PAS762. Decepção
Dale Milier chegou ao rancho Carson às primeiras horas da tarde. O jovem vestia o mesmo traje que em Fort Summer. Não levava armas, parecendo um indivíduo inofensivo, na aparência.
Conduziu o cavalo a trote até à casa do rancho. A entrada, encontrava-se Margaret, pálida, mas muito bonita, fixando-o.
Dale desmontou em frente da escadaria e tirou o chapéu,
— Como vê — exclamou risonho —, não faltei ao encontro! Quinta-feira... Sou o único convidado?
Margaret respondeu, lentamente:
— Não. Não é o único, Dale. Olhe para a sua retaguarda. •
Dale Milier voltou-se e olhou, sem deixar de sorrir. Então, viu um grupo de homens que se acercavam. Tinham saído dos outros edifícios perto, e empunhavam revólveres uns, e espingardas, outros. Todos mostravam aspeto de quem é capaz de disparar, à. primeira.
O rapaz observou-os um a um, enquanto se aproximavam. Em seguida perguntou a Margaret:
— Que é isto? Uma brincadeira?
A rapariga, negou com a cabeça, inexplicavelmente agitada.
— Não, não é uma brincadeira, Dale Milier... é uma armadilha! Estes homens são ajudantes do xerife de Alamogordo, vêm para prendê-lo, e estão dispostos a matá-lo, se cair na asneira de resistir.
Dale Milier continuava a olhar para a formosa rapariga.
— Resistir? — replicou com calma. — Não tenho armas, já sabe! — Os seus olhos brilharam. — De modo que, apesar de tudo, continua a pensar que sou um ladrão de gado. Por isso me preparou esta armadilha... Corno é possível que uma rapariga tão bonita, seja capaz de fazer coisas tão feias?
— Xerife! — gritou a jovem, impaciente. — Termine de urna vez com isto! Este homem assassinou meu pai! Prenda-o!
Miller, cuja calma era impressionante, disse a meia voz:
— Nunca vi o seu pai, Margaret! Juro-o...
— É o mesmo! Foi você o causador da sua morte! Meu pai foi assassinado em Pico Gallinas, quando procurava o seu acampamento!
— Nem os meus homens, nem eu, matámos quem quer que fosse em Pico Gallinas! — assegurou Dale, severamente. —2 possível que me odeie por isso, que me tenha preparado uma armadilha, só por uma suspeita, sem o menor fundamento?
O xerife colocou a mão nas costas do rapaz e disse, secamente:
— Está preso por assassínio de Howard Carson! melhor não oferecer resistência! Será submetido a um julgamento legal.
A resposta de Miller foi assombrosamente tranquila:
— Esperemos que seja assim, xerife. Suponho que posso montar o meu cavalo...
— Depois de lhe revistarmos a sela.
Margaret afastara o olhar do jovem. Naquele momento, o seu tio Jules saía de casa, dizendo em tom ameaçador:
— Então, este é o canalha que matou meu irmão? Deveríamos enforcá-lo, agora mesmo!
— Esqueça-se disso, Jules! — avisou o xerife. — Terá um julgamento legal.
Em seguida empurrou o jovem para o cavalo. Margaret voltou as costas, verdadeiramente confundida, e foi nessa posição que escutou a voz de Dale Miller:
— Adeus, menina Carson! A festa não foi muito agradável. Pelo menos para mim...
Margaret segurou-se a uma das colunas do pórtico e não se tirou dali, até que o ruido do trote dos cavalos se afastou.
O tio Jules Carson estava a seu lado, procurando tranquilizá-la.
— Tranquiliza-te, Margaret. Isto está quase a terminar, pequena. Esse homem vai receber o castigo devido. Bem sei que com isso não poderemos devolver a vida a Howard, mas, pelo menos...
— Tio, ele garante que está inocente!
— Que queres que ele diga? É natural que se proclame inocente! Mas nós sabemos que não é!
A sobrinha começou a chorar, O tio observava-a com surpresa.
— Que é isso, menina?
— Não sei... Não sei, tio Jules! Foi uma atitude indigna ter atraído aquele rapaz aqui... Ele nem sequer trazia armas. Pensava que...! E acreditava que eu...!
Jules tomou-a pelos ombros e empurrou-a suavemente para casa.
— Anda, vai para o teu quarto. Deita-te, e descansa um pouco. Eu vou ocupar-me dos vaqueiros. A presença dos homens do xerife alvoroçou isto tudo.
A rapariga foi para o seu quarto e estendeu-se sobre a cama. Durante três horas chorou, sem saber, verdadeiramente, porquê. Por fim tranquilizou-se um pouco mais.
— É preciso que me esqueça de tudo isto! — raciocinou. Estou certa de que fiz o que devia.
Resolvida a distrair-se com o trabalho, verificando as contas do rancho, foi para o escritório. Os livros da escrita não estavam, porém, no seu lugar.
— Meu tio deve tê-los no seu quarto. Com certeza... tenho a impressão de que os levou a noite passada.
Dirigiu-se ao quarto do tio, e entrou. Na verdade, os livros das contas do rancho encontravam-se numa estante, juntamente com livros de outro género, que ela gostava de ler. A rapariga agarrou nalguns, mas, ao fazê-lo, derrubou, sem querer, outros.
Apanhou-os do chão e colocou-os no local anterior. Ao fazê-lo, observou que, escondido por detrás duma fila de livros, havia qualquer coisa envolta num pano.
Margaret era curiosa. Agarrou no embrulho e pô-lo na mesa com cuidado. Ao retirar o pano, ficou a descoberto uma arma, bem ensebada.
— Uma espingarda... — Olhava para a arma, bem aturdida. -n estranha esta espingarda... Deus meu, não é possível!
A jovem empalideceu, cambaleando! Era a espingarda especial, de dois canos, de seu pai! Uma arma que, naquele Estado, só ele possuía! A espingarda de Howard Carson!
— Ele levou-a, quando foi para Pico Gallinas! Ele levou-a...! — repetiu obssessivamente Margaret. — É a sua arma, estou certa disso!
Nervosamente procurou a coronha... efetivamente, lá estavam as iniciais em prata de Howard Carson!
—Deus meu! Quando o seu cavalo o trouxe, já morto, não trazia a espingarda! Isso quer dizer...! Isso quer dizer que...!
Ouviu-se um ruido na porta. Margaret voltou-se, soltando um grito. Seu tio estava ali, olhando-a friamente! E friamente foi o tom de voz em que falou:
— Sim, é uma arma extraordinária... Era das coisas que mais invejava a meu irmão, Margaret...
Entrou no quarto, contemplando fixamente a espingarda que a rapariga colocara sobre a mesa.
— Invejava-lhe mais coisas, é certo! Sobretudo este rancho. Suponho que isso te parecerá monstruoso, não é verdade?
Margaret afastou-se, apoiando-se à parede, assustada. Quase não podia respirar.
— Tu assassinaste meu pai! — acusou ela. — Por isso, tens esta arma! Seguiste-o, quando ele foi à procura dos «mustangs» e mataste-o! Tu é que o mataste!
Jules agarrara na espingarda e examinava-a com ar despreocupado.
— Sim, foi exatamente, assim, pequena. Lamento que o tenhas sabido. Confiava que morresses sem chegar a sabê-lo, Margaret. Porque eu quero o rancho só para mim!, compreendes?
Sim. Ela compreendia, por fim. E era terrível compreender. Mas continuou acusando:
— Foste tu que pagaste ao homem que me atacou em Fort Summer. Queres assassinar-me também? Queres, não é verdade?
Jules sorria; sem deixar de acariciar a arma.
— Sim. Quando me telegrafaste, para que te mandasse o gado, telegrafei eu para um amigo de Fort Summer, que só esperava uma indicação em cifra, que já fora previamente combinada, para te atacar. Era um pobre imbecil, que falhou a tentativa. Todos são imbecis, pequena, como esses teus amigos, esses ratoneiritos, de quem me desfiz, colocando o seu «tesouro» no alforje junto à sela, é...
Margaret começou a correr para o corredor. O tio não tentou retê-la. Continuava sorrindo, sem largar a arma.
A rapariga chegou à entrada da casa. Os soluços quase a afogavam. Após um momento de dúvida, saiu para o pátio, gritando:
— Jim, Bernard, venham cá! Imediatamente! Venham cá!
Corria pelo pátio, desolada, na direção da cavalariça, donde saíam uns homens. Do dormitório saíram outros. Todos a olhavam com surpresa,
— Venham! Depressa! — voltou a gritar a rapariga que se deteve, arquejante. — Têm que me ajudar!
Sobre as tábuas do patamar da entrada ressoaram passos.
— Agarrem-na, rapazes! Já não é preciso dissimular. Tragam-na aqui!
Margaret olhava para os homens que a começavam a cercar, e empalideceu ainda mais.
— Não, não é possível! — gritou de novo. — Ele assassinou meu pai, o vosso patrão! Vocês trabalharam para meu pai! Não podeis obedecer-lhe: é um assassino! Não! Não!
Os homens agarraram-na com força, Jules ordenou: -
— Tragam-na para casa, rapazes! Não é preciso fazer--lhe mal.
Margaret defendia-se. Dava pontapés nos vaqueiros, gritava e chorava. Mas nada podia fazer, nem ninguém podia vir em seu auxílio. Quando se convenceu de que Jules dominava todos os homens do rancho, a jovem deixou de resistir.
Levaram-na para o quarto. A janela tinha fortes grades de ferro, a porta era grossa e, além disso, dois homens ficaram de guarda à porta, de forma a não lhe permitir qualquer veleidade de fuga.
Margaret Carson ficou quieta, de pé, diante da cama. Naquele momento só pensava numa coisa.
Pensava em Dale Miller, a quem havia atraiçoado miseravelmente.
— Ele está inocente...! É preciso que o xerife o saiba. Poderão tentar linchá-lo! Deus meu, tenho que sair daqui!
Recordava o olhar sereno do jovem. Só naquele momento compreendeu que o amava.
Conduziu o cavalo a trote até à casa do rancho. A entrada, encontrava-se Margaret, pálida, mas muito bonita, fixando-o.
Dale desmontou em frente da escadaria e tirou o chapéu,
— Como vê — exclamou risonho —, não faltei ao encontro! Quinta-feira... Sou o único convidado?
Margaret respondeu, lentamente:
— Não. Não é o único, Dale. Olhe para a sua retaguarda. •
Dale Milier voltou-se e olhou, sem deixar de sorrir. Então, viu um grupo de homens que se acercavam. Tinham saído dos outros edifícios perto, e empunhavam revólveres uns, e espingardas, outros. Todos mostravam aspeto de quem é capaz de disparar, à. primeira.
O rapaz observou-os um a um, enquanto se aproximavam. Em seguida perguntou a Margaret:
— Que é isto? Uma brincadeira?
A rapariga, negou com a cabeça, inexplicavelmente agitada.
— Não, não é uma brincadeira, Dale Milier... é uma armadilha! Estes homens são ajudantes do xerife de Alamogordo, vêm para prendê-lo, e estão dispostos a matá-lo, se cair na asneira de resistir.
Dale Milier continuava a olhar para a formosa rapariga.
— Resistir? — replicou com calma. — Não tenho armas, já sabe! — Os seus olhos brilharam. — De modo que, apesar de tudo, continua a pensar que sou um ladrão de gado. Por isso me preparou esta armadilha... Corno é possível que uma rapariga tão bonita, seja capaz de fazer coisas tão feias?
— Xerife! — gritou a jovem, impaciente. — Termine de urna vez com isto! Este homem assassinou meu pai! Prenda-o!
Miller, cuja calma era impressionante, disse a meia voz:
— Nunca vi o seu pai, Margaret! Juro-o...
— É o mesmo! Foi você o causador da sua morte! Meu pai foi assassinado em Pico Gallinas, quando procurava o seu acampamento!
— Nem os meus homens, nem eu, matámos quem quer que fosse em Pico Gallinas! — assegurou Dale, severamente. —2 possível que me odeie por isso, que me tenha preparado uma armadilha, só por uma suspeita, sem o menor fundamento?
O xerife colocou a mão nas costas do rapaz e disse, secamente:
— Está preso por assassínio de Howard Carson! melhor não oferecer resistência! Será submetido a um julgamento legal.
A resposta de Miller foi assombrosamente tranquila:
— Esperemos que seja assim, xerife. Suponho que posso montar o meu cavalo...
— Depois de lhe revistarmos a sela.
Margaret afastara o olhar do jovem. Naquele momento, o seu tio Jules saía de casa, dizendo em tom ameaçador:
— Então, este é o canalha que matou meu irmão? Deveríamos enforcá-lo, agora mesmo!
— Esqueça-se disso, Jules! — avisou o xerife. — Terá um julgamento legal.
Em seguida empurrou o jovem para o cavalo. Margaret voltou as costas, verdadeiramente confundida, e foi nessa posição que escutou a voz de Dale Miller:
— Adeus, menina Carson! A festa não foi muito agradável. Pelo menos para mim...
Margaret segurou-se a uma das colunas do pórtico e não se tirou dali, até que o ruido do trote dos cavalos se afastou.
O tio Jules Carson estava a seu lado, procurando tranquilizá-la.
— Tranquiliza-te, Margaret. Isto está quase a terminar, pequena. Esse homem vai receber o castigo devido. Bem sei que com isso não poderemos devolver a vida a Howard, mas, pelo menos...
— Tio, ele garante que está inocente!
— Que queres que ele diga? É natural que se proclame inocente! Mas nós sabemos que não é!
A sobrinha começou a chorar, O tio observava-a com surpresa.
— Que é isso, menina?
— Não sei... Não sei, tio Jules! Foi uma atitude indigna ter atraído aquele rapaz aqui... Ele nem sequer trazia armas. Pensava que...! E acreditava que eu...!
Jules tomou-a pelos ombros e empurrou-a suavemente para casa.
— Anda, vai para o teu quarto. Deita-te, e descansa um pouco. Eu vou ocupar-me dos vaqueiros. A presença dos homens do xerife alvoroçou isto tudo.
A rapariga foi para o seu quarto e estendeu-se sobre a cama. Durante três horas chorou, sem saber, verdadeiramente, porquê. Por fim tranquilizou-se um pouco mais.
— É preciso que me esqueça de tudo isto! — raciocinou. Estou certa de que fiz o que devia.
Resolvida a distrair-se com o trabalho, verificando as contas do rancho, foi para o escritório. Os livros da escrita não estavam, porém, no seu lugar.
— Meu tio deve tê-los no seu quarto. Com certeza... tenho a impressão de que os levou a noite passada.
Dirigiu-se ao quarto do tio, e entrou. Na verdade, os livros das contas do rancho encontravam-se numa estante, juntamente com livros de outro género, que ela gostava de ler. A rapariga agarrou nalguns, mas, ao fazê-lo, derrubou, sem querer, outros.
Apanhou-os do chão e colocou-os no local anterior. Ao fazê-lo, observou que, escondido por detrás duma fila de livros, havia qualquer coisa envolta num pano.
Margaret era curiosa. Agarrou no embrulho e pô-lo na mesa com cuidado. Ao retirar o pano, ficou a descoberto uma arma, bem ensebada.
— Uma espingarda... — Olhava para a arma, bem aturdida. -n estranha esta espingarda... Deus meu, não é possível!
A jovem empalideceu, cambaleando! Era a espingarda especial, de dois canos, de seu pai! Uma arma que, naquele Estado, só ele possuía! A espingarda de Howard Carson!
— Ele levou-a, quando foi para Pico Gallinas! Ele levou-a...! — repetiu obssessivamente Margaret. — É a sua arma, estou certa disso!
Nervosamente procurou a coronha... efetivamente, lá estavam as iniciais em prata de Howard Carson!
—Deus meu! Quando o seu cavalo o trouxe, já morto, não trazia a espingarda! Isso quer dizer...! Isso quer dizer que...!
Ouviu-se um ruido na porta. Margaret voltou-se, soltando um grito. Seu tio estava ali, olhando-a friamente! E friamente foi o tom de voz em que falou:
— Sim, é uma arma extraordinária... Era das coisas que mais invejava a meu irmão, Margaret...
Entrou no quarto, contemplando fixamente a espingarda que a rapariga colocara sobre a mesa.
— Invejava-lhe mais coisas, é certo! Sobretudo este rancho. Suponho que isso te parecerá monstruoso, não é verdade?
Margaret afastou-se, apoiando-se à parede, assustada. Quase não podia respirar.
— Tu assassinaste meu pai! — acusou ela. — Por isso, tens esta arma! Seguiste-o, quando ele foi à procura dos «mustangs» e mataste-o! Tu é que o mataste!
Jules agarrara na espingarda e examinava-a com ar despreocupado.
— Sim, foi exatamente, assim, pequena. Lamento que o tenhas sabido. Confiava que morresses sem chegar a sabê-lo, Margaret. Porque eu quero o rancho só para mim!, compreendes?
Sim. Ela compreendia, por fim. E era terrível compreender. Mas continuou acusando:
— Foste tu que pagaste ao homem que me atacou em Fort Summer. Queres assassinar-me também? Queres, não é verdade?
Jules sorria; sem deixar de acariciar a arma.
— Sim. Quando me telegrafaste, para que te mandasse o gado, telegrafei eu para um amigo de Fort Summer, que só esperava uma indicação em cifra, que já fora previamente combinada, para te atacar. Era um pobre imbecil, que falhou a tentativa. Todos são imbecis, pequena, como esses teus amigos, esses ratoneiritos, de quem me desfiz, colocando o seu «tesouro» no alforje junto à sela, é...
Margaret começou a correr para o corredor. O tio não tentou retê-la. Continuava sorrindo, sem largar a arma.
A rapariga chegou à entrada da casa. Os soluços quase a afogavam. Após um momento de dúvida, saiu para o pátio, gritando:
— Jim, Bernard, venham cá! Imediatamente! Venham cá!
Corria pelo pátio, desolada, na direção da cavalariça, donde saíam uns homens. Do dormitório saíram outros. Todos a olhavam com surpresa,
— Venham! Depressa! — voltou a gritar a rapariga que se deteve, arquejante. — Têm que me ajudar!
Sobre as tábuas do patamar da entrada ressoaram passos.
— Agarrem-na, rapazes! Já não é preciso dissimular. Tragam-na aqui!
Margaret olhava para os homens que a começavam a cercar, e empalideceu ainda mais.
— Não, não é possível! — gritou de novo. — Ele assassinou meu pai, o vosso patrão! Vocês trabalharam para meu pai! Não podeis obedecer-lhe: é um assassino! Não! Não!
Os homens agarraram-na com força, Jules ordenou: -
— Tragam-na para casa, rapazes! Não é preciso fazer--lhe mal.
Margaret defendia-se. Dava pontapés nos vaqueiros, gritava e chorava. Mas nada podia fazer, nem ninguém podia vir em seu auxílio. Quando se convenceu de que Jules dominava todos os homens do rancho, a jovem deixou de resistir.
Levaram-na para o quarto. A janela tinha fortes grades de ferro, a porta era grossa e, além disso, dois homens ficaram de guarda à porta, de forma a não lhe permitir qualquer veleidade de fuga.
Margaret Carson ficou quieta, de pé, diante da cama. Naquele momento só pensava numa coisa.
Pensava em Dale Miller, a quem havia atraiçoado miseravelmente.
— Ele está inocente...! É preciso que o xerife o saiba. Poderão tentar linchá-lo! Deus meu, tenho que sair daqui!
Recordava o olhar sereno do jovem. Só naquele momento compreendeu que o amava.
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