PAS727. Reencontro em Dallas

O homem que galopava através da planície parecia querer chegar a Dallas como uma flecha.
Montava um magnífico corcel, uma bela estampa, mas que não era de cor viva. A sela também era vulgar, o que parecia indicar que o cavaleiro não queria que a sua montada chamasse demasiado a atenção.
Em contrapartida, ele sim.
Segurava as rédeas com a mão direita, em vez de o fazer com a esquerda, como é natural a todos os que montam, para ter a destra livre e poder empunhar o revólver.
Mas este cavaleiro lá tinha os seus motivos.
A sua mão esquerda consistia numa série de peças metálicas articuladas, formando uma verdadeira garra.
As suas feições estavam completamente cobertas por uma máscara vermelha que só deixava ver dois buracos, um para a boca e outro para os olhos. 
À  luz mortiça da planície, e sob o sol que já começava a esconder-se, aquele homem, parecia uma autêntica visão de pesadelo.
Estava a meia jornada de Dallas, e contava chegar à cidade durante a noite.

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