubá-lo, e esse maldito terá de bater duro para consegui-lo; quando acabar há-de ter as mãos partidas ou inchadas, e então eu desafio-o. Dessa maneira, por muito rápido que seja, não poderá ser mais rápido do que eu.
Herbert fez uma careta que queria que fosse de satisfação, mas doía-lhe tanto a cara inchada que soltou um grunhido.
— Isso está bem pensado, Joe... — concordou. — Dá-te muita vantagem e ninguém verá a manobra.
— O mau seria que Nick o liquidasse... — continuou o pistoleiro, pensativo.
Herbert soltou uma exclamação de desprezo.
— Não tem a menor possibilidade disso. Já to disse... — impacientou-se. — Esse maldito é um verdadeiro demónio com os punhos.
— Fazemos assim, então?
— Sim. Podes animar Nick dizendo-lhe que há cinquenta dólares para ele, se liquidar o forasteiro.
— Mas...
Coe interrompeu-o com um gesto.
— O que eu quero é que ele aguente o mais que puder. Quanto mais esse homem tiver que lhe bater, mais cansado ficará.
— De acordo, chefe. Direi isso a Nick.
— De todos os modos convém que mais alguém os acompanhe. Talvez não possam apanhá-lo só, e poderiam surgir dificuldades.
— Beasley?
— Não, esse não. Preciso dele.
— Bem.
— Agora vai-te e avisa que não me incomodem. Não quero ver ninguém.
*
— Há ali um barbeiro... — disse Roy. — Vou lá, preciso de cortar o cabelo. Onde nos encontramos, depois?
Jay soltou uma gargalhada.
— No armazém de Elihu... — disse ele, com um ar inocente. — Preciso de comprar uma camisa e mais umas coisas.
Havia tão exagerada inocência na sua expressão, que Donovan não duvidou de que ele estivesse a fazer alguma das suas incorrigíveis travessuras de criança grande. Como o dardo não lhe era dirigido daquela vez, olhou para Frank Slate, que cavalgava ao lado deles. Mas era difícil ler alguma coisa na face morena e bonita do vaqueiro.
Frank notou a observação de que era alvo, nada dissimulada, e sorriu levemente.
— Não faças caso dele... — disse, no tom frio e repousado que lhe era habitual. — Iremos ao hotel„ para ver se conseguimos, ao menos, um quarto para os três, e depois esperamos-te no «Fox Case».
— Eh, devagar!... — protestou Jay, quando paravam em frente da barbearia. — Eu preciso de comprar uma camisa.
— Podes comprá-la sozinho, não?
— Não, não posso. Se vou lá sozinho, Alice faz-me perguntas que eu fico tonto, e em vez de trazer uma camisa trago uma vassoura, ou coisa parecida. Por outro lado quero pedir-lhe que me reserve uma dança para *o baile de amanhã, e ela não o fará enquanto não souber quais são as danças que tu preferes.
Frank inclinou-se sobre o arção da sela e olhou para o amigo, com um ar de dúvida.
— Há momentos em que eu pergunto a mim mesmo se não estarás mal da cabeça... — disse, muito calmo. — E qualquer dia vou sair das dúvidas, vendo o que é que tens lá dentro.
Jay soltou uma gargalhada, ante a ameaça do amigo.
— Tenho um amor desesperado... — declarou ele, com uma expressão trágica. — Tu bem o sabes, pobre, de mim.
— Vai para o diabo!
— Mas eu, ao menos, reconheço nobremente o meu estado e não ando a disfarçar como tu... — continuou, o alegre rapaz.
— Isto está a pôr-se interessante... — comentou Roy, ajeitando-se mais comodamente sobre a sela.,— E quem' é a tua paixão? Conheço-a?
— Claro que sim... — respondeu Jay, imediatamente. A filha de Enders! Imagina! A herdeira de um dos mais ricos ganadeiros da região! Eu sou assim, não gosto das coisas fáceis.
— E ela?
O loiro rapagão encolheu os ombros fortíssimos.
— Ela bem o sabe, mas faz-me sofrer. Ora! Eu também sei que se trata de um sonho irrealizável, e por isso aceito as coisas tão filosoficamente quanto posso.
Ria-se de si mesmo, e Donovan admirou-o por isso. Se realmente estava apaixonado pela jovem, não devia ser-lhe fácil manter a sua aparência jovial, reconhecendo ao mesmo tempo que tinha de renunciar às suas mais queridas ilusões.
— Mas nós não estávamos a falar de mim. Falavamos deste tímido pateta...— continuou o loiro vaqueiro. A filha de Elihu mostra um flagrante interesse por ele... e o tolo foge dela como do diabo. No domingo passado tive de ameaçá-lo com um pau para que ele a fosse buscar para dançar, e agora vou levá-lo à presença dela, ainda que tenha de o amarrar de pés e mãos.
— Estás a aborrecer-me com as tuas manias casamenteiras, garanto-te que...
— Não garantas nada. Estás perdidinho por essa rapariga, e todos esses grunhidos não são mais do que uma cortina de fumo com que não enganas ninguém.
— Fantasias tuas.
— Está bem, são fantasias... — disse Tyler, divertido. -- Nesse caso não deves ter inconveniente em me acompanhar ao armazém.
Frank estava apanhado e, compreendendo isso, encolheu resignadamente os ombros.
— Como quiseres... — disse ele. — Vamos.
Roy viu-os afastar-se e, sorrindo, desmontou e entrou na barbearia.
O armazém dos Nason não era longe. Os dois vaqueiros pararam à porta, prenderam os cavalos à barra e entraram no estabelecimento.
Ally estava por detrás do balcão, a atender uma senhora gorda e idosa, mas nem por isso deixou de notar a entrada dos dois rapazes e um relâmpago de alegria brilhou nos seus belos olhos, ao mesmo tempo que os envolvia num deslumbrante sorriso.
— Olá, rapazes !... — exclamou ela, quando por fim se viu livre da cliente. — Vêm pôr a povoação em alvoroço?
— O que queríamos pôr em alvoroço era o teu cora-ção... — replicou Jay, prontamente. E acrescentou, pérfido : —Este amigo, pelo menos, suspira por isso.
Não era fácil, no entanto, alterar a fria calma de Frank, que se limitou a sorrir levemente.
Ally dirigiu-lhe um olhar luminoso.
— Isso é verdade, Frank?
— Podes duvidar?
— Como hei-de saber? És tão fechado como um índio.
Frank sorriu abertamente, o que suavizou a dureza das suas feições.
—Jay veio para comprar uma camisa, acho eu... — disse ele, depois de se ter certificado de que o amigo se afastara e não podia ouvi-lo.— Mas eu vim só com uma ideia... Podes reservar-me uma dança no baile de amanhã?
— Sim... — murmurou ela, baixando os olhos para que ele não visse como brilhavam.
— Mais do que uma?
— Sim... — repetiu ela, do mesmo modo.
Jay tinha-se afastado discretamente e parecia concentrado na observação de umas botas que eram flagrantemente pequenas demais para ele. No entanto não estava tão distraído como pretendia fazer crer, porque notou a entrada de duas clientes no mesmo instante em que elas transpuseram o limiar.
— Bem, acho que posso passar sem essa camisa... — disse ele em voz alta, para chamar a atenção do amigo e de Ally.
Frank não se surpreendeu com a brusca mudança de ideias do seu hercúleo companheiro, porque desde o princípio que sabia tratar-se -Cinicamente de um pretexto para o levar ao armazém.
— Até amanhã... — disse ele, encaminhando-se para a saída.
Jay foi atrás dele, assobiando alegremente, e ao passar junto das duas mulheres que acabavam de entrar, fez-lhes um profundo cumprimento.
— Bem, companheiro... — disse ele a Frank, alcançando-o no passeio. — Acho que chegou a altura de ir beber um trago. Ganhei-o bem, parece-me...
— Eu convido... — assentiu Slate.
Tyler não deixou fugir a oportunidade.
— Que festejamos? — perguntou, esfregando alegremente as mãos. — Deu-te o «sim»?
— Eu é que te vou dar com uma coisa na cabeça, se não acabas com essas brincadeiras.
— Está bem, cara de tijolo. Guarda tudo para ti. Não preciso das tuas confidências para nada.
— Se estás zangado suponho que já não queres aceitar o meu convite, não é assim?... — troçou Frank.
— O diabo que te leve!... — apressou-se Jay a replicar. — Pelo contrário, em desagravo vais ter que duplicar o oferecimento.
Rindo, atravessaram a rua e dirigiram-se para o «saloon» em frente. Chegavam ao passeio quando se abriram os dois batentes do estabelecimento, para dar passagem ao pequeno Joe e ao gigantesco Nick.
Os dois grupos imobilizaram-se no mesmo instante. As pessoas que passavam pelas imediações pararam também ao notar a atitude agressiva dos quatro homens. Conhecendo a rivalidade existente entre eles, foram muitos os transeuntes que se apressaram a afastar-se prudentemente.
Começava a noitecer, e no interior das casas, bem coma nos estabelecimentos, acendiam-se as luzes.
— Hum!... — resmungou Joe, em tom de ameaça. — O homem forte e o galo de briga do «Shoe». Onde deixaram a nova aquisição?
— Não precisas correr... — respondeu Jay, prontamente. — Ainda se demora um bocado, de maneira que podes fugir sem pressas.
A cara magra do pistoleiro contraiu-se numa expressão de raiva.
— A tua avó enganou-te, quando te disse que eras engraçado... — resmungou.
— Tu não tiveste avó, pois não?... — perguntou Jay inocentemente.
Joe olhou-o com desconfiança. Mas ainda não o conhecia bem.
— Porque dizes isso?... — perguntou.
Tyler olhou-o de alto a baixo, descaradamente e baixando muito a cabeça.
— É porque as avós aumentam tudo, segundo dizem, e a ti ninguém te aumentou nem sequer um bocadinho!...
O pistoleiro empalideceu e levou ostensivamente a mão direita à coronha do revólver.
— Maldito imbecil!... — guinchou. — Diz outra como, essa e mato-te!
— Tira a mão daí, Joe, ou é possível que sejas tu a apanhar uma indigestão de chumbo... — avisou a voz fria e lenta de Slate.
O pequeno pistoleiro voltou-se para ele, como se tivesse sido picado.
— Deveras, Frank?... — disse ele, entredentes. — Já me tinham dito que nos últimos tempos tens andado muito brigão.
— Sim?
— Pelo visto queres deslumbrar a pequena do Elihu, mostrando-lhe como és valente. Olha, ali a tens à porta do armazém. Achas bem que eu fuja agora, a guinchar de medo? Com certeza que isso a faria cair nos teus braços. Ou já lá esteve?
A intenção do pistoleiro era, sem dúvida, a de perturbar Slate. Mas enganou-se completamente.
— Empunha o revólver, Joe. Vou matar-te... — disse Frank, em voz gelada.
No olhar do moreno vaqueiro havia qualquer coisa que fez com que Joe se agitasse, inquieto, buscando melhor posição.
— Ao que parece deu-te com força... — tentou ele ainda bazofiar, embora a sua voz tivesse enrouquecido subitamente.
— Dentro de três segundos arranco-te a língua, Joe. Empunha o revólver, e fá-lo com rapidez!
Os dois homens tinham-se curvado ligeiramente, e cada um deles vigiava, atento, os movimentos uni do outro. As suas mãos tensas, abertas como garras de aves de rapina, aproximavam-se das coronhas das armas, quase a roçá-las.
Foi Joe o primeiro a entrar em ação. O revólver pareceu saltar-lhe da mão, expelindo um jato de lume perfeitamente visível na meia penumbra do calmo entardecer.
Mas uma fração de segundo antes, o corpo do pequeno pistoleiro começara a girar para um lado, em consequência do choque de uma bala no lado esquerdo do peito. Deu uns passos incertos até se agarrar a um dos postes do alpendre.
Ficou assim, de costas para Frank, que o vigiava atentamente, de arma pronta. Um momento depois deixava cair o revólver e começava a resvalar, encolhendo-se como um boneco de trapos, até cair de costas na poeira da rua.
— Frank!
O rapaz voltou-se vivamente, e Ally, que chegava em corrida, lançou-se-lhe nos braços a soluçar.
Slate meteu o revólver no coldre e acariciou a loira cabeça que se escondera no seu ombro.
— Não chores, pequena... — murmurou. — Não me aconteceu nada.
— Oh, Frank ! Tive medo... que tu...
Slate afastou-a suavemente de si e olhou-a, sorrindo. Mas como ela mantinha a cabeça e os olhos baixos, tomou-lhe o queixo nos dedos e fê-la levantar a linda face molhada de lágrimas.
— Estão todos a ver-nos... — sussurrou. — Agora, se eu disser que és a minha noiva, não poderás negá-lo.
Ally levantou então os olhos para ele, muito abertos, fitando-o.
— Frank !... — suspirou.
— Quando nos casamos?
—Frank!... — exclamou ela, em tom mais alto.
— Não podes dizer-me que não... — disse ele, sorrindo.
Com um grito de alegria, a jovem lançou-lhe os braços ao pescoço e, sem se preocupar com quem pudesse vê-los, ergueu-se nos bicos dos pés e beijou-o nos lábios.
Jay atirou com o chapéu ao ar, ao mesmo tempo que soltava um brado selvagem e iniciava um sapateado, esquecendo-se do gigantesco Nick a quem tinha estado a vigiar até àquele momento. Nick aproveitou o descuido para seguir rua abaixo até à primeira esquina, onde se abrigou empunhando o revólver.
Estava agora a coberto e, estando os dois vaqueiros do «Shoe» distraídos, poderia acabar com o mais perigoso deles antes que dessem por isso. Depois se ocuparia de Tyler. Este não era um «virtuose» do «Colt», e não o receava.
Espreitou com cuidado, erguendo a arma, e viu que efetivamente ninguém pensava nele. Levando a noiva pelo braço, Frank Slate atravessava novamente a rua para conduzi-la ao armazém, enquanto Jay Tyler se baixava para apanhar o seu chapéu.
Com um suspiro rouco, Nick apontou para as largas costas do homem que matara Joe. Não era rápido, mas atirava bem, e a pouco mais de vinte metros de distância não podia falhar o alvo.

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