PAS647. A ansiosa espera pelo Cavaleiro da Noite
Velozmente, rompendo o silêncio com o golpear dos seus cascos, os sete cavalos atravessavam Silvered Valley (1). Eram os «Cavaleiros da Noite», negros na escuridão sem lua, sinistros como a própria noite, portadores da ignomínia, quando não da morte. Desciam dos contrafortes da montanha que fechava como uma cadeia purpúrea, o vale. Sombras de uma realidade horrenda, demónios à solta, ávidos de sangue e de extermínio. A sua passagem, nos ranchos e no povoado que atravessaram como centelhas, semeando uma chuva de chispas no sol endurecido, ficava marcada uma senda de terror. Só quando caia a noite saiam da sua guarida ignorada, mas eles eram a Lei, uma Lei caprichosa e maldita, imposta à força de sangue e de fogo. Silvered Valiey tinha lutado de início denodadamente contra a onda de crimes perpetrados pelos malfeitores, mas pouco a pouco, caldos os seus melhores homens, aterrados os outros, arruinados e saqueados os rancheiros, teve que dobrar-se à vontade dos misteriosos cavaleiros. Nun