PAS765. Um cavalo transporta um homem ferido
Era uma casa branca, limpa e bem construída. Tinha um só piso, mas não lhe faltava nada para ser cómoda. Nalguns aspectos, como nas flores e nas cortinas que adornavam as janelas, notavam-se os cuidados de mão feminina.
Quando o cavalo se deteve, Larsen, que conservara inconscientemente um difícil equilíbrio, escorregou e caiu por terra. Apesar da pancada, não recuperou os sentidos.
O ruído que produziu, junto a um relincho do cavalo, fez que se acendessem uma luz dentro da casa. A porta desta abriu-se e a figura de uma mulher que segurava um candeeiro de petróleo recortou-se no limiar.
Era uma mulher nova e vestia uma comprida e quase transparente camisa de dormir. Ao princípio só viu o cavalo, mas ao acercar-se dele distinguiu o vulto caído por terra e uma exclamação de espanto brotou-lhe dos lábios.
Notou sem demora que aquele homem estava ferido, embora não lhe pudesse ver o rosto. Levantou o candeeiro e chamou:
— Gretchen!
Uma mulher de meia idade apareceu no limiar poucos segundos mais tarde. Era loura e devia ter sido bonita na sua juventude, mas agora estava prejudicada pela sua excessiva corpulência. Ao ver o vulto caído aos pés da outra mulher, arqueou uma sobrancelha.
— Que é isso?
— Não sei; parece um homem ferido.
— Algum pistoleiro...
— Talvez, mas, em todo o caso, devemos ajudá-lo.
— Que dirá o seu marido quando regressar e souber que deu alojamento a outro homem?
—E apenas um ferido; além disso, não discutas as minhas ordens, Gretchen. Ajuda-me a levá-lo para dentro.
A outra mulher obedeceu e as duas conseguiram arrastar Larsen, que deixou na terra um leve regueiro de sangue.
A casa estava bem arranjada e as cores predominantes nela eram o banco e o vermelho. Era acolhedora e bonita e adivinhava-se que as pessoas que viviam nela gozavam de situação próspera.
A mulher nova era a dona daquela casa e indicou à outra uma porta que comunicava com a cozinha.
— Levemo-lo para ali. Estendê-lo-emos em cima da mesa para ver a ferida.
Fizeram um esforço e conseguiram levantá-lo e estendê-lo em cima de uma mesa de mármore, muito comprida, que havia no meio da divisão. A cabeça do homem pendeu para um lado, dando a sensação de que se encontrava morto. As suas feições não se tornaram visíveis, dada a posição em que estava a mulher nova.
Esta pareceu ter de súbito uma ideia.
Saiu de casa e espalhou, com os pés, areia sobre o regueiro de sangue, para que este não fosse visível. Depois levou para a cavalariça o cavalo esgotado e instalou-o no sitio menos visível.
Quando voltou, pôde ver a cara de Larsen.
E então uma nova exclamação de espanto brotou-lhe dos lábios.
Quando o cavalo se deteve, Larsen, que conservara inconscientemente um difícil equilíbrio, escorregou e caiu por terra. Apesar da pancada, não recuperou os sentidos.
O ruído que produziu, junto a um relincho do cavalo, fez que se acendessem uma luz dentro da casa. A porta desta abriu-se e a figura de uma mulher que segurava um candeeiro de petróleo recortou-se no limiar.
Era uma mulher nova e vestia uma comprida e quase transparente camisa de dormir. Ao princípio só viu o cavalo, mas ao acercar-se dele distinguiu o vulto caído por terra e uma exclamação de espanto brotou-lhe dos lábios.
Notou sem demora que aquele homem estava ferido, embora não lhe pudesse ver o rosto. Levantou o candeeiro e chamou:
— Gretchen!
Uma mulher de meia idade apareceu no limiar poucos segundos mais tarde. Era loura e devia ter sido bonita na sua juventude, mas agora estava prejudicada pela sua excessiva corpulência. Ao ver o vulto caído aos pés da outra mulher, arqueou uma sobrancelha.
— Que é isso?
— Não sei; parece um homem ferido.
— Algum pistoleiro...
— Talvez, mas, em todo o caso, devemos ajudá-lo.
— Que dirá o seu marido quando regressar e souber que deu alojamento a outro homem?
—E apenas um ferido; além disso, não discutas as minhas ordens, Gretchen. Ajuda-me a levá-lo para dentro.
A outra mulher obedeceu e as duas conseguiram arrastar Larsen, que deixou na terra um leve regueiro de sangue.
A casa estava bem arranjada e as cores predominantes nela eram o banco e o vermelho. Era acolhedora e bonita e adivinhava-se que as pessoas que viviam nela gozavam de situação próspera.
A mulher nova era a dona daquela casa e indicou à outra uma porta que comunicava com a cozinha.
— Levemo-lo para ali. Estendê-lo-emos em cima da mesa para ver a ferida.
Fizeram um esforço e conseguiram levantá-lo e estendê-lo em cima de uma mesa de mármore, muito comprida, que havia no meio da divisão. A cabeça do homem pendeu para um lado, dando a sensação de que se encontrava morto. As suas feições não se tornaram visíveis, dada a posição em que estava a mulher nova.
Esta pareceu ter de súbito uma ideia.
Saiu de casa e espalhou, com os pés, areia sobre o regueiro de sangue, para que este não fosse visível. Depois levou para a cavalariça o cavalo esgotado e instalou-o no sitio menos visível.
Quando voltou, pôde ver a cara de Larsen.
E então uma nova exclamação de espanto brotou-lhe dos lábios.
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