PAS736. Convite para a festa
Hazel, da sua janela, contemplava a vila. Naquela noite realizar-se-ia em Town Hall (1) a festa do quatro do Julho. Antes, também ela as frequentava. Imaginava a sala com as janelas abertas, adornadas com bandeiras. Num topo, haveria um estrado para os músicos, e no outro a mesa onde serviam limonadas e ponche.
As raparigas exibiriam os seus vestidos novos e ririam com alegria, enquanto os jovens iriam convidá-las.
Mas tudo isto passara já para ela. Se ali entrasse, todos a desprezariam rindo-se da sua presença, e ninguém dançaria com ela. Talvez, até, algum bêbado se atrevesse faltar-lhe ao respeito e mais provável era que ninguém o impedisse. Além disso, também não podia ir com os seus vestidos velhos e simples.
Duas lágrimas brilharam nos seus olhos, sentindo ainda mais a desoladora tristeza da sua vida.
De repente, viu King que se aproximava da casa com um grande embrulho debaixo do braço. Parou sorrindo e descobrindo-se.
— Hazel — disse-lhe, quando ela veio ao seu encontro. — Tome isto. É um vestida novo, para a festa de noite.
A rapariga contemplou-o assombrada. Como podia imaginar que ela se misturaria com outras raparigas a desprezariam.? Mas Lorringer continuou:
--Peço-lhe que me autorize a vir buscá-la às oito horas. Como sou forasteiro, não conheço ninguém e peço que não comprometa as suas danças a não ser comigo.
Inclinou-se outra vez, e partiu a caminho de Nova Salomão. Hazel ficou só, contemplando o pacote que tinha nas mãos. Era uma loucura. Não podia acompanhá-lo à festa. Seria um escândalo e, além disso, não queria sofrer as consequências do seu atrevimento. Olhou novamente para o pacote que ele lhe oferecera.
Para a rapariga, King já era «ele». Mas horrorizava-a aparecer em público e expor-se aos insultos homens. Todavia, como havia de desprezar o jovem? Como recusaria o seu convite?
Quase sem dar por isso, abriu o pacote. O vestido era galante, cintura justa, mangas largas e um ligeiro decote. Em pouco tempo ficaria pronto para o poder levar. Se se atrevesse! Nessa altura, seu pai chamou-a:
--- Que queria o Lorringer?
Ela exclamou, atraiçoando-se:
— Convidou-me para a festa desta noite.
— Deves ir, minha filha — exclamou o velho. — Fazes uma vida muito retraída. .
As raparigas exibiriam os seus vestidos novos e ririam com alegria, enquanto os jovens iriam convidá-las.
Mas tudo isto passara já para ela. Se ali entrasse, todos a desprezariam rindo-se da sua presença, e ninguém dançaria com ela. Talvez, até, algum bêbado se atrevesse faltar-lhe ao respeito e mais provável era que ninguém o impedisse. Além disso, também não podia ir com os seus vestidos velhos e simples.
Duas lágrimas brilharam nos seus olhos, sentindo ainda mais a desoladora tristeza da sua vida.
De repente, viu King que se aproximava da casa com um grande embrulho debaixo do braço. Parou sorrindo e descobrindo-se.
— Hazel — disse-lhe, quando ela veio ao seu encontro. — Tome isto. É um vestida novo, para a festa de noite.
A rapariga contemplou-o assombrada. Como podia imaginar que ela se misturaria com outras raparigas a desprezariam.? Mas Lorringer continuou:
--Peço-lhe que me autorize a vir buscá-la às oito horas. Como sou forasteiro, não conheço ninguém e peço que não comprometa as suas danças a não ser comigo.
Inclinou-se outra vez, e partiu a caminho de Nova Salomão. Hazel ficou só, contemplando o pacote que tinha nas mãos. Era uma loucura. Não podia acompanhá-lo à festa. Seria um escândalo e, além disso, não queria sofrer as consequências do seu atrevimento. Olhou novamente para o pacote que ele lhe oferecera.
Para a rapariga, King já era «ele». Mas horrorizava-a aparecer em público e expor-se aos insultos homens. Todavia, como havia de desprezar o jovem? Como recusaria o seu convite?
Quase sem dar por isso, abriu o pacote. O vestido era galante, cintura justa, mangas largas e um ligeiro decote. Em pouco tempo ficaria pronto para o poder levar. Se se atrevesse! Nessa altura, seu pai chamou-a:
--- Que queria o Lorringer?
Ela exclamou, atraiçoando-se:
— Convidou-me para a festa desta noite.
— Deves ir, minha filha — exclamou o velho. — Fazes uma vida muito retraída. .
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