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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

BIS080. O paraíso dos bravos

(Coleção Bisonte, nº 80). Capa e texto indisponíveis

BIS079. O xerife

(Coleção Bisonte, nº 79) Texto e capa indisponíveis.

BIS078. O mascarado

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  (Coleção Bisonte, nº 78)   Quando Ernie voltou à terra natal depois de ter passado alguns anos no Leste a estudar engenharia todos ficaram desiludidos com o seu aspeto. Que fora feito do rapaz que um dia tinha partido. Ernie voltada vestido de maneira diferente e até os seus modos nada tinham a ver com o que fora, levando a sua eterna namorada a virar-lhe as costas. Factos estranhos ocorriam na cidade. Alguns rancheiros eram roubados, outros eram abandonados devido a chantagem, mas um estranho mascarado por vezes fazia justiça e ajudava os mais humildes. O desafio deste livro é descobrir a relação entre Ernie e o mascarado justiceiro. Atendendo ao autor, Orland Garr, não choca que quem traga a justiça seja alguém um tanto marginal à sociedade em que (não) se integra… Deste livro deixamos algumas passagens para vos criar vontade para proceder ao seu download .

PAS437. Um pistoleiro reencontra o seu caminho

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O vento brincava com o flutuante véu negro que lhe cobria os cabelos escuros, de tons azulados sob os raios solares, e penteados com risca ao lado. O rosto moreno, as finas sobrancelhas e o perfeito desenho dos lábios rubros davam-lhe um ar de mexicana, quiçá destacando uma distinção de raça que se mostrava impregnada pelo sangue espanhol. A sua beleza, uma beleza serena, escondia debaixo da fria capa da pele um fogo ardente e uma paixão avassaladora. Os olhos rasgados em amêndoa voltaram a erguer-se, um tanto altivos, e cravando-se nos de Chuck com a agudeza de punhais. Aquele olhar tinha algo de castigador, e o homem, arrependido da sua secura, imediatamente a dissipou. Observando-a melhor, descobriu a sua figura gentil, bem torneada, a saia revolta, que deixava a descoberto os sapatinhos cobertos de pó e descobriu também... O fresco raminho de margaridas que as suas mãos empunhavam apertando contra o túmido busto. Realmente este detalhe foi uma revelação superior a todas as palavras

PAS436. Uma voz familiar no cemitério

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Não soube com segurança quanto tempo permaneceu naquela posição. Talvez tudo se tivesse imobilizado à sua volta, exceto o túmulo humilde em que a sua mãe dormia o sono eterno. Inclinou a cabeça, quase com devota unção e murmurou umas palavras com uma voz quase impercetível. Era a despedida, o último e definitivo adeus. Jamais voltaria a Passa Estreito. Nunca, enquanto pudesse evitá-lo. Ia afastar-se em seguida do cemitério quando, lenta e sugestiva, soou por detrás dele, com suavidade e carinho, uma voz: — Queres que rezemos juntos, Chuck? Eu também vim orar por tua mãe. Chuck Camely estremeceu, como que atordoado por um pressentimento de ignorados augúrios. Aquela voz acariciadora e límpida...! Não, não podia afirmar com certeza que pertencesse a alguém conhecido e, não obstante, no mais profundo do seu ser, sentiu pulsar mais forte o coração, batendo de tal modo desordenado e louco que fez afluir o sangue em borbotões ao seu cérebro. Era uma voz familiar... com uma familiaridade que

PAS435. O pistoleiro visita o local onde os mortos descansam

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O quase agreste cemitério de Passo Estreito encontrava-se à saída do sector Oeste da povoação, ocupando um declive da pouco elevada colina. Não estava longe porque assim era mais cómoda dar sepultura aos que deixavam o mundo. Tal como Chuck havia dito, o caminho constituía um curto passeio ao longo da qual, excetuando algumas dúzias de árvores empoeiradas, cresciam com profusão os catos e as estevas mexicanas, denunciando a proximidade da fronteira pela aspereza da paisagem. Ali respirava-se paz, total recolhimento, silêncio típico de cemitério. Não existiam nem a vaidade nem o orgulho. Todos os que habitavam a última morada tinham os mesmos privilégios, idêntica posição e análoga fortuna. Os túmulos eram singelos, alguns mesmo sem lápide. Um monte de terra e uma simples cruz bastavam para assinalar a cova onde jaziam — decompondo-se em pó — as grandes ambições, os ódios, os amores mais violentos... Era uma pequena povoação de mortos situada muito próxima da dos vivos. Para os segundos

PAS434. Emoção do homem mau no regresso à terra natal

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Dizem que até no coração do homem mais duro existem sentimentos ide ternura. Uma verdade que pode parecer discutível e que, não obstante, continua sendo verdade, mesmo contra todas as expectativas. Há ternura na dureza, do mesmo modo que a bondade nasce, ocasionalmente, onde o mal assentou os seus arraiais. Sobre isto muito podia ter falado, Chuck Camely ...especialmente naquela manhã em que decidiu relancear um último olhar por sobre o aglomerado de casas rústicas que constituíam Passo Estreito, no Arizona. Há coisas difíceis de explicar e esta era uma delas. Ele, um homem sem dúvida duro, cujo nome corria de boca em boca por todo o Sudoeste, sentiu ternura, nostalgia e uma ponta de pena ao contemplar Passo Estreito da crista arredondada que formava a suave colina. Estava ali de novo, ante a pequena povoação fronteiriça, tal como se não tivessem passado cinco anos de ausência, ou a mão do destino, caprichosa, tivesse apagado para sempre a enorme folha do seu passado turbulento. «Cinza

BIS077. Eram três pistoleiros

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  (Coleção Bisonte, nº 77)

PAS433. Perigos de novo encontro ao luar

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Oculto no bosquezinho de álamos próximo à divisória do seu rancho com as terras de Harper Patterson, Jesse Lasky esperou pacientemente que despontasse a lua. O tempo decorreu sem que coisa alguma interrompesse o silêncio da noite tranquila, e, de súbito... O ruído de uns cascos de cavalo que chocavam com o solo chegou claramente aos ouvidos do jovem. Deitado sobre umas moitas que cresciam ao redor de uns troncos, Jesse Lasky viu aproximar-se um cavaleiro solitário quase ao mesmo tempo... A uns trinta metros de distância, para o seu lado direito, quase no extremo do bosquezinho, notou outras duas sombras escuras que se moviam lentamente ao encontro do cavaleiro que se aproximava. Um minuto depois Jesse sabia já, com absoluta certeza, que Klondy Patterson tinha acudido ao encontro que lhe tinham marcado como se fosse ele. E como tudo estivesse já planeado de antemão... No preciso instante em que a jovem chegava a poucos passos dos álamos, exatamente quando refreava o seu cavalo; uma cord

PAS432. Desejos de vingança

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Harry Berle foi enterrado no dia seguinte, na propriedade dos Lasky. Jesse tinha enviado um carro e certo número de rapazes para levarem o cadáver. Moyland, o trabalhador companheiro do morto, foi encarregado de encher de terra a tumba do amigo, enquanto os outros, com as vozes roucas de emoção e com os rostos lúgubres, cantavam um hino. Acabado o ato piedoso, Jesse Lasky e os seus homens iniciaram o regresso ao rancho. A silenciosa cavalgada avançava agora, indo cada um dos componentes entregue aos seus próprios pensamentos, embora os sentimentos fossem idênticos e compartilhados por todos. À cabeça do grupo, Jesse Lasky, com as frias pupilas iluminadas por um brilho estranho, conduzia o «Bailarino» maquinalmente. Mal dava conta do caminho que percorria. Foi a voz do que seguia a seu lado, precisamente Moyland, que o fez voltar à realidade. O vaqueiro, amigo do morto que acabavam de enterrar, havia exclamado: — A isso chamo eu ter valor. Olhe quem vem aí, patrão! Que me enforquem se n

PAS431. Provocação assassina

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Budd Holt, o pequeno capataz de Harper Patterson, apeou-se ido seu cavalo à porta do principal «saloon» do povoado. Num gesto instintivo puxou as pistolas um pouco para a frente e começou a subir ais escadas que separavam da rua o «saloon». Depois empurrou os guarda-ventos. Já dentro da sala examinou os fregueses com os seus olhos pequenos. Tinha as mãos a uma polegada dos seus revólveres. Ia ali dar um golpe contra. os Lasky, mie ks era um pistoleiro demasiadamente sabido para se deixar apanhar desprevenido. Junto do balcão, com os pés assentes na respetiva barra, notou dois homens que estavam a beber. Reconheceu-os imediatamente como empregados da família Lasky e sorriu. Budd Holt ia à procura de sarilhos e sentia-se animado pelo desejo de matar. Avançou para o balcão, com os ombros retraídos, as mandíbulas rígidas e todo o corpo encolhido. O taberneiro acabava de passar um copo por água, quando se voltou para ele. — Um «whisky»... e depressa — ordenou perentório. A bebida foi-lhe se

PAS430. Tiros na noite dum encontro secreto

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Naquela noite, à hora da ceia, Harper Patterson esteve de muito mau humor e falou pouco. Não notou que a filha, também estava silenciosa e preocupada com os seus pensamentos. Como também não notou que... Acabada a ceia, quando se retirou para os seus aposentos que utilizava coma escritório, a sua filha deslizava, até às cavalariças e aparelhava um cavalo. Em compensação… O pequeno capataz Holt, que se encontrava a fumar um cigarro, junto ao extrema da cerca, viu-a quando se afastava dali a galope. Imediatamente, o mirrado homenzinho aparelhou outro cavalo e partiu atrás dela. Quando alcançou o caminho, a lua começava a surgir pelo lado oriental do planalto. Uma sombra diminuta, que corria pelo caminho, revelou a Holt tudo o que ele desejava saber. Klondy Patterson dirigia-se para o rancho dos Lasky. E assim era. Correndo sem olhar para trás, a rapariga seguiu pelo caminho até ao ponto em que este penetrava pela boca de um curso de água e se dirigia para o Norte. Ali Klondy voltou para

PAS429. Um relincho na noite escura

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Esmorecia a tarde. Para as bandas do Oeste, atrás do Baboquivari Peak, acabava de se esconder o sol. A ténue obscuridade do crepúsculo, que ia aumentando sem cessar, depressa se transformaria num tenebroso manto de sombras que envolveria, durante algum tempo, dissimulando-a, a desoladora monotonia da paisagem. Um pouco mais tarde despontaria a lua e o firmamento povoar-se-ia de milhões de estrelas cintilantes. Os sons propagar-se-iam com maior nitidez. Um ou outro dos animais que povoavam aquelas solidões daria sinais de vida no seu noturno vagar, para procurar alguma presa. Os catos e as «choyas» (1) projetariam as suas sombras na areia, como que num intento de animar um tanto a paisagem, povoando-a de espectros fantasmagóricos. E, contudo... Nada daquilo diminuiria a avassaladora solidão. A não ser, talvez, fazer ressaltar com maior intensidade do que nunca a grandiosa imensidade dos mistérios da Natureza. Porque o deserto continuaria a ser o mesmo. Ali, naquelas paisagens de desolaç

PAS428. Uma perspetiva sobre o Arizona, o Estado Bébé

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Chamam ao Arizona «O Estado Bebé» (Baby State), mas, de todos os Estados da América, é, certamente, o que recebeu o apodo menos apropriado. Este extenso território, mais de metade da superfície de Espanha, possui quase tantas terras situadas verticalmente, como horizontais. Pela sua extensão é o quinto Estado da União. A origem do seu nome induz em erro, sabendo-se que deriva do termo «Arizona» que em índio «papago» significa «região de pequenos cursos de água».  O visitante poderia julgar, por isso, que se ia encontrar num oásis, com sussurrantes cursos de água e límpidos mananciais, mas... Bem longe disso, a Natureza fez Arizona completamente árido. O seu único grande rio, o Colorado, que forma a maior parte da sua fronteira ocidental, tem a sua origem noutro Estado. Os únicos cursos de água de relativa importância, o Gile e o Salto, são alimentados por pequenas torrentes que somente têm bastante água na época das chuvas. No entanto...  O Governo intentou, e com notável êxito, transf

BIS076. Duas balas para um coração

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(Coleção Bisonte, nº76)       A pesar de um estilo menos agradável tendente à geração de suspense, este livro até é engraçado, ao contrário do que geralmente ocorre com o sr. Kirby que eu arrumo no lote dos autores chatos apesar de bem documentados. Este livro inicia-se de forma muito engraçada com o encontro noturno de Klondy e Jesse, encontro que se prolongou em passeio e depois se repetiu por duas vezes, sabendo a pequena que Jesse queria vingar a morte do irmão cuja responsabilidade atribuía à família. A certa altura perde-se em cavalgadas para a esquerda e a direita e assim se ocupa a parte final até à descoberta do verdadeiro assassino do irmão de Jesse. Naturalmente, tudo acabou em bem e Jesse e Klondy viveram felizes para sempre sem necessidade de mais encontros secretos     

BIS075. Homens sem medo

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(Coleção Bisonte, nº 75)   Uma história que evoca a gloriosa luta de um grupo de homens que procuravam a independência para um novo país. Tex Taylor documentou-se bem e elabora uma trama engraçada. 

BIS074. Um homem de ferro

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(Coleção Bisonte, nº 74)    

BIS073. A quadrilha de Jesse James

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  (Coleção Bisonte, nº 73)

PAS427. Cavalgando com o inimigo

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— Não devo ir contigo nem juntar-me a eles. Não é sítio para uma rapariga como eu. — Desde que vás acompanhada por mim, não faz mal. Toda gente me respeita. Preciso agora de ti mais do que nunca. Abandonar-me-ás? — Não tenho outro remédio. Um dia, mais tarde, depois de atravessares a fronteira, talvez vá ter contigo. Então, será um caso muito diferente. Adeus, Jerry! Procurou obrigar o cavalo a executar meia-volta mas o bandido deitando-lhe a mão direita às rédeas, imobilizou-o, enquanto dizia: — Não me deixarás, Marjorie. Sou eu que te ordeno. A jovem olhou-o de alto abaixo. Embora sentisse medo, retrucou audaciosamente: — Que direitos tens tu para me obrigares a fazer uma coisa contra a minha vontade? Estiveste afastado de mim e de casa imenso tempo. Durante todo esse tempo não te dignaste enviar-me uma linha que testemunhasse a mais insignificante lembrança. Por fim, venho a descobrir que estavas na cadeia. Considerei que tinha perdido o meu irmão para sempre. E agora pretendes dar-

PAS426. Oração pela tradição e leis da fronteira

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Anthony Dewey fazia parte do primeiro grupo de exploradores que haviam pisado aquelas terras. Em tempos havia lutado contra os índios, em defesa das terras que estavam a ser colonizadas. O seu corpo marcado por inúmeras cicatrizes mostrava que cometera não poucas façanhas. A maior parte da sua vida passara-a naquele bocado de terra. Ali haviam nascido Ben e Mary e ali enterrara a sua esposa, que morrera quase sem tempo de dizer adeus aos seus. Adorava aquele rincão de que não tencionava separar-se. E não se podia dizer que ali a vida fosse um perpétuo mar de rosas. Tinha cinquenta anos. Apesar da idade, Dewey era um homem bem conservado, corpulento e activo. Vigiava todo o rancho e obrigava a sua equipa de vaqueiros a movimentar-se com uma precisão matemática, tarefa em que só um homem muito experimentado nos diversos trabalhos de uma fazenda conseguiria êxito. Os vizinhos apenas podiam dizer bem dele. Tomando o comando dos seus vaqueiros, participara na verdadeira guerra desencadeada