Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2016

PAS678. Um ninho de formigas é destroçado

Imagem
Wade Morgan estava no alpendre e foi o primeiro a ouvir o rumor dos cascos dos cavalos. Voltou-se para o interior da habitação e informou: — Aproximam-se cavaleiros! Ben Morgan correu para o exterior, seguido por Susan e Stella. Os quatro permaneceram um momento a escutar o surdo ruído que se tornava cada vez mais nítido. Depois, Ben e seu filho cruzaram um olhar significativo. — As mulheres que se metam em casa — ordenou Ben, secamente. Obedeceram, em silêncio, um tanto assustadas. Wade entrou e foi buscar a sua espingarda. Ben verificou que o seu revólver funcionava perfeitamente. Esperaram uns minutos. Depressa o grupo se tornou visível entre as sombras da noite. Cavalgavam em pelotão, quase roçando os estribos uns nos outros. Todos os cavalos do rancho de Drillman eram de sangue índio, exceto os que montava o próprio Drillman. E à cabeça do grupo ia um homem sobre um cavalo branco, de estampa diferente. Chegaram ao pé do alpendre e pararam ali. Os dois Morgan, com as pernas abertas

BUF122. A formiga o tigre

Imagem
(Coleção Búfalo, nº 122)   «Quando pisares uma formiga, assegura-te que ela está bem pisada, porque pode chegar o dia em que a formiga se converta em tigre e te esmague a ti». Começa em tom proverbial este livro que nos mostra como, em Winslow, uma cidade do Oeste onde a Lei não tinha chegado, um rancheiro sem escrúpulos destruiu toda uma família para lhe ficar com os bens. Mas um dos membros dessa família conseguiu escapar ao massacre, regressando dez anos depois para exigir o que lhe pertencia e satisfazer o desejo de vingança. A formiga tinha-se convertido em tigre. Esta narrativa de Ros Talbot é muito interessante e o livro é um bom exemplar desta fase da Coleção Búfalo. Na novela, a própria mulher não tem um papel secundário, ela tem uma efetiva participação na ação embora num sentido negativo.

PAS677. Um copo de leite para o pistoleiro

Imagem
Herbert Sidney, acabado o jantar no andar superior, descia agora ao balcão em busca do dono do estabelecimento... e de mais qualquer coisa que pelos vistos lhe faltava. Herbert Sidney fez o seu pedido numas palavras que foram ouvidas por quase metade dos clientes do «saloon», apesar de a sua voz não se ter elevado absolutamente nada. Mas, tais palavras provocaram naqueles ouvidos e naquele sítio o efeito de uma viola num enterro ou de um grosseiro palavrão numa reunião de damas da Liga contra o Alcoolismo. — Um copo de leite, por favor — foi o que Sidney pediu, com a maior naturalidade. A mandíbula do «barman», ao ouvir aquele pedido, descaiu como se todos os tendões e fibras da sua cabeça se tivessem negado a cumprir a sua missão. Ficou imóvel, com o copo vazio na mão e o trapo com que o limpava na outra. — Que... que disse o senhor? — gaguejou. — Não me ouviu? Pedi-lhe um copo de leite. O homem que se encontrava atrás do balcão saiu do seu pasmo ao escutar de novo aquela palavra que

PAS676. Por que sou um pistoleiro

Imagem
Richard Cleveland ficou um segundo pensativo, com o olhar fixo no rosto risonho do seu interlocutor. — Você é um tipo estranho, Dumond — disse, por fim. — Não parece um vulgar assaltante de diligências. — Está a pensar seriamente? No entanto, creia que o sou. — Volto a fazer-lhe a mesma pergunta que lhe fiz há pouco. Que foi que o levou a seguir esse caminho? Jess esmagou o charuto contra o cinzeiro, ao mesmo tempo que a sua expressão endurecia bruscamente. — Isso agora não importa... — murmurou. Cleveland percebeu que havia uma corda sensível na alma do rapaz e acrescentou: — Sinto verdadeira curiosidade por conhecer a sua vida. — Porquê? — Não sei... Talvez tenha julgado ver em si uni homem que carrega um peso enorme sobre o seu coração. Enganei-me? Jess Dumond calou-se e mordeu, nervoso, o novo charuto que instintivamente havia retirado de cima da mesa. Cleveland, inclinando-se para a frente na poltrona, acrescentou, com um sorriso de conciliação: — Bem. Sejamos amigos por agora, ai

PAS675. Chegada de diligência após assalto

Imagem
A diligência de Helena entrou na rua principal de Anaconda uma hora depois do que era costume. Em frente ao edifício do terminal, esperava-a um compacto grupo de curiosos e, um pouco mais além, o xerife da cidade, ataviado no seu melhor fato dos dias de festa. Quando o bamboleante veículo se deteve no sítio do costume, com um áspero chiar de travões e duas pragas do condutor, o representante da Lei abriu caminho para ele, um tanto nervoso. — Deixem passar! Afastem-se! — exclamava. Indubitavelmente, alguém fora do que era corrente vinha no interior daquela empoeirada e ruidosa caixa. Por isso mesmo, as duas dúzias de curiosos, em vez de obedecerem ao xerife, acotovelaram-se em volta das janelas, mais ainda do que habitualmente, tentando olhar para dentro. Por fim, a porta abriu-se à viva força e um indivíduo de idade madura, envergando um majestoso fraque e chapéu salto, desceu os dois estribos do veículo. Sem fazer o menor caso do xerife, que lhe estendia a mãe em sinal de boas-vindas,

BUF121. O pistoleiro das Rochosas

Imagem
  (Coleção Búfalo, nº121)   Jess Dumond abandonou o seu rancho à procura do homem que tinha enganado e abandonado a sua irmã e contribuído para a morte dos seus dois irmãos. Associou-se a um bando, tornou-se no istoleiro das Rochosas, e, na sequência de um assalto em que tinha sido abandonado pelos companheiros, chegou a Anaconda onde uma surpresa o esperava. Finalmente, parecia ter encontrado o rasto do homem que tanto procurara. E a sorte fez com que encontrasse alguém que o ajudou a mudar de vida. Este livro é mais um bom registo de Dave Turner, que já conhecemos de « O quinto condenado », o qual surge neste 13º ciclo da Coleção Búfalo, mais uma vez excelente.

CLF080. O Rufião

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 80)

CLF079. Enigma no rancho

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 79)

CLF078. Rancho Apache

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 78)

CLF077. Sangue no seu destino

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 77)   Um polícia rural segue um bando de malfeitores, conseguindo localizá-los numa cidade onde se desencadeia formidável combate. Apesar de sair vencedor, os seus precalços não terminaram, pois o dinheiro que recuperou para os seus legítimos proprietários tinha sido visualizado por uma artista de saloon que, num ápice, passou a palavra a outros indesejáveis. Tex Taylor traz-nos uma novela do Oeste onde as primeiras cinquenta páginas são este duelo empolgante que terminou com o ferimento do jovem rural que, cumprida a sua missão, procurou afastar-se da cidade e acabou por ser recolhido num rancho onde o trataram. A segunda parte da novela é o relato do encontro com uma jovem formosa e da batalha com índios revoltados contra caçadores de bisontes e outros brancos que ocupavam o seu território. A magnífica capa de Cortiella mostra um pormenor da luta contra os índios. A formosa rapariga tentou ir tratar dos feridos, mas um índio tentou abatê-la, só sendo impedido

CLF076. A dama do puma

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 76)     Que formosa era aquela mulher!... ... e deslocava-se acompanhada de um puma... Mas as coisas começaram a correr-lhe mal. Dona de razoável fortuna, quis adquirir os ranchos dos seus vizinhos. Estes recusaram e, inesperadamente, ... começaram a aparecer mortos, dilacerados como se uma fera os tivesse atacado... Afirmou a sua inocência, mas a sua argumentação parecia ineficaz para convencer a cidade. Até que aquele homem chegou... Eis mais uma novela de Joe Mogar, toda ela envolvida em mistério e marcada pelo encanto daquela mulher. A capa, de A. Bernal, mostra um momento em que o puma, feroz, salta sobre um malfeitor que tentou alvejar a sua formosa protegida.

CLF075. Capitão Fracasso

Imagem
(Coleção Califórnia, nº 75)

CLF074. CAP IX. A menina da cidade torna-se pioneira

Imagem
Como ainda empunhasse o rifle com a mão direita e com a esquerda os alforges de Travis, Duncan limitou-se a pestanejar, tentando desvanecer o que julgava miragem. Mas não se tratava disso. Kitty estava ali, até muito mais real que o resto das pessoas que a rodeavam, nem sequer se preocupando em as identificar. De repente, ela avançou para ele em passo incerto e deu conta de que o corpanzil do velho Brown se encontrava a seu lado, empurrando-a para a frente. — Vamos, menina Kitty — disse o velho rancheiro. — Aí o tem! Que espera para correr para os seus braços? Demonstre-lhe como estamos contentes em o ver. Você pode fazê-lo melhor que ninguém. E ela correu a deitar-lhe os braços ao pescoço. Então, ao senti-la pôr-se nos bicos dos pés para o beijar nos lábios, deu conta de que não a tinha esquecido nem um só momento, desde a última vez que a vira. E, ainda, que aquele beijo teve o sabor do pó alcalino que lhe chegava dolorosamente aos olhos e ao nariz, à garganta e aos pulmões. Tudo ist

CLF074. CAP VIII. Reencontro inesperado

Imagem
— Não o entendo — terminou, pondo ponto final no relato que tinha feito ao seu amigo enquanto cavalgavam. — Porque não sabes que foram os sioux que mataram o único filho de Semple — disse Travis pensativo. Essa foi possivelmente a razão por que a mulher fugiu com o outro. Odiava esta terra e os índios e creio que também o Exército. Pediu ao tenente que deixasse tudo e se fossem daqui, mas ele não quis. Ao chegares tu, com os teus ares da cidade, odiou-te por representares o que ele não será nunca. Mas agora, ao matares os sioux, todos te aceitaram como um igual, e Semple também. Compreendes agora? — Sim. Não é que o entendesse muito bem, mas havia demasiado calor para prolongar a conversa. Era a hora da sesta e os homens cavalgavam inclinados sobre as montadas, que tinham chegado quase ao limite das suas forças. Rudger pensou que tinha conhecido muitas fadigas anteriormente, mas nada se comparava à de agora, que o fazia baixar os ombros como que ao peso de uma carga insuportável. Exist

CLF074. CAP VII. Mocassins de massacre

Imagem
Desde muito longe, antes que outra coisa, descobriu uma débil coluna de fumo que se elevava em linha reta para o céu, e ainda cavalgou um bom bocado antes de ver a pequena cabana situada num vale pouco profundo, junto a uma linha irregular de álamos e arbustos que indicavam com segurança a proximidade de uma corrente de água. Duncan já conhecia a granja, pois tinha lá passado algumas vezes, mas ainda assim não deixou de sentir tristeza à medida que se aproximava ao apreciar a pobreza de tudo aquilo. A cabana era pequena e tosca, feita de troncos verdes, pois os Miller tinham-se instalado ali há pouco tempo; havia outra instalação destinada ao estábulo, um curral reduzido já terminado e outro meio construído. Alguns animais pastavam junto ao riacho. Viu sair o granjeiro da cabana, um homem forte de mediana estatura, empunhando um rifle, que deixou apoiado à parede ao reconhecê-lo. — Que tal? — gritou-lhe Miller antes de te desmontado. Chega a tempo de comer. Duncan desmontou e deu uma p