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Mostrando postagens de janeiro, 2016

PAS575. E, naquele momento, o cavalo tomou o freio nos dentes

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No dia seguinte, Nelson Montgomery, para se familiarizar com a cidade, montou o seu cavalo e começou a percorrer as ruas ao acaso. A certa altura, num cruzamento, quase ia sendo atropelado por uma «charrete» puxada por dois belos cavalos brancos e guiada por uma jovem de estonteante beleza. O cavalo empinara-se de súbito e, se não fosse o sangue-frio do rapaz, este teria caído e serra apanhado pelas rodas do veículo. Furioso com o acontecimento, Nelson, depois de dominar a sua montada, pensou lançar-se em perseguição da rapariga para a chamar à ordem pela sua falta de senso em andar pelas ruas da cidade com aquela velocidade. Foi então que reparou que alguma anormalidade se estava a passar com os cavalos que puxavam o carro. A rapariga fazia esforços 'inauditos para parar o veículo. Os cavalos porém não lhe obedeciam e continuavam no seu louco galopar. Certamente que haviam tomado os freios nos dentes e se ninguém os conseguisse dominar 'a vida 'daquela jovem estaria em per

PAS574. Um passado pouco recomendável

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Nelson Montgomery viera ao mundo vinte e sei anos antes. Precisamente naquele dia, fizera o seu vigésimo sexto aniversário. Nascera numa aldeola dos confins de Nevada e era filho de um casal de trabalhadores rurais, pobres mas honrados. A sua infância fora, na sua quase totalidade, passada entre gente pobre e os seus companheiros andavam tão andrajosos como ele. Cedo, começara a conhecer a dureza da vida, poi o trabalho de seus pais e os seus ganhos para pouco mais davam que para comer e por vezes bastante mal. Assim, para ajudar o sustento dos seus, começo a fazer recados, pelos quais ia recebendo algumas gorjetas que entregava integralmente a sua mãe que via obrigada a aceitá-las. As más companhias, no entanto, perderam-no. O mal foi terem levado a cabo o primeiro roubo do qual se saíram airosamente. Ao primeiro sucedeu o segundo, depois o terceiro e por aí fora numa rápida sucessão, até que pela primeira vez, um dos que estavam a ser assaltados reagiu travando-se uma luta violenta e

BUB105. Vida por amor

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  (Coleção Búfalo, nº 105)   Nelson Montgomery era um rapaz brigão e cedo teve de fugir da terra que o viu nascer devido à falsa acusação de que havia morto alguém, deixando a mãe com a tarefa de arranjar provas da sua inocência. O seu percurso não foi nada recomendável com assaltos em que procurou não ferir ninguém até que chegou a Kansas City onde viria a conhecer a mulher dos seus sonhos. Associado a um bandido mexicano, veio a saber que este se preparava para atacar o rancho da sua amada e tudo fez para o defender. No momento da chegada da sua mãe a Kansas City com o indulto tinha acabado de enfrentar o chefe da quadrilha, matando-o, mas ficando moribundo. Foi triste o adeus de Nelson Montgmory o que deu a « Vida por amor » uma tonalidade comovente. Tal como demonstraremos oportunamente, a capa nada tem a ver com o livro, mas com o número seguinte da coleção Búfalo, do mesmo autor, e com o titulo «Território Índio». Mas foi assim que foi publicado e assim seguiremos com algumas pas

BUF104. Aventura em S. Francisco

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(Coleção Búfalo, nº 104)

PAS573. Uma história para o filho do mistério

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— É uma história muito curiosa, Fixer. Se quiseres posso contar-ta. — Claro que quero. Não tenho nenhum sono, e a tua história sempre nos ajudará a passar o tempo. Carrigan encheu de novo o cachimbo, acendeu-o e deu duas ou três chupadelas nele antes de começar a falar, divertido pela expectativa que lia nos olhos do companheiro. — O princípio remonta talvez a uns vinte e cinco anos. Então tinha eu pouco mais de vinte. Era alto, forte, e tinha muita sorte com as mulheres. Carrigan falava em voz baixa e suave, com os olhos fixos na fogueira, como se naquela dança das chamas se viessem refletir as imagens de um longínquo passado, que o ajudavam a recordar. A sua entoação tinha uma cadência atraente, que obrigava a escutá-lo. Danne reparou que até a arisca rapariga parecia suspensa das suas palavras. — Tinha um amigo, cujo nome não interessa. Um dia estávamos a caçar nas Montanhas do Sangue, quando encontrámos um velho caçador, bastante ferido. «Levámo-lo à sua cabana, que se erguia no me

PAS572. Uma carta do homem que agonizava

Durante um segundo, Danne continuou a olhar o fundo do barranco como fascinado, depois afastou-se e só então recordou que o cavalo não levava cavaleiro. — Onde estará? — e o pensamento de que um seu semelhante precisava da sua ajuda fê-lo reagir e empreendeu uma veloz corrida pelo caminho escorregadio, em busca do cavaleiro. Percorreu cerca de meia milha sem encontrar o menor indicio do cavaleiro perdido e preparava-se já para regressar à gruta, renunciando à sua busca, quando um ténue gemido de dor chegou até ele. Naquele lugar a parede do barranco perdia a sua linha vertical convertendo-se num pronunciado declive. Danne aproximou-se do começo do declive. — Há alguém aí em baixo? — perguntou, gritando com todas as suas forças. Ninguém respondeu à sua voz e pensava já se na se teria enganado, quando de novo chegou até ele um lamento, mais percetível agora. Não duvidou. Alguém precisava do seu auxílio no fundo do barranco. Sem pensar no perigo que corria, lançou-se em seu socorro. Danne

PAS571. Um cavalo sem cavaleiro caminha para o abismo

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Montou a cavalo e encaminhou-se para Las Cruces, absorto nos seus pensamentos. A tormenta surpreendeu-o a poucas milhas do povoado. A chuva aumentava de intensidade e em pouco tempo Danne estava totalmente encharcado. Lançou o cavalo a galope e conseguiu por fim chegar à entrada de uma espécie de gruta. Sem vacilar saltou da sela e correu para a gruta, podendo comprovar que era demasiado escura e funda. Fez entrar também o cavalo e depois, indiferente ao frio que as suas roupas molhadas lhe proporcionavam, aproximou-se da entrada do seu providencial refúgio. A água continuava a cair abundantemente. O caminho passava junto à gruta e um metro mais distante abria-se um precipício, por cujo leito corria uma torrente que bramava ameaçadora. Não poderia precisar o tempo que aí passou, mas de súbito o ruído dos cascos de um cavalo, que se aproximava a galope, tirou-o da sua abstração. — Parece que vou ter companhia — murmurou com desagrado. O ruído dos cascos soava cada vez mais próximo e um

BUF103. O filho do mistério

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(Coleção Búfalo, nº 103)   Este livro, com uma capa deplorável, até é engraçado. Um homem que não conhece a sua identidade, posto repentinamente perante a notícia de que os seus pais não são quem pensava, parte para o desconhecido procurando saber quem é. A caminhada que encetou trouxe-lhe alguns encontros surpreendentes e um mapa. Curiosamente, este mapa levá-lo-ia até quem poderia trazer-lhe os motivos pelas quais alguém o havia adotado e lhe tinha atribuído o nome que usava. No final, o encontro com a bela Lilian foi a sua melhor recompensa.

PAS570. Uma vingança implacável

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Mal se viu na rua, «Faro» Robinson correu para o estábulo publico, montou num dos cavalos e obrigou-o com as esporas a galopar rapidamente, dirigindo-se com desespero para os Termos. A ideia do jovem foragido era a de apanhar o oiro que guardava no refúgio e sair precipitadamente para outro Estado. Ali, em Dakota, a vida no futuro ser-lhe-ia impossível. Já, não se lembrava da bela Eleonor, nem de Martha, nem do homem da cara de furão, o ultimo que havia caído as mãos da Lei. Um grande pânico espicaçava-o e só desejava pôr a maior quantidade possível de terreno entre ele e Rapid City. Chegado ao refúgio, começou a disparar contra as aves de rapina que enchiam as galerias; mas quando conseguiu chegar ao sítio onde havia escondido todo o produto das inúmeras pilhagens, carregar com ele e sair de novo para o exterior descobriu, aos primeiros alvores do dia, um cavaleiro que, decidido, avançava na sua direção. Semicerrou as pupilas amareladas, langou uma maldição ao reconhecer Tony Mitchell

PAS569. Por que se morre por um foragido

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— Já acabaste, filha...? Martha entrou no quarto de Eleonor. Esta, desde que seu pai morrera, mal saia dos seus aposentos. O golpe havia sido demasiado rude, e por mais que Richard Maloney, Tony Mitchell e a própria Minetake tivessem tentado convencê-la a distrair-se, a fazer a sua vida normal, não o haviam conseguido. — Ouvi abrir-se a porta da rua. Era Dick? — Sim, era ele... Esta no gabinete de teu pai... que descanse em paz. Quer que vás ali. Disse-me qualquer coisa acerca de mandar fechar o estabelecimento. — Por que razão não me veio ver primeiro? Não achas a sua atitude esquisita? — Eu... não... Sabes que a sua opinião é a de que salas desta clausura... Uma filosofia um pouco estranha, mas... Creio que deves ir... Pode ser que seja importante o que tem a dizer-te. — Insisto em que devia ter vindo ver-me primeiro... — Vamos, vamos, não sejas criança... Sobre uma mesinha, o jantar de Eleonor estava intacto. — Direi a Susan que retire isso... Quanto a Richard Maloney, que decides..

PAS568. Procurar bandidos e encontrar formoosas meninas

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A cada saraivada de chumbo que enviavam para a caverna, respondia-lhes um novo e agónico alarido. Ao fim de algum tempo, ao verificarem que do lado de dentro já ninguém respondia ao fogo, Richard Maloney e o companheiro deixaram de disparar, embora mantivessem os revólveres em posição de recomeçar a luta ao primeiro sinal de perigo. — Não disparem... entrego-me... — Estás sozinho? — perguntou Mitchell. — E os teus companheiros? — Mortos... Estão todos mortos... Não disparem, por favor! — Sai com as mãos atrás da cabeça — ordenou Maloney —e muito cuidado com o que fazes. O foragido apareceu na abertura da caverna e deteve-se. Tony Mitchell pôs-se em pé, para ordenar que o outro avançasse até eles. Nesse momento, o bandido moveu uma das mãos que trazia atrás da cabeça e nela apareceu uma arma de fogo. Não chegou a disparar. O próprio Mitchell levantou o revólver e apertou o gatilho duas vezes consecutivas. Um dos projéteis alcançou-o no coração e o outro no estômago. Embora tudo tivesse

PAS567. Razões para duas meninas não passearem sozinhas pelos campos

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Mais propriamente para distrair a sua nova amiga, Eleonor O'Brien propôs a Minetake dar um passeio a cavalo e visitar, de passagem, a cabana que Maloney lhes havia oferecido. A manhã, soalheira e alegre, apesar de uma ligeira aragem que soprava do Norte, era propícia para a projetada excursão. Tony Mitchell tê-las-ia acompanhado de boa vontade, mas não o fez para não deixar o posto abandonado. Montadas em magníficos animais, propriedade de Eleonor, as duas raparigas afastaram-se de Rapid City, prometendo estar de volta antes do meio-dia. Eleonor O'Brien falou a Minetake da sua vida, dos seus amores com Richard Maloney e da leve oposição que o pai fazia às suas relações com o «rural». Segundo a sua opinião, o motivo de tal oposição residia no facto de Maloney não possuir outros meios de fortuna senão os braços e o coração. Não contou, porém, a Minetake a absurda paixão que «Faro» Robinson nutria por ela e a insistência de sua tia Martha em favor do bandido. Sobre essas coisas tã

PAS566. Nunca faças perguntas a um homem escondido

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Passados vários dias, a ferida de «Faro» Robinson estava suficientemente cicatrizada para permitir ao cabecilha dos bandidos descer a Rapid City, a fim de visitar 'William O'Brien e combinar com este a melhor forma de libertar os presos. Morto «Maneta» Abraham, o jovem foragido tinha a certeza absoluta de que, se os tirasse da prisão, todos os homens que haviam pertencido ao bando daquele se uniriam a ele de bom grado. O problema estava, pois, no modo de os libertar. Sabia por experiência própria que nenhum dos batedores se deixaria subornar, pelo que pensava sinceramente que a solução tinha de ser encontrada noutro lado, com a ajuda do pai de Eleonor. Ele era bom para assaltar caravanas em grupo, mas não para idealizar um plano em que a inteligência predominasse sobre a força. Pouco depois de anoitecer, selou o cavalo e partiu para o povoado. Sabia que não se podia apresentar ali despreocupadamente e, por isso, esperou que as sombras noturnas se apoderassem da terra. Uma vez e

PAS565. Encontro do bandido ferido com a filha do dono do «saloon»

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«Faro» Robinson meteu os revólveres nos coldres e reparou de súbito que o sangue lhe corria pelo braço esquerdo e lhe chegava aos dedos. Apalpou o lugar da ferida e pôde comprovar que não era grave, embora se tornasse necessário estancar a hemorragia o mais cedo possível. Voltar ao «saloon» era-lhe totalmente impossível, pois William O'Brien tinha a certeza, já deveria ter fechado a porta dos fundos e estaria agora no seu gabinete para fingir que não havia tomado parte cativa na contenda. Ocorreu-lhe outra solução e um sorriso distendeu os seus lábios. Acabava de pensar em Eleonor. Desde que a conhecera, o jovem foragido sentia urna certa inclinação amorosa pela filha do seu amigo O'Brien. Por casualidade, encontrara-a um dia na rua, falara um momento com ela e já não a pudera esquecer. Quis vê-la outras vezes, falar-lhe do seu louco amor, mas a rapariga, amavelmente, fizera-lhe ver a distância moral que os separava. No entanto, «Faro» Robinson sabia que tinha ali dentro uma al

PAS564. Um branco foge com a filha do grande chefe índio

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Os cascos dos cavalos, ao resvalarem pela rochosa pendente, levantavam miríades de chispas, que iam rebentar, raivosas, contra as paredes do estreito desfiladeiro. Ofegantes, os dois cavaleiros, homem e mulher, estimulavam freneticamente as montadas, exigindo-lhes o máximo esforço. Tony Mitchell, o homem, sabia que se lograssem vencer a difícil passagem e atingissem a pradaria, o perigo de serem capturados diminuiria consideravelmente. Além disso, enquanto fugiam, havia concebido um plano, que esperava que lhes trouxesse bons resultados. Atrás deles, a uma escassa centena de metros, os gritos dos «comanches» soavam de modo estridente. Não passavam de meia dúzia, mas faziam tão grande gritaria que quem não soubesse o seu número iria acreditar que se tratava de uma centena pelo menos. O cavaleiro que precedia Mitchell, uma jovem índia de esplendorosa beleza, voltou o rosto para o seu companheiro e sorriu-lhe com certa traquinice. — Haup! — gritou .— Um pouco mais e conseguiremos iludi-lo

BUF102. Com sangue também se paga

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(Coleção Búfalo, nº 102) A. G. Murphy. é um especialista em questões de caravanas que têm de atravessar território índio, deixando sempre uma porta aberta para o diálogo, e vencer batalhas com salteadores que gostem de se apropriar do alheio. Desta vez, a acção essencial não é no interior da caravana, mas, fora dela, com forças que combatem esses salteadores. Para além disso, consegue introduzir nas suas novelas acções em que a paixão entre dois seres seja em geral contrariada. Neste caso, a personagem central apaixonou-se por uma linda princesa índia, Minetake, e resolveu raptá-la a fim de consumarem o seu amor. Assim, em determinado momento, o herói desta novela vê-se acossado pelos índios que pretendem castigá-lo pelo seu atrevimento (e abuso de confiança, pois abriram-lhe as suas tendas e partilharam a sua comida) em se apoderar de Minetake e, por outro lado, em luta aguerrida contra salteadores muitas vezes traiçoeiros... Já sabem quem ganhou no fim, mas as perípécias são bastante

BUF101. O último rebelde

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(Coleção Búfalo, nº 101)

CLF060. Rio Diabo

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(Coleção Califórnia, nº 60)

CLF059. A vingança de BIll Morgan

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(Coleção Califórnia, nº 59)

CLF058. A viúva negra

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(Coleção Califórnia, nº 58)

CLF057. Pólvora e sangue

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(Coleção Califórnia, nº 57)

CLF056. Apertando o gatilho

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(Coleção Califórnia, nº 56)

PAS563. O sacrifício de uma mulher

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— Essa mulher salvou-te a vida, Ken, tal como eu te fiz na prisão... — Agora, Dinah, não me fales nisso. — Não, Ken. Não me posso calar. Ela e eu, de certo modo, estamos em paz. Deves o mesmo a ambas, mas o gesto dela tem mais mérito. -- Quando deixarás de te torturar com essas ideias absurdas? — Não posso. Ela acreditou em ti, sabendo que eras um fugitivo. Acreditou nas tuas palavras; eu não. Eu pensei sempre que roubarias o dinheiro e acreditei que o tinhas roubado. Ajudei-te a fugir, sabendo quem eras e o que podia esperar de ti. Porque acreditará ela que podes ser diferente, que podes viver como um homem honrado? — Confiou em mim, simplesmente. Acreditou quando todos não acreditavam. Assim são as mulhe-res. E quando me receberam como um herói, ela, pelo contrário, sentiu aversão por mim. Nunca se pode entender as mulheres, Dinah... Estavam ali, na pequena lomba nas cercanias das Tumbas. Umas rochas formavam uma defesa natural, ocultando-os de possíveis curiosos. Meteram o cavalo nu