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Mostrando postagens de outubro, 2013

BD0005. Tomahawk Tom em Reg Tooper, o renegado

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Eis o primeiro fascículo da Coleção Condor, publicado em 1 de Maio de 1951,  que veio resolver o problema da publicação de histórias completas pela APR. A aventura publicada de Tomahawk Tom manifesta, à semelhança dos Quadros da História dos EUA, publicada no MA, uma articulação difícil entre texto e imagem com as palavras a surgirem sob as vinhetas elaborando-se extenso texto que às vezes não tinha a ver com aquelas, mas que era imprescindível ler. Isto era normal nesta altura para mais com dois colaboradores como estes: Péon estaria numa fase inicial da carreira, tal como Caygill, e qualquer deles viria a ser preponderante na sua área. A história não é tão engraçada como a que viria a ser publicada no terceiro fascículo. O desenho ainda é muito miúdo levando a uma visualização imperfeita e a espetacularidade, tão rica em Péon, surge apenas nas páginas 23 e 25.   (Para ver a BD clique sobre Ler Mais)  

BD0004. Tomahawk Tom em O Mistério da Diligência

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A partir do número 240 e durante treze semanas, o MA publicou outros tantos pequenos fascículos com histórias completas ou desdobradas por dois números. Cada um destes pequenos fascículos tinha oito páginas. Procurava-se com isso combater a aversão que alguns sentiam pelas histórias em continuação e que acabou por ser resolvida com a Coleção Condor. O primeiro desses fascículos, trazia uma aventura de Tomahawk Tom. Nada de especial, o espaço também não dava para muito mais, ali se nota a luta do herói para impor a justiça e conseguir um bom relacionamento entre brancos e índios.

HBD002. Assim nasceu Tomahawk Tom

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Há muitos textos sobre este herói da BD. Que é um mestiço que, após encontrar Jackie, percorreu o Oeste na busca de aventuras, sempre procurando impor o bem, esta uma súmula... Não tenho disponibilidade para procurar tudo o que li sobre este herói e reproduzi-lo aqui. Mas há uma página do Mundo de Aventuras, número 61, onde tudo parece esclarecido: parece que o jornal andava com dificuldade para ter um «cow-boy» nas suas páginas. E alguém ajudou a resolver o problema. Claro: Vitor Péon e Edgar Caygill.

PAS150. Tão perto da fortuna...

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Estavam diante do cofre forte e Joss iluminava com a lanterna de petróleo. Ferris tateou o botão, em cuja periferia estavam gravadas todas as letras do alfabeto. - Achas que se abre? – perguntou-lhe o amigo. - Veremos. Tenho seis palavras para experimentar. As palavras estavam escritas num papel. Ferris consultou-o num lance de olhos, e começou a fazer girar o disco. - Erre… e… pê… u… ele… esse… e… - terminou, pronunciando a palavra completa: - «Repulse» - e juntou uma oitava letra, que era simplesmente a repetição da última da palavra. – Foi sempre o truque desde os tempos do velho Kerchival – explicou ao companheiro. – Empregar uma palavra apenas com sete letras e repetir a última. Depois, tirou uma chave da algibeira – uma chave pequena, que não pertencia àquelas que, minutos antes, estavam em poder do guarda – e meteu-a na fechadura do cofre forte. Fez força sobre a lingueta, procurando levá-la para baixo… Mas a lingueta permaneceu firme. Continuou a experiência com a palavr

POL032. Armadilha Fatal

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(Coleção Pólvora, nº 32)     «Barry Larsen e a sua quadrilha. Toda a gente falava deles, embora ninguém os conhecesse. Barry tapava o rosto com uma máscara durante a execução dos seus assaltos e o nome que usava era provavelmente falso, o que constituía outra máscara para ocultar ao mundo a sua verdadeira identidade. Havia quatro anos que vinha realizando-se uma série de roubos com a sua assinatura, efetuados sempre dentro de um perímetro bastante redduzido, que compreendia a povoação de Pinetown e arredores. As empresas prejudicadas tinham sido a Pinehill Railroad Company (Companhia dos Caminhos de Ferro de Pinehill) a Benton Transport Company e outras companhias igualmente oderosas, que concordarm em estabelecer uma grande recompensa em dinheiro destinada a quem lhes fornecesse uma pista capaz de levar à captura de Barry. Mas até ao presente tudo resultara inútil. Certamente o ladrão não era bastante odiado por aqueles a quem os seus roubos não afetavam de maneira directa. Os seus as

NOV002. Amanhã dia de BD no Passagens

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Amanhã, é dia de BD no Passagens. Será totalmente dedicado a Tomahawk Tom, uma criação de Vitor Péon e Edgar Caygill. Para já, uma curiosidade: os MAs 104 da primeira e segunda série foram inspirados na mesma ilustração. Ora vejam a diferença que uns vinte anos trouxeram para além daquela "primeiro em continuação, depois em álbum"...

PAS149. Convidados pelo medo

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O revólver do «Tarefas» disparou três vezes seguidas e outras tantas garrafas ficaram sem gargalo, começando o líquido a gotejar pelas prateleiras abaixo. - Vá, O’ Hara, sobe e traz para baixo essas garrafas. Não dirás que não te ajudamos. Assim não tens necessidade de lhes tirares as rolhas. Os outros três bandidos riram-se da graça e até alguns entre o público esboçaram sorrisos ou se riram a meia voz, sem demasiado entusiasmo. O’ Hara voltou a subir pela escada de mão até às garrafas, que se encontravam na prateleira superior. Nesse instante, Noel Logan entrou no estabelecimento. Ninguém deu pela sua entrada, atentos como estavam à cena em que o dono da taberna servia de protagonista e aos comentários dos quatro bandidos. Noel ouvira os três tiros e não hesitou nem um segundo em ir ver o que se passava. Empurrou a porta de vaivém e encostou-se à parede, a um lado. Num instante abarcou a situação e verificou que os tiros não tinham servido para matar ninguém nem tinham sido orig

PAS148. Soluços de uma jovem desesperada

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Depois de meditar alguns instantes, resolveu levar a cabo um reconhecimento na casa que daí em diante ia habitar, a residência daquele que fora o representante da Lei. Ao chegar à porta, empurrou-a com decisão, certo de que lá dentro não estaria ninguém. Mas uns soluços que escutou fizeram-no deter-se no umbral. Os soluços cessaram acto contínuo, talvez porque se tinham apercebido da sua chegada. Reparou que havia movimento no quarto do lado e deu dois passos nessa direção. De novo se deteve, surpreendido. Barrando-lhe a passagem, acabava de surgir uma rapariga. Era alta, morena, de extraordinária beleza, com uma cabeleira comprida que lhe caía pelas costas como uma catarata de ébano brilhante e sedoso. Ambos permaneceram mudos durante alguns segundos. Noel, surpreendido; a jovem, com os olhos brilhantes, húmidos ainda de ter chorado. Tinha o busto erguido, movendo-se desordenadamente devido à respiração agitada. Tudo nela fazia pensar em ódio, dor e desespero. Noel tirou o chapéu,

POL031. Mãos ao ar, xerife

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(Coleção Pólvora, nº 31)   Noel Logan era um humilde vaqueiro, muito jovem, que ousou olhar para a menina mais bela do povoado e convenceu-se que o seu sorriso era uma promessa da felicidade futura. Um dia, encheu-se de coragem e procurou-a para lhe propor casamento, tendo sofrido notável desilusão na presença do noivo da menina, filho de uma abastado rancheiro da região. Ferido, mortificado, resolveu partir em busca da fortuna. Esta foi um pouco madrasta com ele e, quando estava no seu acampamento, com os seus parcos haveres, um grupo de quatro indivíduos assaltou-o, roubando-lhe tudo, inclusivamente água. Seguiu-os com a força dos danados e atravessou o deserto, tendo chegado faminto e desidratado à mesma povoação para que eles seguiram e onde se dedicavam ao crime organizado protegidos por um notável. Não o reconheceram, felizmente para ele. No desenvolvimento da atividade criminosa do grupo, o xerife foi abatido e, como mais ninguém se oferecesse para o lugar, Noel foi nomeado xeri

ARZ040. Terra de Fogo

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(Coleção Arizona, nº40) Pela Primavera começará a ceifar-se o trigo no Texas. Em cada Primavera, milhares de homens e centenas de grandes máquinas "conjuntos" iniciam os seus trabalhos no Sul, para transportar nos sacos o trigo que doura os campos... É o braço humano, o esforço e coragem humana, que faz todos os anos o milagre de encher os celeiros de um grande país e de pôr em marcha uma das primeiras riquezas do mesmo... ...Esta história fala da vida desses pioneiros e do Llano Estacado, o lugar desértico que eles converteram num mar de ouro. Cesar Torre é um autor de escrita emocionante com 110 obras registadas em Portugal quase todas através da Agência Portuguesa de Revistas. Na presente retrata a luta difícil de alguns homens para transformar esta terra de fogo no celeiro atrás mencionado. Na capa, de autor desconhecido, é representado o encontro de um desses agentes da transformação com uma detentora de terras que se opunha ao projecto. Nota-se que algo falará mais for

PAS147. Revólver de Prata

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O nome Revólver de Prata fazia estremecer, havia muito tempo, os que escarneciam da lei. Quem era, na realidade, aquela misteriosa personagem? Os poucos que o tinham visto fixaram-se, mais que em qualquer outro pormenor, nos seus revólveres, cujos canos brilhantes e prateados fique o alcunhassem com aquele estranho apodo, «Revólver de Prata». Era um inspetor doa agentes rurais? Um federal enviado especialmente pelo Norte para lutar contra os criminosos, cada vez em maior número no Oeste? Um aventureiro sem escrúpulos que apenas procurava o roubado para se apoderar mais facilmente dele? Um ser sanguinário, um «gun-man» sem lei e sem consciência que não pensava noutra coisa a não ser em matar? Ninguém podia responder a tão angustiosas perguntas. O certo era que, durante vários anos, «Revólver de Prata» havia deixado um rasto de sangue entre os bandidos e assassinos do oeste. Só o seu nome fazia empalidecer os meliantes de muitos Estados. (Coleção Arizona, nº 39)  

ARZ039. O xerife silencioso

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  (Coleção Arizona, nº 39) Ainda muito jovem, Richard ausentou-se do seu rancho para ir à cidade fazer umas compras. Foi a sua sorte. Quando regressou, as suas duas irmãs e os pais tinham sido assassinados e todo o gado tinha sido roubado por um facínora de nome Harness. A sua vida modificou-se completamente e ganhou um novo sentido: reencontrar Harness e vingar os seus. Mas o bandido era extremamente poderoso. Quando o encontrou, sofreu um cobarde ataque de um dos seus sequazes que lhe provocou graves ferimentos e o colocou numa perigosa, dolorosa e longa fuga em que nas paragens pedia a piedosos vaqueiros que o tratassem. Ainda fraco, voltou a procurar os bandidos, chegando a El Paso onde se ofereceu para o lugar de xerife já que o anterior havia sido morto, e simulou um a aproximação ao bando que tinha procedido ao assassinato. El Paso sentiu então a ocorrência de factos estranhos. Um justiceiro que se intitulava "Revólver de Prata" fazia justiça à sua maneira dilacerando

PAS146. A morte chegou com a tempestade

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Foi o raio que os uniu. A luz do raio, deslumbrante como o sol. A linha quebrada e azul-violeta da sua trajetória. Depois, o odor a enxofre. E o trovão aterrador, tal como se a terra tivesse explodido. - …! O raio impressionou os três. Caíra muito próximo e afetara-os demasiado. Frank, o filho, resguardara-se instintivamente atrás da grossa coluna de madeira e ficou ali, dobrado sobre si mesmo. Podia lutar contra os homens, mas não contra a Natureza cruel. Tremia. Jane, a mãe. Ela, que experimentava um terror sobre-humano em face das tempestades, foi a que menos reagiu. Viu o raio cair sobre a enorme árvore e rachá-la de meio a meio. Ouviu o trovão ribombar instantaneamente. Dobraram-se-lhe as pernas e caiu. Mas refez-se imediatamente. Toda coberta de lama, ergueu-se e correu para o edifício. Ali, gritou com quanta força a sua garganta foi capaz: - Frank! Harold! Harold, o pai, apenas verificou que a vida se lhe extinguia. Notava como as forças o abandonavam, pouco a ouco. Sent

ARZ038. Violência City

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(Coleção Arizona, nº 38).

QST001. A questão da autoria de Cadeias de Sangue

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O número 37 da coleção Arizona exibe na sua capa, em lugar de autor, o nome Buffalo Valley. O mesmo acontece na página 3, onde vulgarmente essa informação surge acompanhada do título da coleção, da obra e do responsável pela tradução (neste caso, Alice Chaves). A mesma informação sobre autoria existe no registo da Biblioteca Nacional. Acontece que mais nenhuma obra existe publicada em Portugal com este nome de autor. Por outro lado, no interior da obra nota-se que Buffalo Valley designa a região onde inicialmente residia “o herói”. Pusémos assim em causa a autoria reconhecida pela APR. Procurámos nas listas de títulos disponíveis, mas nesta fase a Arizona não publicava o nome de autor nessas listas à semelhança do que acontecia noutras coleções da APR (Búfalo, Bisonte e Pólvora). Admitimos que o autor fosse o responsável pela tradução, mas Alice Chaves era um nome que surgia com alguma frequência na tradução de obras nesta fase. Por outro lado, o livro indicava como título original

PAS145. A mensagem do moribundo

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  John abriu os olhos e fitou o rosto da jovem. O sangue, em abundância, afluia-lhe aos lábios. Sílvia, que o sustentava, notava a frialdade que se ia apoderando dele. - Obrigado… - sussurrou John, com voz quase extinta – Eu… não… quis… alvejá-lo – e o seu moribundo olhar pousou no agente, afastado uns passos, ainda envaidecido por haver caçado o famoso «Rapid John» tão facilmente. Sílvia captou a desesperada mensagem do   moribundo. Aquele homem de vida atormentada, no decorrer da qual roubara as vidas de outros semelhantes, queria expressar que nunca matou por capricho e que até naquele derradeiro momento não disparou contra o agente, tendo tempo de sobra para o fazer. - Sim, John, todos nós vimos isso – disse ela, com os olhos arrasados de lágrimas. E, num impulso indomável, aproximou os lábios para beijar o rosto de John. Ele ainda viu acercar-se aquele rosto maravilhoso e sentiu a cálida e doce carícia dos seus lábios. Depois, o belo rosto esfumou-se para dar lugar a outro ro

ARZ037. Cadeias de sangue

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(Coleção Arizona, nº37)     Lendo as histórias das fronteiras americanas na sua época mais tumultuosa, chega-se ao conhecimento de que, ao ser exterminadas, pelos agentes federais e Batedores do Texas, algumas famosas quadrilhas de foragidos, que operavam nos estados norte-americanos do sul, os escassos sobreviventes fugiram para as regiões situadas mais a norte. Uns prosseguiram no caminho da violência até serem inexoravelmente caçados pela Lei. Outros desapareceram misteriosamente, não voltando a saber-se nada deles. A narrativa que segue poderia muito bem ser a história de um desses fugitivos «fora da lei» (Em: coleção Arizona, nº 37) E juntamos nós: Rapid John atirado para a cena do crime por canalhas usurpadores das suas terras estava quase a cair no esquecimento, a encontrar aquela que o converteria num honrado cow-boy quando se encontrou com a lei e foi obrigado a pagar a sua dívida com a vida. Deste livro extraímos uma passagem e deixamos uma questão relacionada com o "

PAS144. Lincoln

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O país atravessava uma época de inquietação. Harold, que jamais se preocupara com assuntos de política ou problemas sociais, ouvia sem interesse aparente, nas reuniões a que ia acompanhado da noiva, opiniões apaixonadas que se prendiam com a questão da escravatura. O problema dos escravos que durante largo tempo não fora mais que um tema de discussão, limitando-se cada um a expandir os seus pontos de vista sobre o assunto, ameaçava agora tornar-se numa bandeira suscetível de separar o país em duas poderosas fações. A controvérsia tornava-se cada vez mais acesa entre os que defendiam e atacavam a existência da escravatura. Harold Brown não odiava nem simpatizava com os negros. Simplesmente, ignorava-os. Não compreendia, portanto, que, por tal motivo, uma nação pudesse chegar à guerra civil. Sim, porque as paixões em digladiação haviam chegado a um ponto caótico, ameaçando pôr o país a ferro e fogo. Foi nessa altura que Harold Broen viu pela primeira vez Abraham Lincoln. Fora com Jane

PAS143. Reencontro

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Saiu para a rua soalheira. Durante alguns momentos teve de caminhar de olhos semicerrados, acostumado À penumbra do bar e incomodado agora pela crueza causticante da claridade exterior. Dirigiu-se para o largo que o taberneiro lhe indicara. Não tinha fome, mas queria descansar e dormir uma boa sesta. Continuava a sentir-se deprimido por aquela transpiração pegajosa que lhe colava a roupa às carnes. Caminhou pelo passeio do tabuado, sob a proteção da cobertura de madeira, que o resguardava do sol. Foi então que tropeçou. Passava nesse instante em frente de um armazém de comestíveis, e a mulher saía apressadamente, com um volume nos braços. Ele olhava para outro lado, observando com indiferença como um velho mineiro carregava algo num burro, e não reparara na mulher antes de tropeçar com ela. Instintivamente, estendeu os braços e susteve-a. Viu, num segundo apenas, uns cabelos loiros muito próximos e o revoltear de umas saias brancas. - Perdão, senhora! A mulher ergueu o rosto. Um ros