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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

PAS589. Mulheres do Oeste selvagem

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Em Nevada, como na Califórnia, como em todo o Far-West, as mulheres, e especialmente as mulheres brancas, constituíam uma insignificante minoria. A população das zonas mineiras crescera desmedidamente no espaço de poucos anos. Mas era, essencialmente, população masculina: homens duros, aventureiros perigosos que procuravam enriquecer a todo o custo, mesmo a tiro. Num ambiente primitivo, bárbaro e selvagem, toda a gente procurava viver só, sem laços femininos que prendessem, sem lágrimas que pusessem freio à sua audácia. Por outro lado, eram poucas as mulheres que se atreviam a viver ali, numa sociedade em que o revólver constituía a lei suprema. Estavam na proporção de uma para cinquenta, em relação aos homens. E pela sua própria escassez, precisamente, era lógico que os homens lhes dispensassem todo o género de considerações. A maioria das mulheres que se atreviam a partir para o Oeste em busca de fortuna tinham pouco de recomendáveis. No entanto, o simples facto de serem mulheres con

PAS588. Arrogância de pistoleiro

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De súbito, cruzaram-se com um indivíduo alto, forte, de meia-idade, ataviado com uma comprida sobrecasaca de bom corte e com as calças metidas em botas altas de montar. As pessoas afastavam-se, respeitosamente, à sua passagem e o indivíduo passava com ar indiferente, com as mãos metidas nas algibeiras das calças. Henderson tirou o chapéu ao passar por ele, obtendo por resposta um displicente aceno de cabeça. — Quem é? — inquiriu Jack, curioso e surpreendido. — Mike Porter, o mais velho dos irmãos. Um tipo prodigioso, com mais de quinze mortos às costas. Como esse há poucos! Havia uma clara admiração nas suas palavras. Jack fitou-o, atónito. Tinha na consciência tantos inimigos defuntos como os que pudesse ter aquele Mike Porter, mas não achava que isso fosse coisa que um homem devesse alardear nem que lhe granjeasse o respeito e a veneração das gentes. — Aqui não temos muito bom conceito do que ainda não foi capaz de matar um homem. Suponho que você já o fez, não? — Pode estar tranquil

POL110. Um cérebro e seis revólveres

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(Coleção Pólvora, nº 110)

POL109. A passagem da morte

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(Coleção Pólvora, nº 109)

POL108. Seis marcas no revólver

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(Coleção Pólvora, nº 108)   Um pérfido bandido, apelidado de «Pleasant Harry, ostentava 5 marcas no revólver, respeitantes à morte de outros tantos Rurais do Texas. Ele deslocava-se entre o Texas e o México e colaborava com um conjunto de bandoleiros mexicanos que operavam dos dois lados. O corpo de Rurais do Texas, incomodado com as proezas de Harry, encarregou dois guardas de procederem à sua prisão ou abate. E assim Tom Mandel e Lucas Purcell tentam integrar-se no conjunto de bandoleiros para terem melhor acesso ao famoso bandido e não permitirem que o mesmo faça a sexta marca no revólver. A verdade é que a quadrilha mexicana recebe armas de um traficante, um respeitável rancheiro de El Paso o qual acaba por se cruzar com os dois rurais. Para complicar a situação, William Ransom, assim se chama o traficante, é pai de uma jovem que impressiona significativamente, pela sua beleza, Tom Mandell. A novela decorre em ritmo satisfatório, denotando a perícia do autor

POL107. Eu matei o teu irmão

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(Coleção Pólvora, nº 107)

POL106. Um homem pacífico

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(Coleção Pólvora, nº 106)

POL105. Eu também sou América

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(Coleção Pólvora, nº 105)

POL104. Um homem de honra e de coragem

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(Coleção Pólvora, nº 104)

POL103. A desforra

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(Coleção Pólvora, nº 103)

POL102. Contas Saldadas

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(Coleção Pólvora, nº 102)

POL101. Furacão de metralha

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(Coleção Pólvora, nº 101)

BUF110. Um nova-iorquino entre índios

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(Coleção Búfalo, nº 110) Depois das aventuras já aparecidas na Coleção Arizona («Um nova-iorquino no faroeste» e «um enigma no faroeste», Fred Collins partiu com a sua noiva, em lua de mel com destino a Nova York. A carruagem em que seguiam servia também para transportar um preso acompanhado por dois guardas. Mary não gostou muito da companhia, mas a presença do noivo tudo parecia suplantar. A verdade é que os seus receios tinham razão de ser, pois o comboio foi assaltado e Fred viu-se envolvido na perseguição do prisioneiro entretanto libertado à força. Caiu na mão de índios e, a partir daí, um conjunto de peripécias entre os mesmo tomou conta da novela bem ao estilo de V. Saint Kasymr, isto é, Vasco Santos.

BUF109. Sangue no rio negro

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(Coleção Búfalo, nº 109)

BUF108. No este também há valentes

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(Coleção Búfalo, nº 108)

PAS587. Uma bala entre os olhos

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— Zimmermann! A voz soara no alto da escada. Leo, ao ouvi-la, ficou completamente quieto. — Zimmermann, estou aqui. Leo foi voltando lentamente a cabeça. Nas escadas estava uma figura alta, musculosa, vestida. com uma jaqueta índia, de pele. Era um homem moreno, de cabelo muito curto e o — Olá, Paul — disse Leo. — Quem é esse? — perguntou Bart, perdendo aquele tom lamentoso que o caracterizava. — Leo, tens feito muito estrago inutilmente — disse Merrick, descendo mais um degrau. — E isso são coisas que se pagam mais tarde ou mais cedo. Havia uma espécie de tensão elétrica entre os dois homens. Os espectadores podiam quase senti-la. Uma tensão que parecia nascer do choque de duas personalidades poderosas em luta. O xerife perguntou a si próprio como é que aqueles homens tinham podido cruzar os seus caminhos sem tropeçar um com o outro. Parecia impossível. — Não te metas nisto, Paul — disse Leo, piscando os olhos. — Isto não te diz respeito. — Enganas-te. Há dois dias ter-te-ia dito: «Sa

PAS586. A Justiça virá pela Mão de Deus

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O xerife aparecera à porta. Atrás dele podia ver-se a figura esbelta de Eileen, através da janela. — Foi demasiado longe, Zimmermann — disse o ancião. — Está a ser procurada pela justiça e eu vou detê-lo em nome da Lei. — Homem, não me diga! — exclamou Bart com sincero assombro. — Você? — Gene, evacua a sala. A tiro se for preciso — disse Leo sem afastar os olhos do xerife. — Rua, todos! — gritou Gene, apontando as armas à assistência. — Que é isto? Um motim? Rua, já disse! Alguns homens saíram. A jovem, de pé na neve, gritou: — Cobardes! Bastava que um de vocês começasse a disparar! Eles não podiam matar todos! Cobardes! Nem parecem homem! Mas o terror apoderara-se de todos eles. Excepto o xerife e Mortimer, todos acabaram por sair precipitadamente. A jovem, com o lindo rosto em fogo, entrou na taberna. — Vá-se embora, «miss» Traven — disse Leo sem deixar de olhar para o xerife O'Malley — não, quero que alguma bala, dessas que se perdem, vá acertar em si. — Considere-se detido — r

PAS585. Uma jovem frágil encontra-se com um urso feroz

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A jovem dobrou o cotovelo do caminho, perguntando a si própria se não se teria equivocado no carreiro. Mas não, aquele parecia ser o único carreiro da montanha, pelo menos por aquela banda. De súbito, o cavalo estacou, de orelha fita. Depois relinchou aterrorizado e a jovem teve de empregar todas as suas forças para evitar que desse a volta e desatasse a correr outra vez para baixo. — Quieto, quieto! — disse com voz acariciadora. Mas o cavalo via, farejava ou pressentia qualquer coisa que a ela lhe escapava. Um calafrio percorreu--lhe as costas. Eram dez horas. Em algumas zonas do bosque havia ainda manchas de um ligeiro nevão que caíra na noite anterior. Reinava um profundo silêncio, apenas cortado pela viva passagem de algum esquilo nos ramos das árvores, fugindo de uma silenciosa marta. O cavalo voltou a encabritar-se, abrindo muito os olhos, espantado. A jovem tentou domá-lo, mas não conseguiu. Um brusco esticão do animal e Eileen inclinou-se para um dos flancos, perigosamente. A j

PAS584. O homem que deixara de usar armas

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Tinha sido havia dois, três, quatro anos? Quem não conhecia então Merrick? Passeara o seu revólver por todo o Arizona depois de tê-lo passeado pelo Texas onde nascera. Naquele 'mesmo Verão, em Phoenix, durante uma viagem, cerca de cinquenta pessoas de diferentes idades e categorias sociais e morais tinham perguntado ao xerife o que é que fazia Merrick em Santa Rita, e se era verdade que se tinha reformado. O xerife recordava o dia em que Merrick, pela primeira vez em toda a sua vida de adulto e adolescente, saíra à rua sem armas. Fora ali precisamente em Santa Rita, onde tinha ido, contemplar pela última vez o rosto da jovem com quem ia casar e que tinha vindo para as Montanhas para recompor os pulmões. Não o conseguira e morrera. Merrick chegou tarde demais. Uma luta com uns «raiders» mexicanos impedira-o de acorrer a tempo. Então, ante os, olhos assombrados dos habitantes de Santa Rita, desenrolou-se o mais estranho acontecimento que jamais lhe fora dado presenciar.  Ante o cadáv

BUF107. Zimmermann, o pistoleiro

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(Coleção Búfalo, nº 107) Esta é a verdadeira história de Leo Zimmerman o tristemente célebre pistoleiro do Arizona. O facto que se relata mais adiante é real, e apenas as personagens secundárias são fruto da minha imaginação do autor. O referido facto, muito modificado, foi aproveitado pelo cinema numa excelente versão. As passagens que aqui deixamos relatam alguns dos passos necessários para mobilizar o homem que, afastado das armas, um dia se dispôs a vencer o pistoleiro devido ao pedido de uma jovem e após uma serie de humilhações. A capa é notável pela fidelidade ao encontro da jovem com um urso feroz e o seu salvador. Eis mais um bom livro da Coleção Búfalo.

PAS583. O cachimbo da paz

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A caravana, agora escoltada pelos Federais, prosseguia na sua caminhada para Santo António, onde contavam chegar dentro de quatro dias. Haviam passado já dois dias, depois do violento combate, e embora se continuassem a observar colunas de fumo, os índios não haviam voltado a atacar. Os colonos tinham tido bastantes baixas. O trágico balanço fora de trinta e cinco mortos e quarenta e oito feridos, estes felizmente sem gravidade. Dos Federais, tinham morrido doze e ficado feridos oito, um dos quais em perigo de vida. As baixas por parte dos índios eram muito maiores. No combate que se travara naquela manhã memorável, mais de metade dos guerreiros peles-vermelhas tinha sido abatida. Quanto ao número de feridos, nada se sabia, mas supunha-se ser muito elevado. Talvez por essa razão, não se aventurassem a outro ataque. No entanto, a vigilância não era descurada e á noite os carros eram formados em círculo e as sentinelas rendidas de duas em duas horas, para não adormecerem, Ao terceiro dia

PAS582. O piar da coruja

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Frank Darrow não conseguia dormir. Ele esperava o ataque a todo o momento e queria estar acordado para não ser surpreendido. As sentinelas foram rendidas três vezes sem que nada de anormal se passasse. Preparava-se para dormir um pouco, quando um piar de coruja se fez ouvir. Passado pouco tempo e mais longe, outro piar, ao mesmo tempo que um coiote uivava. Levantou-se de um salto e empunhou a carabina. Os índios preparavam-se para o ataque e trocavam sinais entre si. Conhecedor dos seus hábitos, ele distinguira imediatamente os sinais. Sem ruído dirigiu-se às sentinelas e avisou-as de que tomassem atenção porque os índios iam atacar. Acordou Cush e O'Bannion e avisou-os também. Resolveram não acordar os outros soldados enquanto não houvesse razão para tal, mas os três prepararam-se para o que desse e viesse e foram colocar-se junto das sentinelas. O piar da coruja e os uivos dos coiotes continuavam. Num murmúrio, O'Bannion perguntou se não seria melhor acordarem naquela altura

PAS581. A caravana da esperança

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A esperança de ambos em adquirir um rancho, no entanto, não esmorecera, antes pelo contrário. Queriam demonstrar àquele cobarde que haviam de conseguir os seus intentos, nem que para isso pagassem o dobro, a outro vendedor. A bela rapariga continuava a fazer milagres para economizar o suficiente. Certo dia, estava a loja em pleno movimento quando ela sentiu que era observada. Percorrendo com os olhos os clientes, descobriu à entrada um desconhecido encostado à porta da loja que a fitava com insistência. Ruborizada, desviou o olhar, ao mesmo tempo que tentava recordar-se de quem seria a estranha personagem. Voltou a levantar os olhos e notou que o desconhecido a não desfitava. Começou a sentir um certo mal-estar, ao mesmo tempo que uma grande curiosidade despertava no seu ser. Quem seria aquele homem, de bela aparência que tão descaradamente a fitava? Nesse momento, um dos clientes reclamava: — Eu pedi arroz e a menina está a medir uma peça de pano? — Desculpe-me, senhor Larrigan. Estav

PAS580. O sonho de ter um rancho

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Os Robinson viviam em Nova Orleães, onde possuíam urna pequena casa de vendas a retalho que ia dando para comer e para, devido à organização de Susy e ao seu método, juntarem um pequeno pé-de-meia. O sonho de ambos era possuírem um rancho, mas o seu pequeno pecúlio ainda não chegava. Teriam de comprar o terreno e só para ele iriam todas as economias que, mesmo assim, não chegavam, devido a gente sem escrúpulos que especulava pedindo por terrenos de pouca valia dez ou vinte vezes o seu valor real. Apesar disso, pai e filha não perdiam as esperanças e moeda a moeda o pequeno pecúlio ia aumentando dia a dia. Os meses foram passando e quando julgaram ter o suficiente, Robert Robinson dirigiu-se a Lou Carpenter, um vendedor de terrenos, a fim de finalmente comprar um que já estava falado e com preço estipulado. Porém Carpenter era velhaco e cobiçava Susy. Quando Robinson se apresentara para fazer o negócio, o bandido atendeu-o cheio de falsos sorrisos: — Ora viva o nosso Robinson. Então que

PAS579. Perfil de um guia de caravanas

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Os pais de Frank tinham morrido, deixando-o completamente só no mundo, com doze anos de idade. Para ganhar o seu sustento tivera de se sujeitar a tudo. Inicialmente, começara a trabalhar como ajudante de ferreiro, passando depois a moço de estábulos. Apesar dos magros vencimentos, conseguira juntar o suficiente para comprar um par de revólveres e respetivas munições. Resolvera-se a isso porque chegara à conclusão de que no Oeste quem se 'pão soubesse defender era homem liquidado. Vira muita gente boa ser abatida por outra sem escrúpulos, porque eram menos rápidos com os revólveres. Treinou-se com afinco e o que amealhava era para comprar balas para os treinos. Aos catorze anos, era já conhecido como um verdadeiro ás em precisão de tiro e rapidez. Aos quinze, tivera o seu primeiro duelo com um perigoso pistoleiro, que maltratava um aleijado na altura em que ele ia a passar. A princípio o pistoleiro, encarando com o garoto que o desafiava em público, riu-se. Nunca chegou a compreende

BUF106. Território índio

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(Coleção Búfalo, nº 106)   "Estavam no terceiro dia de marcha e tinham já alcançado o coração do território índio. Muitas milhas em redor, somente os índios habitavam aquela região e poucos brancos se haviam até então aventurado em tais paragens e os poucos que o tentaram ou foram mortos ou se viram obrigados a regressar a Santo António, muitos deles feridos. Somente os colonos se permitiam tais aventuras. Eram homens empedernidos e coadjuvados por verdadeiras mulheres, os que constituíam a maioria das caravanas. Muitas delas tinham sido destruídas e os seus componentes chacinados depois das mais cruéis torturas. Mais do que uma devia a salvação aos bravos Federais que, apesar de também sofrerem baixas, nunca deixavam sem resposta um apelo daqueles desgraçados." - é este o ambiente deste « Território Índio » assinado por Ajamaro, autor com apenas quatro obras registadas em Portugal, todas publicadas pela APR. A capa, não assinada, parece mostrar alguém a rezar perante uma sep

PAS578. O dia em que Jane se juntou ao seu amado

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Passaram-se quarenta anos sobre os factos que acabámos de relatar. Kansas City tinha-se desenvolvido extraordináriamente e agora é uma cidade próspera e bela, cheia de movimento. Naquele dia fazia precisamente quarenta anos que Nelson Montgomery morrera. Como sempre sucedia todos os anos, uma caleche parou no cemitério da cidade. Era a quadragésima vez que tal se verificava àquela mesma hora e naquele mesmo dia. Uma velhinha encarquilhada e trôpega desceu do veículo ajudada pelo cocheiro. Com passas incertos, dirigiu-se para o portão que abriu e atravessou, Na mão, levava um belo ramo de rosas brancas. Depois de percorrer diversos arruamentos deteve-se em frente de uma campa. Na lápide lia-se apenas: Nelson Montgomery Ajoelhou-se e com devoção depositou na fria lousa as flores. Orou com fervor. Não chorou. Havia quarenta anos as lágrimas secaram-se-lhe para sempre. Levantou-se com dificuldade e teve uma pequena hesitação. As pernas tremeram-lhe e caiu desamparadamente sobre a campa ag

PAS577. Reabilitação que chega em momento de duelo fatal

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Os dois adversários encararam-se, tensos, as mãos a tocar nas coronhas. Ambos se conheciam de sobra e sabiam com o que podiam contar. Na praça o silêncio era impressionante e finalmente, de entre aquela vasta assistência ouviu-se uma voz possante: — Um... dois... TRÊS! BUM! Ninguém conseguiu explicar como as coisas se passaram. Ambos empunharam e sacaram os revól veres mas apenas um tiro maior que um trovão se ouviu. Nelson Montgomery estremeceu violentamente e caiu de costas desamparado. Um ah! de admiração ouviu-se em uníssono. O valente rapaz fora atingido e pelos vistos com gravidade. Como uma só pessoa todos olharam para o bandido. Este sorria e os seus revólveres ainda fumegavam. Mas sempre a sorrir, o bandido foi vergando as pernas ao mesmo tempo que dois fios de sangue lhe escorriam pela face, provenientes de dois buracos abertos na testa. Por fim caiu. Estava morto. O sorriso era somente o esgar da morte. Entretanto Jane, ao ver o seu adorado cair, perdera os sentidos sem um q

PAS576. Momento estragado pelo aparecimento inesperado do bruto Kansas Kid

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Levantou-se e despiu a roupa que envergava. Dirigiu-se à casa de banho e dentro de momentos refrescava-se com um banho de água fria. Depois daquele duche resolveu, fazer a barba, que havia seis dias não era feita. Em seguida penteou-se com esmero, envergou roupa., limpa e passados momentos percorria as ruas de Kansas City. Seis dias de imobilidade haviam-lhe emperrado as pernas e andando um bocado a pé, desentorpecia-as. Todos o fitavam com certo receio e respeito, pois eram já conhecedores das atitudes do rapaz. Sentiam por ele grande admiração, não só pelo seu procedimento violento, como também pela coragem que demonstrara ao salvar de uma morte certa a filha do rancheiro Taylor. Haviam-se criado dois partidos. Um, desfavorável ao rapaz, considerava a salvação de Jane como um acaso furtuito. O outro, favorável, considerava aquele ato como prova dos bons sentimentos do jovem forasteiro, relegando para segundo plano as suas qualidades de brigão, que atribuíam à sua juventude fogosa. Ne