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Mostrando postagens de julho, 2016

PAS647. A ansiosa espera pelo Cavaleiro da Noite

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Velozmente, rompendo o silêncio com o golpear dos seus cascos, os sete cavalos atravessavam Silvered Valley (1). Eram os «Cavaleiros da Noite», negros na escuridão sem lua, sinistros como a própria noite, portadores da ignomínia, quando não da morte. Desciam dos contrafortes da montanha que fechava como uma cadeia purpúrea, o vale. Sombras de uma realidade horrenda, demónios à solta, ávidos de sangue e de extermínio. A sua passagem, nos ranchos e no povoado que atravessaram como centelhas, semeando uma chuva de chispas no sol endurecido, ficava marcada uma senda de terror. Só quando caia a noite saiam da sua guarida ignorada, mas eles eram a Lei, uma Lei caprichosa e maldita, imposta à força de sangue e de fogo. Silvered Valiey tinha lutado de início denodadamente contra a onda de crimes perpetrados pelos malfeitores, mas pouco a pouco, caldos os seus melhores homens, aterrados os outros, arruinados e saqueados os rancheiros, teve que dobrar-se à vontade dos misteriosos cavaleiros. Nun

POL120. O cavaleiro da noite

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(Coleção Pólvora, nº 120) Um homem é maltratado por uma série de rufiões que o deixam à beira da morte, mas, escapando por milagre, resolve voltar ao local da agressão e vingar-se. Trata-se de Jimmy, «o zaragateiro», designação que diz bem da força do indivíduo. Jimmy entra em contato com uma jovem cuja habitação foi vandalizada e saqueada pelo mesmo grupo de indivíduos, apelidados de «Cavaleiros da Noite». Ao ver seu pai morrer às mãos deles a rapariga fugiu não sem antes o pai lhe confiar a identidade do chefe do bando. Conhecendo a sua história, Jimmy resolve ajudá-la. E tudo chega a bom porto, embora o nosso herói acabe por ser confundido com o Cavaleiro da Noite e pago por isso mais uma vez recebendo balas que procuravam matá-lo.

POL119. Amizade perigosa

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(Coleção Pólvora, nº 119)

POL118. Os dois evadidos

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(Coleção Pólvora, nº 118)

PAS646. A última missão do cavaleiro ferido (4)

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Bastaram uns segundos para que o tenente Olson se encontrasse junto da sentinela e de Macleed. Encontrou o homem de vigia bastante agitado, apontando com o braço estendido para a planície que se abria, interminável, diante do pequeno forte. — Um cavalo e um cavaleiro, senhor! — anunciou. — E repare em todos esses abutres. O oficial compreendeu num abrir e fechar de olhos a situação difícil daquele desgraçado, a quem apenas a força da montada aproximava do forte. Voltando-se ao mesmo tempo que empunhava o apito que trazia sempre num dos bolsos, Mith levou-o aos lábios e emitiu um silvo prolongado que, momentos depois, o corneteiro repetia junto dos barracões que havia ao lado da cozinha. Abriram-se as portas e os homens saíram em tropel. Segundos depois, corriam para as cavalariças, de onde não tardaram a surgir já a cavalo, enquanto a sentinela da outra torre havia descido para abrir a dupla porta que havia entre os postos de observação. Macleed, entretanto, abandonara o alto da torre

PAS645. A última missão do cavaleiro ferido (3)

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Vinte e cinco quilómetros a Norte de Rio Frio o cavaleiro voltou a perder os sentidos. Mas, desta vez, o cavalo estava demasiado assustado para ter em conta o estado de saúde do homem que o montava. Os abutres, irritados de seguirem a sua presa durante tanto tempo, começaram a lançar-se em voo picado sobre o animal, assustando-o com o adejar das gigantescas asas e com grasnidos ferozes, como se esperassem que ao encabritar-se o cavalo a carga humana escorregasse para o solo e lhes ficasse à mercê das garras e dos afiados bicos. Milagrosamente, porém, o cavaleiro manteve-se na sela como se a ela estivesse grudado. Os seus braços continuavam a rodear o pescoço do nobre bruto, como se o subconsciente o avisasse de que a sua salvação dependeria disso. A planície à sua volta oferecia algumas manchas de erva, cuja cor amarelecida indicava claramente a impossibilidade de vida para qualquer vegetal que se encontrasse sujeito durante o dia à incidência dos raios ardentes daquela espécie de glob

PAS644. A última missão do cavaleiro ferido (2)

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Entre o curso do rio Nueces e o do rio Frio, do qual se aproximava a grande velocidade, o cavaleiro teve o primeiro desmaio. Por muito paradoxal que parecesse, o nobre animal que aquele homem ensanguentado montava sentiu que os braços do cavaleiro perdiam o contacto com ele. Homem e cavalo haviam estado unidos durante muitíssimo tempo, nessa amizade que só pode existir entre um ser humano e um animal. Companheiros inseparáveis tinham passado momentos difíceis, percorrido enormes extensões de terreno de toda a espécie e convivido dia e noite. Umas vezes, sós; outras, acompanhados. Por isso, ao sentir que o corpo do cavaleiro caía pesadamente sobre ele, sem forças, o nobre animal parou e manteve-se ereto, quieto, sem ousar mover-se. Entretanto, os abutres atreviam-se cada vez mais, descendo para adejar ao redor da montada ou pousando por vezes diante dela. Ao verem o animal imóvel, as aves de rapina bateram as asas com frenesim, cravando os olhos vorazes nas apetecidas vítimas, naquele m

PAS643. A última missão do cavaleiro ferido (1)

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O cavaleiro fez um novo esforço. A dor ia generalizando-se-lhe no corpo e apenas se mantinha na sela por puro milagre. Sob o homem, o cavalo continuava a galopar sobre a terra plana coberta de erva rala, martelando-a com os cascos que arrancavam de quando em quando, torrões que voltavam a cair, um pouco depois, deixando um traço visível que os abutres seguiam, planando sobre o cavaleiro como se já pudessem contar com a apetecida presa. Inclinado sobre o pescoço da montada e abraçado a ela, tendo abandonado as rédeas havia já muito tempo, o homem fazia prodígios de equilíbrio para não tombar da sela. Talvez o nobre bruto, como se houvesse intuído o que acontecia ao homem que o montava, fizesse também o possível por manter o pescoço direito, sabendo que aquela parte do seu corpo era, na realidade, o único apoio com que contava o maltratado cavaleiro. Cada vez mais próximos, mais decididos, os abutres lançavam-se em voo picado, emitindo surdos grasnidos, planando perto do cavaleiro, cheir

POL117. O segredo da índia

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  (Coleção Pólvora, nº 117)     Aproveitando a ausência dos homens que tinham ido vender gado para o Novo México, um grupo de índios rebeldes atacou uma povoação florescente no Texas cuja população foi massacrada. Mulheres e crianças mortas e escalpadas... Um grupo de batedores avançou sobre um acampamento de índios pacíficos e dizimou todos os possíveis guerreiros. Escrúpulos de última hora levaram-nos a poupar mulheres e crianças. Foi então que se aperceberam que aquelas pessoas nada tinham a ver com os que dizimaram a povoação de brancos. O segredo da índia mostrou-lhes que havia dois brancos malvados a arquitetarem tudo aquilo... brancos que lhe souberam desenhar uma serpente nas costas para que uma maldição nunca mais lhe permitisse cavalgar nas pradarias de Manitu. A época dos bons livros do Oeste parecia já ter passado, mas este livro de E. L. Retamosa é notável: os conflitos, as intrigas, os mal-entendidos, os preconceitos... tudo aqui tem um lugar e mostra como um período

POL116. "Colorado Silver"

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(Coleção Pólvora, nº 116)

POL115. Desafio à morte

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(Coleção Pólvora, nº 115)

POL114. Em luta com abutres

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(Coleção Pólvora, nº 114) Este livro traz-nos o conflito entre um aventureiro, Al Brewer, e um xerife numa povoação indefinida que tinha o estranho hábito de se livrar dos prisioneiros de uma forma esquisita. Al foi sujeito a várias maus tratos e, após ter sido dado como morto, recuperou e voltou aos domínios do representante da lei com dois amigos que se divertiam criando conflitos e pancadaria por todo o lado. Está dado o tom do livro, a que falta acrescentar que um dos salvadores de Al foi a própria filha do xerife que, em determinado momento, não hesitou em o salvar das garras do pai. Trata-se de um livro de Jan Hutton que começa com alguma graça, mas em breve se torna pouco interessante.

POL113. A terra encharca-se de sangue

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(Coleção Pólvora, nº 113)     Um grupo de malfeitores ataca uma caravana que se dirige a Topeka com um carregamento de ouro, abate os seus elementos e apodera-se do mesmo. Satisfeitos da vida afastam-se e, ao acamparem, são vistos por um trabalhador solitário que estranha a sua presença. Na cidade, este homem sabe do assalto e não tarda a relacionar os indivíduos com um pedido de captura que visualizou no bar. Resolveu por isso voltar ao local de encontro e, num momento em que alguns dos indivíduos estavam fora, abateu os restantes e apoderou-se do ouro. Num esforço final um dos bandidos moribundos desfechou-lhe um tiro que o feriu gravemente. Conseguiu esconder o ouro, mas faleceu nas proximidades do mesmo, local onde foi encontrado por um viajante que transportou o seu cadáver à cidade, vindo a saber de tudo o que tinha gerado aquela morte. Owen Curtis, o viajante solitário, acabou por se relacionar com a irmã do morto, mas os facínoras vivos procuraram-no admitindo que ele conhec

POL112. Pólvora, amor e ódio

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(Coleção Pólvora, nº 112)

Uma vista dinâmica sobre as coleções do Oeste

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Ao longo destes anos temos vindo a proporcionar sistematicamente informação acerca das coleções do Oeste da APR e IBIS publicadas em Portugal a partir da década de 50. Extraímos passagens, proporcionámos informação de autor, procurámos conhecer alguns ilustradores, criámos instrumentos de pesquisa... Encontre a partir destes links uma vista dinâmica destas coleções: Arizona Bisonte Búfalo Califórnia Colorado Colt Cow-boy Kansas Pólvora

POL111. Morte e amor em Utah

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  (Coleção Pólvora, nº 111) Bertran Grey, um homem procurado pela justiça, foge com a esposa, Vivien, para uma bela região do estado de Utah, procurando iniciar nova vida. Ao atravessar o deserto depararam com um homem em estado desesperado a quem salvaram e que lhes indicou o melhor caminho para Greenville, uma povoação dominada por uma índia que odiava todos os brancos e procurava apoderar-se das suas terras. Esse homem tinha apaixonado pela filha de Aztar, resultando do seu matrimónio com um branco, mas a bela mulher opunha-se à sua união e queria desfazer-se do pretendente. Bertran e VIvien resolveram ajudar o seu novo amigo e dirigiram-se a Greenville onde conseguiram virar os medrosos rancheiros e vaqueiros contra a poderosa e bela Aztar. Um bom livro de Edward Goodman com o senão de estar redigido numa espécie de estilo relatório o que o faz perder alguma graça.  

BUF120. O pistoleiro e a corda

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(Coleção Búfalo, nº 120) Um homem, Edgar Randall, é condenado à forca pela morte de uma mulher, dona de um rancho e esposa de McCoy, um pistoleiro e jogador. O filho do condenado, Young Randal, chega a povoação na pele de um famoso pistoleiro, Seth Coolidge, com o objetivo de averiguar as razões da morte do pai e fazer justiça pelas suas mãos. McCoy também pretende saber a verdade acerca da morte da mulher. Uma estranha aliança estabelece-se entre os dois homens e todas as investigações os conduzem ao rancheiro Cornish Ellington a quem o juiz Wingrade pretende ver morto por saber algo de negativo sobre a sua pessoa. Esta confusão de interesses desemboca numa séria batalha entre estes homens que acaba com o necessário esclarecimento e o abraço fraternal entre McCoy e Young Randall. A nota que acompanha a capa deste livro nada tem a ver com o seu conteúdo...

BUF119. Matem Garret!

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(Coleção Búfalo, nº 119)

BUF118. CAP XI

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A chuva era muito ligeira. Roland mandou acender vários candeeiros de petróleo e colocá-los no alpendre, para iluminarem a esplanada. Num extremo desta, Um velho carvalho estendia uma das suas pernadas, despida de folhas, fúnebre. Nos tempos her6icos do rancho, mais de uma execução se realizara nela. A trágica procissão pôs-se em marcha. Alguns homens levaram para o local três ou quatro candeeiros e estabeleceu-se um circulo amarelento, viscoso, no meio do qual deixaram Castile, com Overton ao lado e dois criado do «saloon», encarregados de puxar a corda. Alguém trouxe um cavalo e um laço. Vários relâmpagos seguidos iluminaram por sua conta a cena. Os irmãos Boyce, com Ted, que levaram para junto deles, colocaram-se à frente. — Isto acontecerá a todos os que traírem os Boyce! — gritou Roland. E. levantou o braço, para que se cumprisse o castigo. Mas, de súbito, deteve-se. A fila de homens abrira-se e surgiu diante deles a figura de Walter, com a espingarda nas mãos. Teve a satisfação d

BUF118. CAP X

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A luz vinha do escritório e deixava na penumbra a maior parte do salão principal. — Vamos ao escritório, Ted — disse Walter. Mas o jovem segurou-o por um braço. — Não há tempo para isso — declarou. — Dentro de poucos minutos, meus irmãos estarão aqui, a frente de muitos homens da povoação. Vem impedir que se realize o casamento e afastar Castile do caminho. — Que estas a dizer? Ted notou que o velho ficara preocupado e ouviu o suspiro entrecortado de Castile. — O que ouviste. Desta vez a tua argúcia não te servirá de nada. — Não sei a que te referes. — Poise bem claro. Já sabem do caso da herança e expulsaram da povoação todos os «zunhis». Desta vez o dono do rancho tremeu, mas de cólera. — Quem lhes disse? Foste tu? — Nao. Embora, de qualquer modo, fosse essa a minha intenção. Mas Hub antecipou-se-me, depois de escutar arras da porta o que propuseste a Castile. E teve a coragem de atravessar a pé, debaixo da tormenta, toda a distância que vai daqui a povoação, para avisá-los. — Maldit

BUF118. CAP IX

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— Não se mexam, piolhosos filhos de cadela! — ordenou Roland Boyce, que se colocara à frente do grupo da porta. — Estão cercados por todos os lados e ao menor gesto dispararemos. Depois, apontou para Tagus, que parecia convertido numa estátua, e disse: — Agarrem-no. Esse é o irmão da bruxa que enlouqueceu o nosso pai. Dois homens adiantaram-se. Eram Overton e um dos seus criados. O mestiço trazia um sorriso de imundo prazer na carantonha. Tagus não se mexeu enquanto não chegaram a poucos passos de si. Então deu um magnifico salto e caiu no meio deles. A sua mão direita abateu-se sobre o pescoço do dono do «saloon» e obrigou-o a girar. E o companheiro despachou-o com um feroz pontapé no meio da barriga, que o obrigou a retroceder, encolhido e gritando. — A ele! — bramiu Roland, e vários homens mais correram para o irmão de Castile. Ted esteve tentado a descobrir-se e a sair em sua defesa; mas dominou-se a custo, compreendendo que seria loucura e que para nada serviria senão para anular

BUF118. CAP VIII

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Ted levantou-se cambaleante. Doíam-lhe todos os músculos e sentia a cara inchada. Mas o que mais o incomodava era a maldita chuva que o cegava e asfixiava. Sentia-se empapado, como se estivesse mergulhado num tanque. Os relâmpagos pareciam diluídos naquela húmida cortina, apesar de retumbarem por cima da sua cabeça. Viu a ziguezagueante coluna elétrica do raio que atacou o depósito. A muito custo, pois a lama tornava-lhe a roupa pesada, apesar de dissolvida pela água, dirigiu-se para o sítio onde deixara o cavalo. Era preciso chegar ao rancho e prevenir o pai de que os irmãos tencionavam ir ali, e não com bons propositos. Ted estava convencido de que nada de bom aconteceria se Roland conseguisse apanhar Castile. O singular código moral daquele Boyce, com espirito de negreiro, não previa que se tivesse misericórdia de quem atentasse contra o que julgava seu direito indiscutível... ainda que fosse Um roubo. Claro que Ted reconhecia que se comportara como um néscio ao meter-se, de modo tã