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Mostrando postagens de junho, 2016

PAS643. Um homem arrastado

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Ed desceu à rua. Desprendeu o cavalo e caminhou em busca de uma pousada, sentindo sobre os ombros a ardente carícia do sol implacável. E no coração uma opressão estranha. Nelly... Por ela cometera o acto mais ridículo da sua vida, ao pretender converter-se num homem honesto... Pobre Mel. De súbito, aos ouvidos de Ed chegou uma algazarra. Gente que ria ruidosamente, enquanto um cavalo, galopando enlouquecido, arrastava uma estranha carga, irreconhecível devido ao pó que a cobria. Era um homem. Um homem arrastado por um cavalo. Levantava densas nuvens de poeira. Ed comprimiu os lábios. Não gostava daquilo. Con¬tudo, tinha coisas mais importantes com que preocupar¬-se, pelo que seguiu o seu caminho, enquanto o cavalo continuava a galopar, procurando livrar-se da sua carga. — Senhor Harriman... Ed tossiu. Olhou para a sua esquerda. Era uma rapariga. E fazia-lhe sinais. Com os olhos fixos naquele rosto juvenil, única parte do corpo da rapariga que estava visível, visto encontrar¬-se oculta

BUF115. Aqui vai a morte

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(Coleção Búfalo, nº 115) Mel ia casar e mandou recado ao seu irmão, Ed, para se dirigir a Everton, povoação a meio caminho entre Prescot e Phoenix, povoação dominada por pistoleiros e negócios sujos. Mel era detentor do único saloon e casa de jogo onde não se praticava batota e isso atraiu a ira e gula do cacique Hodges que o mandou matar para se apoderar do seu espaço. À chegada a Everton, Ed deparou-se com o cadáver de Mel e com uma mulher, noiva deste, com quem já estivera relacionado. Compreendeu então a razão do chamamento a que fora submetido e rejeitou a reaproximação que aquela mulher pretendia. Depois, abateu pistoleiro a pistoleiro até vingar a morte de Mel. Apesar de algum interesse, este livro de Mortimer Cody torna-se enfadonho talvez pelo estilo literário que o mesmo usou. Lido parte dele, compreendeu-se como se iria desenrolar e qual a menina com quem Ed haveria de ser feliz.

BUF114. Sangue pede sangue

(Coleção Búfalo, nº 114) Capa e texto indisponíveis.

BUF113. Lista de Criminosos

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(Coleção Búfalo, nº 113)

PAS642. E nem o quinto condenado escapou

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O xerife de Deadwood Gulch guardou silêncio, após ouvir as palavras que acabava de proferir o seu ajudante. Percorreu várias vezes e a grandes passadas o pequeno espaço do seu escritório, enquanto o outro permanecia imóvel, junto da secretária, a observá-lo. — De modo que esse tipo repta-me para um duelo? — disse, de súbito, parando a meio do aponto. — É verdade, xerife. Anda de taberna em taberna, bebendo e golfando insultos contra o senhor. Diz que se não o enfrenta como um homem, virá aqui arrancar-lhe as orelhas com a sua navalha. — Maldito assassino!... — bramou o da estrela, começando a passear de novo, como um leão enjaulado. — Devia ter-lhe dado um tiro naquele dia em que matou Duke o «Suavp». Agora... Calou-se e cuspiu para o chão. — Tem medo de enfrentá-lo, não é verdade? — De facto... Com todos os diabos! Como posso eu medir-me com esse pistoleiro profissional, mestre no manejo dos revólveres? Seria um suicídio! — Está a beber mais do que a conta. Poderíamos esperar que se e

PAS641. Um filho que regressa

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Contexto da passagem : na sua aproximação à família Nielsen, «Colorado» Jim descobre que eles anseiam por encontrar um filho da sua idade raptado pelo chefe índio «Pluma Negra» quando era criança. Partiu à sua procura, depois de um conjunto de peripécias, trouxe-o à família de sangue, mas o grande chefe não se deu por vencido e atacou o rancho dos Nielsen.     Foi tudo tão rápido que «Nevada» Jim nem teve tempo de reagir. No mesmo instante em que Alex Nielsen caiu atravessado pela lança de «Pluma Negra», vários peles-vermelhas entraram sorrateiramente em casa, pelas traseiras, e dominaram com as suas armas quantos se encontravam no salão principal, junto à porta. «Nevada» sentiu nas costas a forte pressão de uma lança que se lhe cravava na carne e desistiu da ideia de puxar do revólver. Após o trágico silêncio que se seguiu à morte do dono do «Três Cruzes», rebentou uma espantosa algaraviada de uivos e gritos, por todos os lados, em sinal de vitória. «Pluma Negra» permaneceu imóvel, ap

PAS640. Coração de mãe nunca se engana

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Não havia nada visível à roda da casa. «Nevada Jim deu de beber à sua montada num tanque alimentado pela água que saía pelo extremo de uma comprida oxidada tubagem. Prendeu depois o animal a um dos ganchos da parede e sacudiu o pó do fato. A seguir dirigiu-se para a cozinha, situado numa das pontas do edifício. Ao aproximar-se da porta, distinguiu as costas de uma mulher que, a julgar pela sua esbelta e graciosa figura, devia ser muito nova. Uma cascata de compridos e negrís­simos cabelos caía-lhe pelos ombros, convertida numa grande trança. — Há de comer? — perguntou. A rapariga virou-se, sobressaltada. Uns belos olhos de um azul intenso, que contrastavam agradavelmente com a sua tez morena, fitaram o intruso, assustados por um segundo. Mas um momento depois, a jovem já se tinha refeito. Coube a vez a «Nevada» Jim de sobressaltar-se, ao contemplar o maravilhoso rosto dela. Por Deus, que bonita e formosa mulher! Convertendo o seu pensamento em palavras, disse: — De que parte do céu caí

PAS639. O juramento do quinto condenado

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Com um amargo sabor na boca, «Nevada» Jim recor­dou aquela noite de dois anos antes, em que se juntara a Nielsen e a três dos seus compinchas, para assaltar a diligência de Cheyenne. Por aquela data, não era conhecido por «Nevada» Jim nem pelo «Risonho», mas sim por «Colorado» Jim... Escolheram-no porque era mister disparar através da escuridão e em determinado momento contra um pequeno cartucho de dinamite colocado sobre uma caixa de explo­sivos. E não havia ninguém, muitas milhas em redor, que fosse capaz de tal façanha com segurança absoluta. Não se quis desculpar a si mesmo quando pensou que não sabia que aqueles quatro homens projetavam assassinar à traição os ocupantes da diligência. Não, não se quis desculpar: era tão culpado como os demais, embora agora se amaldiçoasse por ter acedido a praticar tão vil Acão. Tão-pouco sabia, ao ser contratado, que a diligência levaria uma escolta de soldados que também estavam sentenciados de antemão pelos assaltantes. E menos ainda que uma da

PAS638. Diligência destroçada por cinco facínoras

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Um relâmpago iluminou todo o vale, fazendo ressaltar, nos seus mais pequenos pormenores, os contornos das montanhas, como se fossem desenhados a prata. A mesma luz perfilou a silhueta de uma figura humana a cavalo, imóvel sobre um pequeno promontório, que no conjunto se assemelhava a uma rocha mais entre as que a rodeavam. Não chovia. Mas os relâmpagos e os trovões sucediam-se ininterruptamente e carregavam a atmosfera de uma estranha opressão. Passavam, lentos, os minutos. De súbito, a figura fez girar a montada e desapareceu, veloz, por uma das encostas do montículo. Em baixo, quatro homens aguardavam nas sombras, perto dos seus cavalos. — Que há, «Colorado»? — interrogou um deles. — Vem aí — replicou, um tanto nervoso, o que observara a paisagem. — Em marcha, pois — prosseguiu a voz anterior. — E não se esqueçam das minhas instruções. Se as seguirem à letra, tudo sairá a nosso contento — e olhou significativamente o chamado «Colorado», como se a advertência fosse para ele só. A uma

BUF112. O quinto condenado

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(Coleção Búfalo, nº 112) «Colorado» Jim, também chamado «Nevada» Jim ou «Risonho» Jim condenou cinco homens à morte, porque na sequência do assalto a uma diligência onde viajava a sua mãe esta foi abatida. Próximo do local do ataque abriu 5 sepulturas e aí foi depositando os corpos daqueles de quem se foi vingando. Acontece que «Colorado» era o quinto homem que participara no assalto sem saber que a mãe viajava na diligência. Ele próprio que levou um tiro dos viajantes, ficou ferido no próprio local, sendo tomado por um dos que foram atacados e foi tratado como um sobrevivente. A procura do quarto condenado iria entroncar na estranha história de um jovem raptado pelos índios e criado por estes durante quase uma vintena de anos a quem o pai continuava a procurar. «Colorado» foi abordado por dois indivíduos sem escrúpulos para se fazer passar por esse jovem dadas as semelhanças entre ambos. Ao aceitar participar nessa farsa, acabou por encontrar o quarto homem e uma jovem que lhe fez mud

BUF111. Falso juiz

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(Coleção Búfalo, nº 111)

PAS637. Encontro no panteão

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Contexto da passagem : Amos, o velho vaqueiro que servia Rosemary e tinha assassinado a mãe desta, assassina o banqueiro Sutton e o rancheiro Stag, procurando ficar com o tesouro guardado no panteão. Mas após o seu vil ato, tem uma surpresa Amos riu de maneira horripilante, ao ver os dois cadáveres estendidos no solo. Empurrou-os com os pés, verificando a sua definitiva Imobilidade. Meneou a cabeça. — Tenho tempo — disse. — O narcótico que que lhes pus na ceia fá-los-á dormir doze horas a fio. Amanhã por estas horas estarei muito longe daqui, com meio milhão na bolsa. Tirou do colete a chave do panteão e introduziu-a na fechadura, fazendo-a depois rodar. Ato contínuo, empurrou com as duas mãos os batentes da grade. Permaneceu uns momentos imóvel sob o umbral da entrada. No interior do jazigo havia um túmulo de pedra, destinado evidentemente a conter o ataúde com os restos mortais da mãe de Rosemary. Naquele momento, porém, via-se ali algo mais que a simples lousa de pedra que deveria h

PAS636. Por vezes, a ajuda chega exageradamente cedo

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A fazenda de Sage estava a umas vinte milhas, de modo que chegariam lá ao anoitecer, pelo que deveriam pernoitar ali antes de regressarem. Mal tinham começado a caminhada, Henry viu, com não pouca surpresa, que a rapariga, vestindo roupas masculinas, se lhes juntava. -- Pensei que talvez possam necessitar de ajuda — disse Rosemary. Henry não fez o menor comentário, facto que pareceu dececioná-la. Todavia, também ela nada disse. Era já cerca de meio-dia quando, de repente, ocorreu algo inesperado. Cutts e Amos cavalgavam atrás da manada. Subitamente, duas reses espantaram-se e afastaram-se correndo. — Vou alcançá-las — gritou Rosemary, picando esporas ao cavalo. Henry separou-se uns metros das reses e logo se deteve. Contemplou a cavalgada de Rosemary atrás dos animais tresmalhados. Os outros dois iam à cabeça da manada, um de cada lado. Continuaram o caminho, sem se preocuparem demasiado. Incidentes como aquele eram frequentes numa condução de tal natureza. De repente, Henry viu que as

PAS635. Ataque ao rancho

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O tiro soou para os lados das traseiras da casa. Ambos voltaram, simultaneamente, o rosto naquela direção. Repentinamente, um clarão vermelho penetrou pela janela desse lado. — Estão a arder os telheiros! — gritou a rapariga, correndo para a janela. Henry saltou para a frente. Por sobre as suas cabeças voltou a soar outro tiro. Em baixo, dos currais, elevou-se subitamente um coro de mugidos. — As vacas! — gritou o rapaz. — Vão ficar queimadas! Vou soltá-las! E desatou a correr. Saiu de casa, movendo as pernas com toda a velocidade possível. Mais dois disparos soaram por sobre o tumulto das reses. Desceu a vertente a toda a velocidade. Um dos alpendres ardia já do chão ao telhado, iluminando a casa fantasmagoricamente. Subitamente surgiu diante dele um cavaleiro. Os dois contemplaram-se alguns instantes, com maior surpresa por parte do homem montado que por parte do rapaz. O cavaleiro levava na mão uma tocha, com a qual tencionava incendiar os outros edifícios adjacentes ao rancho. Ao v

PAS634. Um fantasma visita o panteão

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A claridade do luar permitia vê-lo em todos os detalhes. A uns quarenta ou cinquenta metros de distância, uma sombra branca passeava em frente do edifício. Henry passou a mão por diante dos olhos. No primeiro momento julgou tratar-se duma ilusão de ótica, porém, uma nova observação, convenceu-o de que a silhueta branca era algo positivo e real. — Pois bem — murmurou — o que é necessário determinar é se se trata de um espectro ou de uma pessoa em carne e osso. Observou a silhueta uns segundos, vendo-a afastar-se em direção ao panteão. Caminhava lentamente, como se quisesse fazer uma demonstração da sua presença naquele lugar. — Será a alma de Rosemary Jullien? —perguntou a si próprio, estremecendo de horror, mau grado seu. Não se demorou mais. Procurou a porta de saída e, iluminando-se com fósforos, chegou à cozinha, saindo depois. Olhou para o panteão. O fantasma continuava a andar, mas era evidente que o alcançaria em poucos minutos. — Tenho de impedir isso — murmurou, começando a cor

PAS633. O primeiro dia de um vaqueiro no rancho panteão

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Henry olhou em redor. O teto, inclinado, era interrompido de vez em quando pelas saliências de três ou quatro janelas do tipo das de águas furtadas. Assomou a urna delas e distinguiu ao longe, destacando-se obscuramente à luz da Lua na lívida brancura da planície, a sombria massa do panteão. Acudiu-lhe imediatamente uma pergunta aos lábios, mas, por prudência, absteve-se de formulá-la. Estava cansado e desejava dormir, de modo que, escolhendo um catre, despiu-se e deixou-se cair pesadamente, adormecendo no mesmo instante. Despertaram-no quando o sol não tinha ainda nascido. A um canto, havia um lavatório com um jarro e uma bacia. Lavou a cara, passou o pente pelo cabelo revolto, descendo em seguida à cozinha para tornar o pequeno almoço. Quando terminaram, Amos conduziu-o á cavalariça, onde selaram os cavalos, O velhote, para a idade e defeito que possuía era bastante ágil, o que demonstrou ao montar sem ajuda. Saíram do rancho a passo rápido. Amos indicou a rota e durante meia hora ca