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Mostrando postagens de dezembro, 2016

ARZ122. Quem é o criminoso?

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  (Coleção Arizona, nº122)   Um ex-agente da Pinkerton, estabelecido em Los Angeles e dedicando-se à investigação em moldes independentes, numa fase de grande decadência, é abordado por uma jovem muito formosa com o objetivo de vir a defender os seus interesses materializados na herança relacionada com o recebimento de um prémio de seguro de vida. Os argumentos da jovem convencem-no com facilidade e, como um dos passos essenciais para a jovem se candidatar ao premio, era o estar casada não hesita em dar esse importantíssimo passo e fingir perante a família desta uma paixão enorme. A evolução da novela mostra-nos que a própria família da jovem participara na morte do segurado e os passos essenciais da novela traduzem-se na descoberta do culpado e no desenvolvimento do amor entre os recém-casados.

PAS697. No baile, sem a navalha

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Ana e Red não sabiam se passara um minuto ou um ano, tamanha era a intensidade do seu olhar e o pulsar dos seus corações. — Quer dançar? Ana não respondeu. Continuava a olhar Red. Afastou os braços com graça. Red enlaçou-a. Momentos depois dançavam em silêncio. Quando terminou a música, levaram uns segundos a reparar nisso. Não tinham trocado uma só palavra. Então, começaram á rir alegremente. — Bonito baile... — disse ela, e os seus dentes brilharam ao reflexo da luz, assim como os seus olhos verdes. — Sério? Agora, se quiser, posso convidá-la a tomar um refresco. Ana esquecera-se por completo de Jeff e de Nancy; mas, em face da gentileza de Red, recordou-se deles. Ficou calada e olhou em redor. Jeff não estava. Viria, porventura? Quanto a Nancy, encontrava-se no melhor dos mundos, junto do seu major, colada a ele como uma lapa, e dirigiam-se para uma mesa na qual abundavam as garrafas de champanhe. — Sim, obrigada... Aproximaram-se do balcão. Red tomou um uísque com soda; Ana um refr

PAS696. Sozinha no baile

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O local onde se realizava o baile fora um velho celeiro que os sulistas incendiaram antes da ocupação. Os ianques tinham-no reparado e convertido numa pista ampla. Do teto pendiam festões multicores, o chão estava encerado e num estrado quatro músicos afinavam os instrumentos. Velhos reposteiros cor de vinho cobriam as paredes meio restauradas. Quando entrou, Red Maine deitou uma vista de olhos geral. Havia um bar ao fundo. Dirigiu-se para o balcão e pediu uísque e um copo de água. Todas as mulheres que se encontravam na sala repararam nele, porque a sua presença varonil as impressionava. Não recordavam o que era nem o que fora. Os homens, sim. Admiravam-se do seu atual emprego no Banco e não esqueciam a sua prodigiosa pontaria quando lutara com o «gun-man» Stevens, de sinistra fama, que abatera por décimos de segundo com uma bala entre os olhos. Que pretenderia o enigmático rapaz? Claro que ninguém seria capaz de lho perguntar, embora presentemente se mostrasse muito pacífico. Red não

PAS695. De salteador a honesto empregado bancário

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Red Maine tomara uma decisão e não tencionava quebrá-la, convencido de que a nada conduziria a forma de viver dos seus antigos companheiros de correrias. Conhecia Van e considerava-o um valente, embora não o admirasse que temesse Jeff Gayar e a sua corte de desesperados. Era fatal que acabaria por se verificar um recontro cujas proporções não podia prever. Red estava disposto a manter-se à margem, embora, naturalmente, as suas simpatias se inclinassem para Van. De todos os modos, depois de trabalhar uma temporada no banco e de juntar algum dinheiro, projetava regressar ao Norte. Mas ainda teria de viver alguns meses em Lincoln City, antes de realizar os seus planos. Entretanto, como era novo e estava cheio de vida, gostava de esquecer, de vez em quando, a vida monótona que se impusera voluntariamente. Tencionava ir ao baile do Exército e divertir-se. Havia pequenas muito bonitas na cidade e ele estava já mais do que farto da dureza dos combates e da tensão angustiosa da espera. O dia c

PAS694. A noiva do «desesperado»

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Embora Jeff Gayar tivesse feito havia pouco tempo vinte e cinco anos, parecia muito mais velho. Tinha o cabelo preto e o rosto bronzeado. Andava sempre penteado e vestido com esmero. Era alto, forte e agressivo quando atuava com o seu bando, no qual se salientavam Braxer, Ash, Joycer e Len, sulistas como ele, combatentes vencidos que tinham passado a engrossar as fileiras dos inadaptados. Odiavam de morte os ianques. Estes haviam querido, muitas vezes, chamá-los à razão, mas Gayar e os seus tinham respondido sempre com a mais feroz violência, chegando a matar alguns dos seus adversários. Já não eram soldados; na realidade, tinham-se convertido em delinquentes vulgares: furtos, ameaças e toda a variedade de crimes. Se continuassem por aquele caminho, não tardariam a converter-se em frios assassinos. O sangue não os assustava, porque tinham visto muito sangue na guerra. Haviam perdido os ideais da primeira juventude; em vez de procurarem um lugar no novo sistema, criado pela vitória das

ARZ121. Bandos Rivais

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(Coleção Arizona, n º 121) No final da Guerra da Secessão vários bandos operavam em Lincoln City, Novo México. Uns tinham servido no exército dos confederados e, derrotados, sentiam um ódio enorme perante os ianques. Outros sentiam-se naturais vencedores e donos do espaço que antes não era o seu. Um ponto comum a estes bandos era o fato de fazerem a vida negra aos comerciantes a quem exigiam o pagamento da sua proteção e criando uma rivalidade sem limites entre si. É neste contexto que surge a história de amor entre uma rapariga que vivia na zona mais pobre de Lincoln City, cujo pai era sustentado pelo chefe de um desses bandos que a queria para noiva e um antigo salteador, entretanto regenerado, que trabalhava no banco local. O ciúme levou aquele ao assalto ao banco e a engendrar provas para incriminar o fiel empregado. Eis uma história bem escrita por Sam Fletcher, com passagens muito interessantes, e com a dose de violência caraterística deste autor.

PAS693. Fuzilamento só com ordem escrita

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Contexto da passagem :  As tropas nortistas do major Harper estavam estacionadas no rancho de Clampton um simpatizante da causa do Sul. Numa noite, quando Harper com muitos soldados saiu do rancho para se dirigir a outro forte, as tropas restantes foram atacadas pela guerrilha sendo dizimadas. Os inúmeros feridos, apoiantes de um e outro lado, foram deixados ao cuidado da jovem Terry. Esta passagem capta o regresso de Harper e o seu contacto com os factos recentes.     Um tropel de cavalos entrou no pátio e um pelotão de homens entrou ruidosamente em casa. A frente, o major, o capitão Price, o tenente Fergusson e dois soldados que ficaram de guarda à porta. Terry desceu as escadas, sem pressa e falou em tom sereno. —Há mais de vinte feridos a descansar nesta casa, senhores. Por favor, não façam barulho. A cara do major ficou congestionada. —Quem é você para me dar ordens? Onde está o seu pai? — No quarto dele. Acertaram-lhe com um tiro quando saia atrás dos seus oficiais, para averigua

PAS692. O sono da morte

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Da varanda do seu quarto, olhou para o rio. Os soldados nortistas, sem saber o que os esperava, preparavam-se para dormir tranquilamente... Quantos deles veriam o novo amanhecer? E quantos dos guerrilheiros, que naquele momento se aproximavam? E quando atacassem? Atacariam saindo das sombras da noite, como diabos vomitados pela escuridão, semeando a morte e o pânico, entre as tropas federais. Morreria o capitão Groves, tão agradável e que gostava tanto dela? O tenente Fergusson, ainda com o estigma da tomada do Forte Pitt, numa noite em que dormia tranquilamente? O tenente Kimball, tão jovem ainda? Ou acaso cairiam Forrester, o bom capataz de seu pai ou... o próprio chefe misterioso da quadrilha. Afastou-se da janela, tremendo. — Continua a pensar assim e verás o que te acontece, idiota — murmurou. — Fazes-te notada, assim.

CLF041.1 Revisita a «O guerrilheiro»

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Uma visita ao OLX permitiu este contacto tardio com este livro da Coleção Califórnia, «O guerrilheiro», o qual mereceu uma apresentação escrita de modo um tanto estranho à Editorial Ibis: «COLECÇÃO CALIFÓRNIA—insere um volume que pode ser considerado como especial, pois de um assunto que interessa sobremaneira aos leitores habituais deste género de leitura: a velha questão entre o Norte e o Sul — a velha questão de guerra entre os dois pontos do mesmo país. Desta vez, surgem os guerrilheiros como fulcro de ação, e para além da intensidade dramática nascida da luta entre irmãos — surge um caso de amor, que não tarda a constituir motivo aliciante de interesse dentro da ação. Um livro feito por Cliff Bradley com a acuidade de quem está documentado sobre a história da América do Norte, e possui o sentido psicológico das personagens que põe em movimentação. Um livro que honra a tradição da COLECÇÃO CALIFÓRNIA!» Resta acrescentar a estas estranhas linhas que a tradução apresenta inúmeras gra

PAS691. A batalha de Forte Sumter

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O primeiro tiro foi saudado com uma salva de aplausos pelas mulheres que, com as suas melhores galas, passeavam a escassa distância das batarias confederadas, admirando a elegância gentil dos oficiais de Jefferson Davis. Ignoravam que, se naquele momento a luta era uma brincadeira, mais tarde veriam os belos uniformes rotos pela metralha e sujos de sangue. Eram quatro e meia da madrugada de 12 de Abril de 1860. Durante trinta e seis horas o bombardeamento não foi interrompido. Por fim o coronel Anderson, comandante do Forte Sumter, içou a bandeira branca e um pouco mais tarde, em formação correta, conservando os seus estandartes e armas, aos acordos do Yankee Doedle, oficiais e soldados embarcaram em direção a Nova Iorque. O júbilo foi extraordinário em Carolina do Sul. As multidões vitoriavam Jefferson Davis e repicaram todos os sinos. Manifestações de entusiasmo, hinos, desfiles militares, discursos, flores das mulheres para os soldados, fanfarronadas... A primeira batalha da guerra

BUF130. Guerra, Morte e Fogo

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(Coleção Búfalo, nº 130)   A ação desta novela decorre durante a Guerra da Secessão, acompanhando alguns dos seus episódios, designadamente o faustoso início em Forte Sumter e a progressiva derrota das forças sulistas e dos seus ideais. Benet traz-nos algumas considerações sobre o comportamento de outras nações, como a França e a Inglaterra, que considerou interessadas no apoio aos estados rebeldes com o objetivo de enfraqueceram os Estado Unidos. Para além desses aspetos, a novela é uma mão-cheia de traições materializadas em indivíduos que se alistavam num exército para servir as forças inimigas o que chegou ao próprio elemento feminino. O disfarce com o fardamento do adversário foi mais um artifício a que a principal personagem da novela recorreu, embora sem consciência que entre os seus dominava um indivíduo a soldo do inimigo. Enfim… Finalmente, trata-se um livro com consecutivas quebras na ação, a qual por vezes se interrompe para ser reatada bastante tempo depois o que se torna

BUF128. A lei morreu

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(Coleção Búfalo, nº 128) "Cavalgava para Watertown seguido pelo manietado Alan Rush e pelos dois cadáveres que valiam cinco mil dólares cada um. Outras pessoas dirigiam-se também para aquele povoado do planalto: um pistoleiro recém-saído do cárcere; uma rapariga expulsa de Abilene; um velho pesquisador de ouro, acompanhado dos seus burros... e a morte, vestida com o seu melhor traje de gala. Todos tinham como ponto de chegada Watertown, mas de todos, foi a morte a primeira a chegar. Os abutres tinham fome e estreitaram os seus círculos olhando a carcaça." Henry Keystone trata com um nível elevado o terror que estas chegadas provocaram na cidade e conseguiu acrescentar-lhe a magia de alguém que no interior da mesma tratava de limpar o caminho de possíveis obstáculos fazendo crer que a hora da vingança tinha chegado A capa, não assinada, mostra um aspecto do duelo final na cidade.

PAS690. Em direção à chave do destino

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Despertou-o um imperioso desejo de voltar, de se encontrar nos lugares onde decorrera a sua infância. E imaginava que, no interior das suas retinas, desfilavam as personagens que o tinham conduzido a sua existência atual. Seu pai, aquele ferreiro colérico e bêbado; a sua madrasta, uma mulher a quem a musica e o baile, os rapazes e as aventuras atraiam. E o banqueiro Crowfish que, apesar de estar com uma onça de chumbo na testa, se agarrava corn enorme tenacidade a bolsa de dinheiro pela qual o bando de Zac Methody, no qual ele tinha ingressado recentemente, tinha ido. E ela, a pequena Becky, corn os seus grandes olhos negros desmedidamente abertos, sem chorar, apenas com um terrível assombro na cara. Gordon teve um sobressalto. Meteu o revólver no coldre e em seguida atirou algumas notas sobre a mesa. Apercebia-se de uma forma confusa do drama da sua companheira de algumas horas, submersa na desolação do um homem morto e outro ausente, pois ele tinha decidido ir-se embora. — Adeus — di

PAS689. Um homem com asco a si próprio

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Gordon Eyster tinha a cabeça apoiada sobre o ombro da mulher. Era uma morena delgada, de olhos grandes luminosos, e boca quase sempre contraída num esgar agridoce, como se saboreasse um manjar que nao tivesse acabado de apreciar. O quarto era pequeno, de paredes pintadas de um azul-escuro e teto amarelo, o que produzia um efeito visual irritante. Havia um divã em dois dos lados e no quarto via-se ainda uma mesita e um espelho. Sobre a mesa estavam os restos de um almoço, uma garrafa de uísque e dois copos. — És jovem — disse ela — contudo, parece que viveste mais que qualquer dos homens que conheci. Gordon ia a responder, mas aconteceu uma coisa que nao lhe deu tempo. A porta do gabinete reservado abriu-se com violência e nela desenhou-se uma figura de um coxo, ruivo e sardento, de cerca de quarenta anos. — Porcos! — gritou, e procurou fixar o olhar um tanto estrábico sobre o par. Buscou em seguida a coronha da pistola que tinha pendente ao lado do corpo. Fê-lo em bom estilo, se bem qu

BUF127. Gordon voltou

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(Coleção Búfalo, nº 127) Gordon Eyster fugiu de Rockhill depois de matar o xerife e com um saco de notas no cavalo. Durante mais de vinte anos errou pelo Oeste sendo uma referência entre os pistoleiros. Um dia, pensou em voltar à cidade onde tinha nascido. Seria reconhecido? Como estariam os familiares de quem nunca mais tivera notícias? Mal imaginava que iria enfrentar um jovem quase igual ao xerife que tinha abatido e que se iria relacionar com alguém que parecia o seu próprio pai. E também ignorava que aquela que era uma criança agora, na sombra, fazia algo contra os seus. Eis um livro interessante de J. Tell que merece ser lido na totalidade

PAS688. Coisas que podem acabar mal

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Quando voltou a despertar, era noite fechada. Olhou pela abertura da lona, e viu o céu cheio de estrelas. Soprava uma brisa fresca. Uma mão mais fresca que a brisa pousou-se na sua lesta. Uma mão que podia pertencer apenas a uma pessoa. E quando a mão se afastou, Everitt viu que tinha razão. Conhecia já o contorno facial da rapariga. Netty. Era assim que ela se chamava. Era apenas uma sombra bonita, com o brilho das estre-las nos olhos. — Como se acha? — Acordei-a? — Não. — Não dormia? — Não. — Para tratar de mim? — Sim. — E seu irmão? — Gosta de dormir ao ar livre. Não se preocupe co ele. Como se sente? — Bem... Creio que bem... E creio... creio que tenho fome. — Um bom sinal. Amanhã, quando amanhecer comerá o que lhe apetecer. Guy caçará algo para si senhor Everitt. «Gatilho» sobressaltou-se. — Sabe o meu nome? — Sei muitas coisas mais a seu respeito. Deliro muito. — E você esteve sempre a meu lado? — Sempre. — Sem dormir? — Bom... Guy ocupou o meu lugar sempre que s tornou necessári

PAS687. Regresso à vida

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David «Gatilho» Everitt abriu os olhos certa manhã. Viu ante ele um rosto doce e agradável, crispou o seu sorriso curto e débil e voltou a perder o conhecimento. Sentado a seu lado no interior do carro mato, Netty Corbyn notou o aumento de palpitações do seu coração. Parecia que ia rebentar de um momento para o outro, excessivamente cheio de felicidade. Ao entardecer, Everitt voltou a abrir os olhos. Estava num local escuro, que lhe pareceu o interior de um carro toldado. «Clic, clic, clic... !» Torceu a cabeça e conseguiu ver o que se passava no exterior. Um homem... Não. Um rapaz estava a praticar com um revólver. A arma estava descarregada, mas o rapaz enfiava-a e desenfiava-a, com rapidez, do coldre, apertando o gatilho depois do aceitável «saque». Esteve a olhar para o rapaz durante os segundos, enquanto aos seus ouvidos, misturado com o nítido «clic--clic-clic», chegava um rumor que demorou um pouco a identificar: o rio. O rio! Lançou uma débil exclamação e quis erguer-se. Instan

PAS686. Um corpo no rio

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Netty Corbyn escorreu vigorosamente a camisa de seu irmão, que acabava de lavar na água quase transparente lo rio Brazos, e atirou-a sobre a pedra que havia por detrás dela, para junto das outras peças de vestuário que linha lavado naquela manhã. Aproveitou o momento para dirigir um olhar ao animoso Guy que estava tentando consertar, no solo, a roda do carro mato. — Entre os dois será mais fácil — murmurou Netty. Enxugou as mãos, tirando o sabão. Depois, ergueu-se, disposta a ajudar o seu irmão a acabar de consertar roda. E então, ao olhar rio acima, viu-o. Um homem? Que outra coisa poderia ser? Voltou-se. — Guy! O rapaz de dezasseis anos, magro e musculoso, que suava abundantemente agarrado ao carro, levantou a cabeça. — Que se passa? — O rio traz um homem morto... Parece morto, pelo menos. Guy alegrou-se por ter um pretexto de peso para abandonar, mesmo que fosse por momentos, a reparação da maldita roda. Dirigiu-se para o local onde sua irmã se encontrava, e olhou na direção que est

PAS685. Assalto e traição

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Dave Everitt teve de passar também aquela noite a galopar. Aproveitaram as poucas energias dos cavalos roubados para, sem deixar de galopar, darem descanso aos seus. Depois, deixaram-nos em liberdade. Deste modo, ao amanhecer, depois de terem seguido o curso do «Colodian Creek», chegaram à sua confluência com o rio Brazos. — Creio que este é um bom lugar para descansarmos, Everitt. — Muito bem. «Gatilho» Everitt encontrava-se fresco. Sujo e poeirento, mas o seu rosto não denotava a menor fadiga. Em contrapartida, Henry Morne, com os seus quarenta e tantos anos, tinha o aspeto de estar verdadeiramente derreado. Detiveram-se junto à margem do rio Brazos, num local onde a água passava cerca de trinta centímetros para fora do leito, e os dois homens desmontaram ao mesmo tempo. Morne assoprou furiosamente, enquanto acionava as pernas, que sentia entorpecidas. Mas estava satisfeito. — Que tal lhe pareceu o golpe, Everitt? — Muito bom, fácil e produtivo... Diga-me, Morne: como sabia você que

BUF126. Um dólar de prata

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  (Coleção Búfalo, nº 126)   "... - Tenho trinta anos: mais doze do que tu. Viajei sempre sozinho sem amar ninguém, sem recordar quem quer que fosse que ficasse para trás. E, agora, as coisas serão piores. Não. Não direi nada a teu irmão. Mas tu vais prometer-me uma coisa. - Sim, Sr, Everitt. - Deixarás de amar-me. Esquecerás isso e os beijos que ofertaste a este pistoleiro. Esquecer-me-ás e nunca te lembrarás de mim. Tem de ser como se nunca me tivesses amado. - Você... você quer que eu faça isso...? - Sim, Netty; é isso que eu quero. A rapariga baixou a vista. A sua voz foi como um lamento e Dave Everitt viu as lágrimas nos olhos da rapariga, contidas com dificuldade.  -- Então, senhor Everitt, se você assim o quer, deixarei de amá-lo." Lou Carrigan tem mais de duzentos registos em Portugal através de livros publicados pela APR, Da IBIS, apenas percecionámos um. É um autor ainda muito prestigiado em Espanha e que julgamos em atividade, já que começou um pouco mais tarde do