Estendido num colchão, no fundo da carreta, Bert Garner só conseguia ver, através da abertura do toldo, os penhascos avermelhados das montanhas que avançavam sobre o desfiladeiro, com alguns pinheiros tortos, destacando-se na profundidade do céu azul, a beira do abismo. Naquela manhã, Bert tinha visto a inquietante silhueta de um cavaleiro índio contemplando-os com uma imobilidade de pedra do cimo de um rochedo. — Não tenhas receio — tinha dito Rainbow, o condutor da carreta onde Bert viajava. — Os índios estão tranquilos, depois da última tareia que o Exercito lhes pregou. Bert voltou a deitar-se sobre o colchão. O ar estava extremamente quente e tao abafado que ele tinha que recorrer, com frequência, ao cantil que tinha pendurado sobre a sua cabeça. Os vaivéns da carreta, sobre o terreno, acidentado e desigual, faziam oscilar o cantil como um pendulo e quando não tinha outra coisa que contemplar, Bert ficava a ver o seu movimento, ate acabar, invariavelmente por adormecer. A sede faz