Postagens

Mostrando postagens de abril, 2017

PAS742. Quando alguém quer partir

Imagem
Cristy descia do seu quarto, quando ouviu a voz de seu pai no escritório. — Com todos os diabos, Mike Morgan! Que mosca te picou? Queres dizer-me, de uma vez, porque desejas abandonar o rancho? Abandonar o rancho! Cristy perdeu a respiração, e sentiu-se invadir por um susto tremendo. Mike queria ir-se embora! A voz dele chegou-lhe fria, calma: — Necessito de me ir embora, é tudo. Chegou-me a vontade de mudar de ares. A resposta de Joyce fez corar as faces de sua filha. Porém, já estava com a mão no puxador da porta. E entrou sem bater. Seu pai fazia frente, com o rosto congestionado pela indignação e pelo desconcerto, a um pálido e impassível Mike. Os dois olharam-na, ao ouvi-la entrar. E Cristy julgou ver algo de estranho nas pupilas do vaqueiro. —Que é que estou a ouvir? Mike Morgan? Que queres deixar-nos? — inquiriu. — Assim é, menina Cristy. Cristy protestou: —Porém... porém isso é absurdo! Precisamente agora... Mordeu os lábios, perturbando-se ao compreender que havia estado a pon
ss

PAS741. Uma jovem suspira pelo cobarde

Imagem
Quando entrou no dormitório, quase toda a gente se encontrava deitada e muitos já dormiam. Contra o que era costume das outras vezes, alguns dos seus companheiros saudaram-no de maneira diferente. O próprio Thornton falou-lhe como a um igual. — Demoraste-te muito, Mike. Algum tropeço? —Nenhum, Jim. Tudo correu bem. — Pois muito meu alegro. Sim, tinha mudado um pouco a atitude dos seus camaradas para .com ele. Estendeu-se na sua tarimba, depois de tirar o jaleco e as botas e entrecruzou as mãos debaixo da cabeça, ficando quieto de boca para cima. Ainda mudaria mais, quando soubessem o que ocorrera naquela tarde. Provavelmente, começariam então a pensar... todos. Como  estaria magicando o xerife Bracken.. Bracken, que tinha sido xerife em Topeka... e ainda se recordava dia sua cara. Muito (antes ide nascer o sol, 0 pátio do rancho. estava cheio de animação e de bulício. Os homens tiravam os cavalos dos estábulos, davam-lhes de beber, apertavam-lhes as cilhas, vistoriavam as alfaias de tr

PAS740. Um cobarde cansado de o ser

Imagem
Mike ia pela rua devagar, como abstraído nos seus pensamentos. Porém, não o estava tanto que não reparasse em duas coisas de sumo interesse. A primeira, a presença do xerife Bracken diante do armazém de Steele, enrolando calmamente um cigarro e olhando na sua direção. A segunda, o tipo que, apenas o viu. se apressou a entrar no «Prairie Saloon» Quando os batentes do mesmo se abriram, dando passagem a Dogan, toda a rua se pôs em movimento. Enquanto os homens se aprestavam a assistir à iminente peleja, as mulheres apressaram-se a chamar seus filhos e a meterem-se em suas casas, receando o que ia passar-se. Mike seguiu o seu caminho no mesmo passo. Não pareceu ter visto Dogan. Sem embargo, o seu rosto parecia agora mais velho e os olhos afundavam-se-lhe nas órbitas. Dogan saiu para a rua com gesto fanfarrão, ajustando o cinturão e deixando logo a mão direita junto à coronha do revólver. A ninguém cabia a menor dúvida acerca das suas intenções. Tinha todo o rosto tumefacto, com grandes mar

PAS739. Insultos difíceis de engolir

Imagem
Mike deteve-se diante da entrada do «saloon». Saíam ruídos de música desafinada, risos de mulher demasiado altos e risotas masculinas. Ali dentro a gente parecia divertir-se. Se entrava, era quase seguro que de pronto teria uma questão com Dogan ou qualquer outro bêbado desordeiro. Na maior parte os vaqueiros dos outros ranchos haviam deixado de meter-se com ele, tratando-o com certa indiferença desdenhosa. Conhecia-se a sua boa pontaria e sabiam-se as suas façanhas que salvaram o gado do rancho. Isso travava muito o desprezo daqueles homens por um que recusava sistematicamente lutar, ainda que fosse provocado. De qualquer modo, não podia dizer que contasse com muitos amigos, fora três ou quatro dos seus próprios companheiros. E não queria causar-lhes dissabores. Seguiu o seu caminho e abriu os batentes da taberna de Harris. Era o local mais sossegado da povoação e dava-se bem com o seu dono. Havia pouco mais de uma dezena de clientes, entre eles dois ou três dos seus companheiros e vá

KNS090. Uma mulher perseguida

Imagem
(Coleção Kansas, nº90)

KNS089. A caminho da fossa

Imagem
(Coleção Kansas, nº89)

KNS088. "Sheriffs" Cobardes

Imagem
(Coleção Kansas, nº88)

KNS087. Luta com índios

Imagem
  (Coleção Kansas, nº87)

KNS086. Uma mulher perigosa

Imagem
(Coleção Kansas, nº86)

KNS085. Morta e ressuscitada

Imagem
(Coleção Kansas, nº85)

KNS084. Escravo das fúrias

Imagem
(Coleção Kansas, nº84)

KNS083. Estirpe de "sheriff"

Imagem
(Coleção Kansas, nº83)

KNS082. A mim, canalhas!

Imagem
(Coleção Kansas, nº82)

KNS081. Stanley, "Tiro-Rápido"

Imagem
  (Coleção Kansas, nº81)

PAS738. Shivery!

Imagem
Hazel retirou-se para o seu quarto. Sentia-se tão feliz, como se tudo tivesse acabado e vivesse num mundo diferente, onde não existissem os Heston, nem o ódio e a mentira tivessem conspurcado o seu nome. Amava King com todas as veras da sua alma. A seu lado sentia-se com uma segurança que nunca tivera, e parecia-lhe que nada de mal lhe poderia acontecer estando junto dele. Contemplou os estrelas a piscarem lá do alto, como se pretendessem anunciar-lhe que tudo mudara, animando-a a continuar aquelas relações, nas quais estaria a sua salvação. Tinha a certeza de que King também a amava. Em várias ocasiões pressentira nos seus lábios uma declaração desse amor, mas ela procurou sempre evitá-la. Mas a partir desse momento, nunca mais o faria. Queria ouvi-lo dizer que a amava e partiriam para o Sul, longe dos ódios de Nova Salomão. Na vila, notava-se, uma estranha atividade. Via-se - um grupo, cada vez mais numeroso, reunir-se em volta dos estábulos. Eram vaqueiros e cavaleiros desempregados

PAS737. A mais bela para ir dançar

Imagem
King parou o cavalo ante a barraca da rapariga. la levá-la na garupa, segundo o costume do Texas. O insulto feito na véspera por aquele Jack dava-lhe maior coragem e desejava desafiar toda a gente, mostrando-se em público com a jovem. Era corrente em toda a parte enfurecerem-se quando um forasteiro vinha cortejar a rapariga mais bonita da terra, mas não era costume insultá-la a ela. Queria ver se depois do que acontecera Jack alguém mais se atrevia a fazer o mesmo. Apeou-se tirando: o chapéu, e bateu à porta. Esta abriu-se e Hazel, timidamente, apareceu exibindo o vestido novo, e sobre os ombros um xale antigo. O ligeiro decote deixava a descoberto o pescoço bem modelado e mangas curtas, em forma de globo, mostravam os braços bem torneados, parcialmente ocultos em longas luvas.  King estremeceu. Não havia no mundo mulher tão formosa como aquela. Sorriu inclinando-se: —Todos vão invejar-me. Ajudou-a a montar na garupa do cavalo, e partiu a trote. Hazel reclinou-se sobre o seu ombro, fec

PAS736. Convite para a festa

Imagem
Hazel, da sua janela, contemplava a vila. Naquela noite realizar-se-ia em Town Hall (1) a festa do quatro do Julho. Antes, também ela as frequentava. Imaginava a sala com as janelas abertas, adornadas com bandeiras. Num topo, haveria um estrado para os músicos, e no outro a mesa onde serviam limonadas e ponche. As raparigas exibiriam os seus vestidos novos e ririam com alegria, enquanto os jovens iriam convidá-las. Mas tudo isto passara já para ela. Se ali entrasse, todos a desprezariam rindo-se da sua presença, e ninguém dançaria com ela. Talvez, até, algum bêbado se atrevesse faltar-lhe ao respeito e mais provável era que ninguém o impedisse. Além disso, também não podia ir com os seus vestidos velhos e simples. Duas lágrimas brilharam nos seus olhos, sentindo ainda mais a desoladora tristeza da sua vida. De repente, viu King que se aproximava da casa com um grande embrulho debaixo do braço. Parou sorrindo e descobrindo-se. — Hazel — disse-lhe, quando ela veio ao seu encontro. — Tome

PAS735. Morte de víbora

Imagem
King entrou no «saloon» para tomar um copo. Sentia-se em parte triste e em parte de bom humor. Conseguira a intimidade de Hazel e parecia-lhe que tudo corria bem. Todavia, não conseguia afastar do pensamento aquele olhar triste e amargo da jovem. Não podia negar que estava apaixonado por ela e desejava fazê-la sua esposa. Voltaria para o Sul a incorporar-se na equipa de Matthews. Com o tempo, seria o capataz, e acabaria por ter um rancho próprio. Com ela ao seu lado, nada o impediria. Hazel todavia acolhia-o com agrado, tratando-o com simpatia, mas dir-se-ia que evitava todas as tentativas do jovem para lhe declarar o seu amor. «Porquê? — perguntava-se. — Se ela lhe não correspondia, dizia-lho, e estava tudo arrumado. Desde pequeno sabia que os desejos das mulheres, sob este aspeto, eram irrevogáveis». Sentou-se junto do balcão, e pediu um copo de «whisky». Notou que os clientes da casa vaqueiros, fazendeiros e cavaleiros sem ocupação definida, o olhavam com interesse, cochichando entr

PAS734. Abordagem à maneira do Texas

Imagem
King parou o seu cavalo e olhou para o longe, onde se erguia Nova Salomão. Não era difícil reconhecer a vila, na extensa planície verde e cinzenta. Acariciou o queixo, perguntando a si próprio o que diria à rapariga. Durante todo o trajeto desde Dodge City, não fizera outra coisa senão pensar nela, sem saber o que iria dizer-lhe. Agora, esse problema apresentava-se com a maior importância. Não podia chegar ao pé dela e dizer lhe que vinha procurá-la para a tirar da miséria. Aquela rapariga, cujo nome ignorava, podia interpretá-lo mal e ofender-se. Continuou o seu caminho, procurando uma solução. Só então pensou que tudo aquilo era uma doidice, e que o melhor era regressar a Santo António com a equipa e continuar a trabalhar. A vila já estava perto. Os lavradores e cavaleiros que ali viviam olharam-no com pouca simpatia. Tudo nele denunciava o Texas; desde a sela do cavalo, até à maneira como usava o chapéu inclinado ao lado. Isto não podia agradar-lhes, visto recordarem muito bem as in

BIS052.1. Pela Honra de Hazel

Imagem
O contato tardio com este livro permite-nos uma revisita ao mesmo e aos bons tempos da Coleção Bisonte. Hazel era uma jovem muito bonita que trabalhava em casa dos Heston. Ao ser perseguida pelas intenções menos honestas do filho da família onde trabalhava, resistiu e este fez com que uma fama de impúdica a perseguisse obrigando-a a retirar-se para uma cabana onde sofria o ostracismo de toda a cidade. Um dia tudo mudou. Um grupo de vaqueiros chegou à cidade, transportando gado, e um deles, King Lorringer, ficou extasiado com a beleza da rapariga. Começa aí um novo período na vida desta o qual não deixou de passar por um ajuste de contas com os seus conterrâneos. Eis um livro muito interessante de J.Leon, onde fica bem claro o abuso que muitas vezes as relações de servidão permitiam, com uma capa muito vistosa, infelizmente sem assinatura de autor. Vamos recordar algumas passagens.

COL090. "Silver City"

Imagem
(Coleção Colorado, nº 90)

COL089. Covil de velhacos

Imagem
(Coleção Colorado, nº 89)

COL088. O preço de uma cabeça

Imagem
(Coleção Colorado, nº 88)

COL087. Sangue de colonizadores

Imagem
(Coleção Colorado, nº 87)

COL086. Motivos para morrer

Imagem
(Coleção Colorado, nº 86)

COL085. Aquele que quis ser pistoleiro

Imagem
(Coleção Colorado, nº 85)

COL084. É assim que se manda

Imagem
(Coleção Colorado, nº 84)

COL083. Com o seu próprio punhal

Imagem
(Coleção Colorado, nº 83)

COL082. A pista dos cavalos

Imagem
(Coleção Colorado, nº 82)

COL081. Um cadáver mais

Imagem
(Coleção Colorado, nº 81)