Ao chegar à janela para assistir ao embarque do cavalo notou que todos os olhos, agora sem dissimulação, se tinham pousado nele. E pareceu-lhe até ouvir vários suspiros de alivio, como para dar a entender que só agora, ao vê-lo dentro do comboio, se sentiam à vontade. Minutos depois, quando a locomotiva arrancava, com bastante lentidão, ouviu a voz do xerife da porta do gabinete do chefe da estação: — Boa viagem, homem, e nunca mais se lembre de que existe uma povoação chamada Cedar Rock. — Não era necessária a observação, xerife. Ainda a carruagem à janela da qual se encontrava o homem ruivo não tinha chegado à esquina do edifício, quando saiu deste uma mulher jovem e esbelta, com duas pedras nas mãos e duas labaredas de fogo nos olhos. A mulher, colocando-se à beira do cais, dirigiu-se com voz indignada ao homem ruivo: — Eh!, tu, Bob: «perigo de morte», como é que te vais embora sem te despedires de mim? Toma, aí tens o meu presente, para que te lembres sempre de Nelly Craig, a baila