PAS127. Sedento de aventura

O jovem permaneceu várias horas de revólver em punho, disposto a defender-se se o refúgio fosse conhecido e o atacassem. Não aconteceu assim e Jack deu-se por feliz, embora sentisse a impressão de ser uma fera acurralada e não um distinto advogado de Forth Worth e o herdeiro de uma grande fortuna.
No fim de contas, não tinha razão para se queixar. Uma semana antes – ou teriam passado anos? –lamentava-se, bocejando, ao considerar a vida monótona. A que estava a viver –com contínuo risco de perdê-la – tinha um sabor acre e bravio, de sangue e pólvora; era primitiva e oferecia matizes novos e insuspeitados. Tornava-se dura e difícil, mas sugestiva na sua intensidade; a luta dava prazer À existência, perigosamente resgatada aos que tentavam arrebatar-lha, cheia de paradoxos e estranha.
Além disso, como supremo argumento… estava Mildred! A rapariga iluminava todos os seus passos com a luz pujante e avassaladora da sua beleza, da sua sedução, da sua bondade e da sua simpatia. Jack amava apaixonadamente a doce rancheira e sabia que era correspondido…
 

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