PAS730. A luz voltou ao teu olhar
O doutor Trent tentou ganhar tempo, a todo o transe.
—Por onde entrou?
— Eu entro por qualquer lado, amigo. Sou um desses indivíduos que sabem trepar pelas paredes. Mas não falemos disso agora. Diga-me, doutor dos infernos, onde está a rapariga?
—Pa... para que a quer?
«Lord Diabo» soltou uma gargalhada.
Se a sua voz fazia calafrios, àquela gargalhada não havia quem resistisse. Pareci provir do Além. Era como se atravessasse a pele e 'a corroesse lentamente. O doutor Trent teve um estremecimento, porque sabia por instinto que não poderia lutar contra aquele poder satânico.
—É urna doente — disse baixinho. — ou ainda pior do que isso, segundo o ponto de vista. Se há algo de humano em si, suplico-lhe...
—A minha humanidade perdi-a há anos —riu «Lord Diabo. — Se visse o meu rosto compreendê-lo-ia. Mas não percamos tempo em conversas inúteis. Leve-me onde ela se encontra ou acabará como acabou Sandor.
O médico compreendeu que não podia resistir.
—Vou levá-lo.
—Vamos. Ia tirar-lhe a venda, não é verdade?
---Como soube?
—Leva na mão um candeeiro com um papel vermelho. Não é difícil calcular o que ia fazer.
— Com efeito... Vou... vou ver qual foi o resultado da operação.
— Que coincidência! Ambos tivemos os mesmos pensamentos.
—Seria horrível para ela se verificasse que a primeira coisa que volta a ver neste mundo é «Lord Diabo».
—Não me verá a mim, mas sim à minha máscara. Vamos!
Levou a mão ao revólver, mas o médico olhava era para a garra. Tremendo, dirigiu-se até ao celeiro, enquanto iluminava o caminho com um candeeiro coberto pelo papel vermelho.
«Lord Diabo» cochichou:
—Nem uma palavra. Pois desde que faça o menor movimento, mato-os a ambos aqui mesmo.
—Nada receie, não a avisarei. Ela própria o verá, por sua desgraça.
O médico entrou no quarto. Bela, que estava sentada na cadeira, muito direita, inquiriu:
—É o senhor, doutor Trent?
—Eu próprio, pequena. Chegou o momento.
—Vem sozinho?
—Claro que venho. Porquê?
— Não sei. Pareceu-me notar...
O médico conseguiu que a sua voz soasse natural ao dizer:
—Que disparate!...
Afastou, para o colocar mais longe, o candeeiro que já iluminava o quarto, quando ele entrara, e deixou somente o do papel vermelho. Depois inclinou-se sobre a jovem.
—Não me ata? —perguntou esta.
Teria sido conveniente, para evitar qualquer movimento brusco, mas o médico sussurrou:
— Não é preciso.
«Lord Diabo» cerrou os punhos.
Tremendo, o doutor Trent foi retirando pouco a, pouco as vendas dos olhos da enferma. Antes de retirar a última, pediu-lhe:
—Por favor, não abra os olhos até que eu diga.
—Sim, doutor.
O rosto dia rapariga estava mais formoso, mais radiante, mais tentador que nunca. Os olhos de «Lord Diabo» brilharam e o doutor Trent verificou isso. Sobreveio-lhe uma náusea invencível, um violento desejo de morrer. Não lhe importaria jogar ali a vida se não tivesse a certeza de que provavelmente Bela morreria também.
—Agora... abra os olhos.
Bela viu as sombras do celeiro e uma mancha vermelha que era o papel do candeeiro. Mais longe viu outra mancha vermelha, mas .a princípio não.. lhe atribuiu importância pois julgou que fosse um papel novo.
Quase um minuto mais tarde, quando as imagens se concretizaram, Bela verificou o que significava aquela segunda mancha vermelha. Os seus lábios afastaram-se num ricto de agonia e soltou um grito de terror.
O médico murmurou:
—Obrigou-me. Juro-lhe que me...
«Lord Diabo» afastou-o com um safanão, atirando-o ao solo. Os seus braços foram ao encontro da cintura da rapariga e a garra conseguiu inclusivamente tocar-lhe.
Mas Bela agora já não estava cega. Agora, embora confusamente, via os objetos e além disso era possuidora de uma espantosa agilidade. Derrubou a cadeira, esquivou-se de «Lord Diabo» e fugiu em direção à porta, enquanto aquele ser satânico se lançava em sua perseguição.
O médico compreendeu que ele ia agarrá-la e atirou aos pés de «Lord Diabo» outra cadeira. Este tropeçou e caiu por terra, enquanto soltava uma praga.
Do solo, «Lord Diabo» olhou para o médico enquanto tocava levemente no colt.
Naqueles olhos, o doutor Trent, leu a sua sentença de morte.
—Não... não... —balbuciou.
«Lord Diabo» deve ter pensado que lhe interessava mais a rapariga. Apesar de ter o revólver já quase empunhado, não chegou a apertar o gatilho.
Pôs-se de pé e disse com voz áspera:
—Arrumaremos o assunto mais tarde.
Saiu depois em perseguição da rapariga.
—Por onde entrou?
— Eu entro por qualquer lado, amigo. Sou um desses indivíduos que sabem trepar pelas paredes. Mas não falemos disso agora. Diga-me, doutor dos infernos, onde está a rapariga?
—Pa... para que a quer?
«Lord Diabo» soltou uma gargalhada.
Se a sua voz fazia calafrios, àquela gargalhada não havia quem resistisse. Pareci provir do Além. Era como se atravessasse a pele e 'a corroesse lentamente. O doutor Trent teve um estremecimento, porque sabia por instinto que não poderia lutar contra aquele poder satânico.
—É urna doente — disse baixinho. — ou ainda pior do que isso, segundo o ponto de vista. Se há algo de humano em si, suplico-lhe...
—A minha humanidade perdi-a há anos —riu «Lord Diabo. — Se visse o meu rosto compreendê-lo-ia. Mas não percamos tempo em conversas inúteis. Leve-me onde ela se encontra ou acabará como acabou Sandor.
O médico compreendeu que não podia resistir.
—Vou levá-lo.
—Vamos. Ia tirar-lhe a venda, não é verdade?
---Como soube?
—Leva na mão um candeeiro com um papel vermelho. Não é difícil calcular o que ia fazer.
— Com efeito... Vou... vou ver qual foi o resultado da operação.
— Que coincidência! Ambos tivemos os mesmos pensamentos.
—Seria horrível para ela se verificasse que a primeira coisa que volta a ver neste mundo é «Lord Diabo».
—Não me verá a mim, mas sim à minha máscara. Vamos!
Levou a mão ao revólver, mas o médico olhava era para a garra. Tremendo, dirigiu-se até ao celeiro, enquanto iluminava o caminho com um candeeiro coberto pelo papel vermelho.
«Lord Diabo» cochichou:
—Nem uma palavra. Pois desde que faça o menor movimento, mato-os a ambos aqui mesmo.
—Nada receie, não a avisarei. Ela própria o verá, por sua desgraça.
O médico entrou no quarto. Bela, que estava sentada na cadeira, muito direita, inquiriu:
—É o senhor, doutor Trent?
—Eu próprio, pequena. Chegou o momento.
—Vem sozinho?
—Claro que venho. Porquê?
— Não sei. Pareceu-me notar...
O médico conseguiu que a sua voz soasse natural ao dizer:
—Que disparate!...
Afastou, para o colocar mais longe, o candeeiro que já iluminava o quarto, quando ele entrara, e deixou somente o do papel vermelho. Depois inclinou-se sobre a jovem.
—Não me ata? —perguntou esta.
Teria sido conveniente, para evitar qualquer movimento brusco, mas o médico sussurrou:
— Não é preciso.
«Lord Diabo» cerrou os punhos.
Tremendo, o doutor Trent foi retirando pouco a, pouco as vendas dos olhos da enferma. Antes de retirar a última, pediu-lhe:
—Por favor, não abra os olhos até que eu diga.
—Sim, doutor.
O rosto dia rapariga estava mais formoso, mais radiante, mais tentador que nunca. Os olhos de «Lord Diabo» brilharam e o doutor Trent verificou isso. Sobreveio-lhe uma náusea invencível, um violento desejo de morrer. Não lhe importaria jogar ali a vida se não tivesse a certeza de que provavelmente Bela morreria também.
—Agora... abra os olhos.
Bela viu as sombras do celeiro e uma mancha vermelha que era o papel do candeeiro. Mais longe viu outra mancha vermelha, mas .a princípio não.. lhe atribuiu importância pois julgou que fosse um papel novo.
Quase um minuto mais tarde, quando as imagens se concretizaram, Bela verificou o que significava aquela segunda mancha vermelha. Os seus lábios afastaram-se num ricto de agonia e soltou um grito de terror.
O médico murmurou:
—Obrigou-me. Juro-lhe que me...
«Lord Diabo» afastou-o com um safanão, atirando-o ao solo. Os seus braços foram ao encontro da cintura da rapariga e a garra conseguiu inclusivamente tocar-lhe.
Mas Bela agora já não estava cega. Agora, embora confusamente, via os objetos e além disso era possuidora de uma espantosa agilidade. Derrubou a cadeira, esquivou-se de «Lord Diabo» e fugiu em direção à porta, enquanto aquele ser satânico se lançava em sua perseguição.
O médico compreendeu que ele ia agarrá-la e atirou aos pés de «Lord Diabo» outra cadeira. Este tropeçou e caiu por terra, enquanto soltava uma praga.
Do solo, «Lord Diabo» olhou para o médico enquanto tocava levemente no colt.
Naqueles olhos, o doutor Trent, leu a sua sentença de morte.
—Não... não... —balbuciou.
«Lord Diabo» deve ter pensado que lhe interessava mais a rapariga. Apesar de ter o revólver já quase empunhado, não chegou a apertar o gatilho.
Pôs-se de pé e disse com voz áspera:
—Arrumaremos o assunto mais tarde.
Saiu depois em perseguição da rapariga.
Mas tinha já perdido uns segundos preciosos e não conseguiu atingi-la antes de chegar à rua. Ali viu que Bela saltava para um dos cavalos que estavam atados aos postes.
«Lord Diabo» soltou uma gargalhada. A jovem no seu nervosismo, esquecera-se de desatar o cavalo. Agora já não podia fazê-lo a menos que descesse.
Mas também os propósitos do monstro se viram frustrados. Naquele momento alguém gritou:
—Foge, rapariga!...
Era um indivíduo barbudo que fez fogo de uma só vez contra a corda tensa que prendia o cavalo. Esta partiu-se e o animal relinchou ao ficar livre, lançando-se num raivoso galope rua abaixo.
O homem que a salvou não perdeu um segundo a pensar no que «Lord Diabo» iria fazer dele. Atirou-se de mergulho para debaixo de um estrado e ali se ocultou como um gato, esquivando o corpo ' às balas.
Desatou outro dos cavalos, sabendo que ninguém se lhe oporia, e lançou-se a galope depois de deixar atrás de si uma cortina protetora de chumbo. As balas não atingiram ninguém porque toda a gente se tinha já protegido.
«Lord Diabo começou a praguejar.
«Lord Diabo» via, como uma mancha cada vez mais distante o corpo da jovem.
Esporeou o cavalo.
O corcel da rapariga era melhor, mas ela não o dirigia com tanta habilidade, e por isso «Lord Diabo» foi ganhando terreno progressivamente. Quando deixaram para trás a última casa de Dallas, os potros estavam separados um do outro apenas umas cem jardas.
Da rua, um indivíduo que fumava um delgadíssimo charuto havano contemplou a perseguição.
Era um indivíduo que trazia os revólveres postos nas fundas ao contrário, e que tinha os lábios contraídos numa expressão trocista... Toda a gente o conhecia no Texas e toda a gente receava enfrentar-se com ele. Nos seus revólveres não teriam cabido as marcas.
Chamava-se Bikanian.
—Parece que o chefe 'se preocupa demasiado com as mulheres — disse sarcasticamente para «Certo» Bill, que estava junto dele. — Está a dar um excelente espetáculo.
— Em lugar de o criticarmos devíamos ir em seu auxílio — disse «Certo», com os dentes cerrados.
—Não é preciso. Essa perseguição não durará mais do que cinco minutos, vais ver.
Com efeito, Bikanian tinha razão.
O cavalo de Bela foi perdendo terreno nas descidas, que é onde mais falta faz um bom cavaleiro e o de «Lord Diabo» quase conseguiu alcançá-la.
Bela perdeu a serenidade e quis excitar p animal, mas foi pior. Só conseguiu que este tropeçasse, caindo ela de costas.
Perdeu o equilíbrio, apesar dos seus denodados esforços e a pancada fez-lhe perder também os sentidos. A última coisa que viu foi a figura satânica de «Lord Diabo» que descia do cavalo para cair sobre ela.
***
Tiros. Muitos tiros. Disparas distantes...
Bela teve a 'sensação de viver um angustioso pesadelo e sentia que «Lord Diabo a perseguia através de uma imensa planície onde soavam aqueles tiros. Quando abriu os olhos, ao recuperar o conhecimento soltou um grito de horror pensando que aquele ser satânico estivesse junto dela. Mas enganara-se.
Quem se encontrava naquele momento ajoelhado junto da rapariga era um homem muito diferente. O sheriff Burton.
Vestia umas calças texanas, camisa à vaqueiro e trazia um lenço vermelho atado ao pescoço. As suas feições estavam cobertas de suor, e olhava com inquietação para a jovem.
Esta abriu muito a boca, sem poder falar, tal foi a sua. surpresa.
—O... senhor?
— Sim por fortuna creio que cheguei a tempo.
—Perseguia-me... «Lord Diabo».
—Eu vi tudo. Vi-os vir e segui-os desde a saída da povoação. Julgava que eu o deixava fazer de si o que' quisesse? Ainda sou o sheriff de Danas.
—Onde... está ele?
—Houve uma troca de tiros e não teve outro remédio se não fugir.
Com efeito, os revólveres do sheriff ainda estavam quentes. Bela notou-o ao tocá-los inadvertidamente.
—Vem. Eu ajudo-te e levantar.
Ela consentiu. Seus olhos ficaram quase juntos e os seu lábios roçaram um pelo outro. Foi um instante. A rapariga estremeceu, enquanto se via retratada no fundo daqueles olhos.
— A operação foi um êxito—disse Burton em voz baixa.
—Sim...
O sheriff soltou -uma gargalhada.
— Sinto-me feliz por nos termos conhecido...
O tom jovial de Burton venceu o retraimento de Bela que soltou uma gargalhada também.
Num instante o clima de terror que se formara à volta de «Lord Diabo» parecia ter-se dissipado por completo e Bela tinha la sensação de ser o que sempre fora: uma rapariga cheia de esperanças a quem a vida ainda podia sorrir.
—És tal e qual como te imaginava, Burton — murmurou.
«Lord Diabo» soltou uma gargalhada. A jovem no seu nervosismo, esquecera-se de desatar o cavalo. Agora já não podia fazê-lo a menos que descesse.
Mas também os propósitos do monstro se viram frustrados. Naquele momento alguém gritou:
—Foge, rapariga!...
Era um indivíduo barbudo que fez fogo de uma só vez contra a corda tensa que prendia o cavalo. Esta partiu-se e o animal relinchou ao ficar livre, lançando-se num raivoso galope rua abaixo.
O homem que a salvou não perdeu um segundo a pensar no que «Lord Diabo» iria fazer dele. Atirou-se de mergulho para debaixo de um estrado e ali se ocultou como um gato, esquivando o corpo ' às balas.
Desatou outro dos cavalos, sabendo que ninguém se lhe oporia, e lançou-se a galope depois de deixar atrás de si uma cortina protetora de chumbo. As balas não atingiram ninguém porque toda a gente se tinha já protegido.
«Lord Diabo começou a praguejar.
«Lord Diabo» via, como uma mancha cada vez mais distante o corpo da jovem.
Esporeou o cavalo.
O corcel da rapariga era melhor, mas ela não o dirigia com tanta habilidade, e por isso «Lord Diabo» foi ganhando terreno progressivamente. Quando deixaram para trás a última casa de Dallas, os potros estavam separados um do outro apenas umas cem jardas.
Da rua, um indivíduo que fumava um delgadíssimo charuto havano contemplou a perseguição.
Era um indivíduo que trazia os revólveres postos nas fundas ao contrário, e que tinha os lábios contraídos numa expressão trocista... Toda a gente o conhecia no Texas e toda a gente receava enfrentar-se com ele. Nos seus revólveres não teriam cabido as marcas.
Chamava-se Bikanian.
—Parece que o chefe 'se preocupa demasiado com as mulheres — disse sarcasticamente para «Certo» Bill, que estava junto dele. — Está a dar um excelente espetáculo.
— Em lugar de o criticarmos devíamos ir em seu auxílio — disse «Certo», com os dentes cerrados.
—Não é preciso. Essa perseguição não durará mais do que cinco minutos, vais ver.
Com efeito, Bikanian tinha razão.
O cavalo de Bela foi perdendo terreno nas descidas, que é onde mais falta faz um bom cavaleiro e o de «Lord Diabo» quase conseguiu alcançá-la.
Bela perdeu a serenidade e quis excitar p animal, mas foi pior. Só conseguiu que este tropeçasse, caindo ela de costas.
Perdeu o equilíbrio, apesar dos seus denodados esforços e a pancada fez-lhe perder também os sentidos. A última coisa que viu foi a figura satânica de «Lord Diabo» que descia do cavalo para cair sobre ela.
***
Tiros. Muitos tiros. Disparas distantes...
Bela teve a 'sensação de viver um angustioso pesadelo e sentia que «Lord Diabo a perseguia através de uma imensa planície onde soavam aqueles tiros. Quando abriu os olhos, ao recuperar o conhecimento soltou um grito de horror pensando que aquele ser satânico estivesse junto dela. Mas enganara-se.
Quem se encontrava naquele momento ajoelhado junto da rapariga era um homem muito diferente. O sheriff Burton.
Vestia umas calças texanas, camisa à vaqueiro e trazia um lenço vermelho atado ao pescoço. As suas feições estavam cobertas de suor, e olhava com inquietação para a jovem.
Esta abriu muito a boca, sem poder falar, tal foi a sua. surpresa.
—O... senhor?
— Sim por fortuna creio que cheguei a tempo.
—Perseguia-me... «Lord Diabo».
—Eu vi tudo. Vi-os vir e segui-os desde a saída da povoação. Julgava que eu o deixava fazer de si o que' quisesse? Ainda sou o sheriff de Danas.
—Onde... está ele?
—Houve uma troca de tiros e não teve outro remédio se não fugir.
Com efeito, os revólveres do sheriff ainda estavam quentes. Bela notou-o ao tocá-los inadvertidamente.
—Vem. Eu ajudo-te e levantar.
Ela consentiu. Seus olhos ficaram quase juntos e os seu lábios roçaram um pelo outro. Foi um instante. A rapariga estremeceu, enquanto se via retratada no fundo daqueles olhos.
— A operação foi um êxito—disse Burton em voz baixa.
—Sim...
O sheriff soltou -uma gargalhada.
— Sinto-me feliz por nos termos conhecido...
O tom jovial de Burton venceu o retraimento de Bela que soltou uma gargalhada também.
Num instante o clima de terror que se formara à volta de «Lord Diabo» parecia ter-se dissipado por completo e Bela tinha la sensação de ser o que sempre fora: uma rapariga cheia de esperanças a quem a vida ainda podia sorrir.
—És tal e qual como te imaginava, Burton — murmurou.
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