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Mostrando postagens de outubro, 2014

CLT024. "Mão Morta"

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(Coleção Colt, nº 24)

PAS390. Nunca voltes a pronunciar esse nome!

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Escurecia depressa. Charly chegou onde o aguardava «Alud», e de um salto colocou-se na sela. — O que te disse, Jenny. Pergunta a teu avô. E em último caso, ao velho Row... Até outro dia, «Orgulho a cavalo»! E com a sensação de que deixava o mote com uma flecha cravada no coração cheio de soberba daquela criatura, Charly partiu disparado, e encaminhou-se para o rio para o mesmo sitio onde um dia tinha atirado a espingarda dum desconhecido... Quando um momento mais tarde, já completamente de noite, Jenny enfrentou o seu avô, este acolheu-a dando mostras de enfado: — Que diabo tens nas mãos? Fazes que fale com esse repugnante Rodgers. Indicas-me que prolongue a conversa, sem comprometer nada, ate que tu apareças, e passa o tempo sem acudires. Pode saber-se o que pensas? O avô mudou em seguida a expressão ao ver a atitude em que permanecia a jovem. — Que tens, Jenny ? Os grandes olhos da rapariga pareceram ainda maiores, por se aproximar o momento de dizer: — Avô, quem era Noska Ghadock? P

PAS389. O segredo da colina

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Jenny sentia-se furiosa contra si mesma, vendo que não tinha tido o poder suficiente para fazer falar aquele homem. Estava convencida de que com um pouco menos de altivez, por um pouco que as tivesse esforçado por ser amável, Charly teria dito pela certa o que ia fazer no refúgio do velho Row. Havia outro meio para retê-lo. Era mais perigoso, mas ia melhor com o seu carácter. Esse recurso era irritá-lo, feri-lo no mais profundo. Não lhe seria difícil. Apesar da serenidade que Charly tinha demonstrado, a jovem tinha-se dado conta de que picava-o em vivo. — Falhou-lhe a manobra, senhor Garner. Sinto muito. Quando Jenny disse isto, Charly já estava metendo o alazão pelo caminho cercado de rochas. Não se voltou sequer. — Depois de tudo, talvez seja melhor — prosseguiu a rapariga, em tom de cómica compulsão. — O meu avô, se chega ao caso, também sabe castigar, talvez com mais dureza que os Rodgers. Um rugido escapou-se da garganta de Charly. Jenny viu que tinha conseguido o seu propósito ma

PAS388. A chicote e a murro

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Antes que pudesse evitá-lo, aquele anel obrigou-o a andar de costas uns passos. Estrangulava-o. Com ambas as mãos quis tirar a argola, mas nesse momento o laço desapareceu. Ouviu-se outro barulho, e a estranha cobra enrolou-se-lhe nas pernas e derrubou-o. Ao mesmo tempo que rolava no chão dava-se conta do que acontecia. No centro da ampla rua, um indivíduo de brilhantes polainas de couro e trajo de veludo azul, com uma fivela de prata, manejava um chicote. O seu rosto, intensamente moreno, mostrava uma dentadura branquíssima, um bigode negro, cuidadosamente tratado. Ouviram-se alguns risos. A Charly pareceu-lhe que era a dona dos cães que exclamava: — Muito bem, Rodgers! Obrigado!... O indivíduo vestido de veludo azul pareceu erguer-se mais na sua esbelta figura. De novo, com um sinal lânguido, cheio de segurança, levantou o chicote e descarregou-o sobre o corpo caído de Charly. Este parecia aturdido. Não obstante, observava atentamente, o seu agressor. Viu que não levava revólver, e n

PAS387. Um «cow-boy» que domava cães

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Charly acabava de fazer um cigarro e acendeu-o. Foi ao levantar a cara para lançar uma nuvem de fumo, que reparou nos cães. Na carruagem havia dois soberbos mastins cruzados de lobo. Ali estavam com o seu corpo macio e gordo, peito largo, e pelo comprido e macio, e umas patas magníficas. Tinham a boca entreaberta, um bocado de língua de fora, que estremecia, como uma bandeira flutuando. Os seus olhos húmidos, cheios de luz, olhavam um pouco adormecidos, ausentes. Ali estava a armadilha do azar que Charly não soube ver. O Destino tinha jogado limpo. Tinha-lhe dado dois avisos. Sabia o que tinha acontecido ao «Patas». Não ignorava o que sucedeu a um tal Karker. Também podia ser que o azar lhe tivesse dado o incentivo do perigo para que Charly se sentisse tentado a provar a sorte. Na realidade, ele conhecia demasiado os cães para saber como devia atuar. Mas o que Row lhe disse depois: «E aos seres de duas «patas», conhece-los bastante?» Quando Garner se aproximou do «buggy», deteve-se, e

PAS386. A campa duma mulher que amou os cães

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Afastou os arbustos que cobriam a pedra e leu: «Aqui descansa NOSKA GHADOCK Amou os cães e aos homens, nem sequer os odiou» Charly Garner, depois de ficar quieto uns momentos, pensativo olhando a inscrição, soltou os arbustos e estes voltaram a cobrir a pedra. Ao levantar-se, puxou o coldre que se tinha desviado para trás, pondo-o mais ao alcance da sua mão. Voltou-se com os olhos secos, a olhar o vale. Além, ao longe, os pastos verdejantes e amarelos. A planície parda, com o raio de prata de um rio... Por um momento, sentiu-se aturdido por uma avalanche de recordações que lhe caíam em cima. Encontrava--se no alto duma colina, donde se dominava uma imensa paisagem. Voltou-se rápido para a pedra, e afastou de novo os arbustos. Mas agora fê-lo tão violentamente, que alguns troncos quebraram. As letras daquela inscrição estavam gravadas com bastante profundidade, e todas tinham um traço seguro.  «As mãos do velho Row eram duras e seguras — pensou. — Talvez já não o sejam. Os anos passara

CLT023. A colina da morte

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(Coleção Colt, nº 23)     Que segredo escondia aquela sepultura e qual a sua relação com a mais poderosa proprietária daquela terra? Recém-chegado à terra natal, de onde se tinha ausentado alguns anos antes, Charly Garner deparou-se com uma jovem arrogante, proprietária de dois mastins que não hesitava em lançar às pessoas quando se sentia incomodada por estas. Mas na vida da jovem havia algo no passado que a obrigou a reconsiderar a sua atitude e a alterar o comportamento. Isso foi o segredo que aquele local, pela voz de Charly, um dia lhe deu a conhecer. Eis uma novela com honras de primeira publicação na Coleção Bisonte e, alguns anos depois, na Coleção Colt. A sua qualidade é igual à de tantas outras, por isso, a esta distância não percebemos a razão, dada a proliferação de novelas da Bruguera e do senhor Rolcest por esta altura. A capa, assinada por Bernal, é bem menos significativa que a da Bisonte, em clara sintonia com a novela. Aliás, a presente até é bem esquisita com os dife

CLT022. O ressuscitado

(Coleção Colt, nº 22). Capa e texto indisponíveis

CLT021. O vale do ódio

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(Coleção Colt, nº 21)

CLF030. Um alto forasteiro

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(Coleção Califórnia, nº30)

CLF029. Trágica vaidade

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(Coleção Califórnia, nº29)

CLF028. O «Poquer» da morte

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(Coleção Califórnia, nº28)

CLF027. Mulheres com pistolas

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(Coleção Califórnia, nº27)

CLF026. San Francisco

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(Coleção Califórnia, nº26)

CLF025. Balas com destino

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(Coleção Califórnia, nº25)

CLF024. Mãos trágicas

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(Coleção Califórnia, nº24)

CLF023. Um tiro pelas costas

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(Coleção Califórnia, nº23)

CLF022. Agente especial

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(Coleção Califórnia, nº22)

CLF021. Tributo sangrento

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(Coleção Califórnia, nº21)

PAS385. Um punhal a enterrar-se num corpo de mulher

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Katia Simmons tinha-se acabado de vestir quando Johnny entrou, sem bater. — Olá, Katia. A jovem soltou um grito. — Johnny... Vai-te embora! Vai, por amor de Deus! — Vim buscar-te, Katia. Ela deixou-se cair de joelhos, soluçando. Johnny tentou dizer-lhe qualquer coisa que a consolasse, mas não encontrou palavras. — Katia... Ela levantou o rosto, com os olhos marejados de lágrimas. — Porque vieste, Johnny? Sabes que não posso olhar para ti. Que nunca mais poderei olhar para homem nenhum! — Pelo menos terás que ver três, Katia. Ela não respondeu. — A mim e aos Topek, quando estiverem banhados em sangue. — Johnny, vai-te... — Sabes? Já encomendei duas campas juntas, no cemitério de Denver. — Endoideceste, Johnny. Estás sozinho numa cidade maldita, onde todos são teus inimigos. Johnny sorriu.  — Melhor, assim, quando disparar não há enganos possíveis. — Johnny, não queiras morrer aqui. É melhor aquele vale do Arizona, onde bebem água barrenta. Pelo menos, então éramos. éramos... Não se atre

PAS384. Violação

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Fred Topek disse em voz baixa: — Por aqui. Os três cavalos foram habilmente conduzidos pelos seus cavaleiros, e moviam-se na escuridão como autênticos fantasmas, sem que os cascos fizessem o menor ruído sobre a erva húmida. Por indicação de Fred, os seus dois irmãos desviaram o rumo das montadas. O lugar para onde se dirigiam era sem dúvida um bosque cerrado, que ficava a umas dez milhas de Denver, bosque que na escuridão da noite parecia o lugar mais afastado e mais solitário do mundo. Michael riu nervoso. — A rapariga já nem se mexe, hem? — Antes assim. Realmente, Katia estava amarrada, imóvel, como um fardo, à sela de Fred Topek. Lutara desesperadamente para se libertar antes de sair de Denver, quando ainda tinha esperança de receber auxílio. Mas Fred Topek, depois de lhe tapar a boca com uma mão batera-lhe selvaticamente, com fúria, até quase a fazer perder os sentidos. E agora a dez milhas da cidade, Katia vira a inutilidade de continuar a lutar. Só a esperança que alguém tivesse

PAS383. Baleado por uma mulher

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Era uma mulher absolutamente excecional. Johnny Temple que estava farto de ver mulheres bonitas, até ficou gago ao ver esta. Não era Katia. Esta era mais jovem, mais elegante. Da mesma maneira que uma pessoa ao ver Katia pensava que ela tinha nascido pobre e agora trabalhava num «saloon», ao ver esta teria a certeza de que tinha nascido princesa e agora era a mulher mais rica do território. Johnny pensou isso, quando abriu a porta. Ela, que tinha estado sentada junto à cama, perto do cadáver de Reynols, pôs-se em pé. Era alta, muito alta e bem-feita, santo Deus! Com uma mulher assim, todas as coisas deviam ser bisadas... Trazia um vestido negro, sapatos negros e meias da mesma cor. Era uma rapariga a quem ficava bem o luto. Tinha os cabelos loiros, debaixo dum gracioso e diminuto chapéu. Perguntou a Johnny: — Senhor Temple ? — Talvez. Desde que a vi não tenho a certeza de nada... — Porque não entra? — Tem razão. Este quarto é meu... Já não me lembrava. — Deve estar muito admirado de me

PAS382. Contemplação

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Johnny assomou à varanda. A mesma coisa de sempre. Denver tinha sido e seria sempre assim. Cavalos, suor, poeira, revólveres e... mulheres bonitas. Sobretudo mulheres bonitas. Talvez houvesse mais salas de jogos e homens armados também. Dali, Johnny via as cortinas avermelhadas do «saloon» «A BELA MORTE». Por detrás de uma daquelas cortinas estava Katia; devia estar, pelo menos. Envolta em perfumes, sedas, joias e todos os elementos que sempre tinham constituído a sua vida. — E homens? Talvez um? Não. Katia Simmons tinha gostado sempre de coisas caras e os homens são desprezivelmente baratos.

EXTRA001. O diabo visita Denver

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Nota Prévia : para além dos volumes normais, a Editorial Íbis organizava para as suas coleções que temos vindo a referenciar, volumes que se pretendia duplos, de início preenchidos por uma novela mais longa ou com letra maior, depois preenchidos por duas novelas. Como não dispomos da maior desses livros, vamos proceder a uma apresentação casuística, referindo esses livros pelo radical EXTRA. Começamos com uma novela Silver Kane.   O agente federal Johnny Temple foi convocado pelos superiores para se encarregar de nova missão: matar uma mulher que em Denver comandava uma quadrilha capaz dos maiores crimes, a partir de um saloon de que era detentora. Curiosamente, essa mulher tinha estado noiva de Johnny três anos antes. A coisa complicou-se com mais uma mulher que resolvera adotar a identidade de outra com quem Johnny se relacionara e tinha sido assassinada. O agente federal vê-se sozinho rodeado de inimigos pelos mais diversos motivos e em breve demonstra que é um verdadeiro diabo a qu

KNS020. Ordem de deserção

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(Coleção Kansas, nº 20)   E quem não desertaria depois de conhecer aquela beleza? Uma interpretação fantástica de Emilio Freixas.

KNS019. Acossado!

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(Coleção Kansas, nº 19)

KNS018. O chicote justiceiro

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(Coleção Kansas, nº 18)

KNS017. O flagelo da fronteira

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(Coleção Kansas, nº 17)

PAS381. Uma herança pobre mas reveladora

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Sterling sentiu uma coisa estranha ao receber o sobrescrito, julgou que o ia deixar escorregar das mãos. Não sabia porquê, mas relacionava-o com o que procurava há tanto tempo e a emoção esteve a ponto de trai-lo. Com um terrível esforço, guardou o envelope na algibeira. — Muito obrigado pela sua amabilidade. Como o meu pai mandava fotografias a essa revista, deve ser alguma coisa mais valiosa por não ser fácil repeti-las e por isso confiou-as a si. Desejando estar só para o examinar, despediu-se do banqueiro, e rapidamente, sem se deter na rua, montou a cavalo e afastou-se da povoação. Queria examinar a sós o seu conteúdo, porque podia ser algo que fosse necessário manter secreto. Quando se viu fora do povoado, sentou-se numa pedra e com muito cuidado rasgou o envelope depois de ter desatado a fita. Envolta num pedaço de tela que dava várias voltas, descobriu uma chapa. Além disso havia uma carta extensa, e Sterling, a primeira coisa que fez foi expor à luz do Sol o negativo para ver

PAS380. Uma longa declaração ao pôr do Sol

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A jovem e o rapaz sentaram-se num rochedo e ficaram silenciosos a contemplar a paisagem árida e solitária que, ao tingir-se com os tons violáceos do pôr-do-sol, adquiria matizes estranhos e fascinantes. Nenhum dos dois parecia decidir-se a falar. Estavam ambos embrenhados em profundos pensamentos. Foi Devis a primeira a romper o silêncio para dizer: — Quando isto tudo acabar... se acabar bem... depois voltarás para o teu lugar no rancho e... sem lar e carinhos paternais que te atraíam... Ele não a deixou terminar: — Sentirias que eu não voltasse aqui? — Claro que sim. Vivemos solitárias, sem amigos... conhecemo-nos desde pequenos e brincámos juntos. Foste extraordinário para connosco e sentimo-nos muito gratas. Por que não havíamos de sentir a tua falta? — Eu também sentiria muito a falta de ti — disse ele — e não seria fácil esquecer-te. Mas por que não haveria de voltar? — Não sei... as tuas raízes aqui secaram. — Não poderão nascer outras novas? -- Onde e como? O deserto não é propí

PAS379. A morte de um fotógrafo errante

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Numa mísera cabana, junto ao rio, a umas seis milhas do povoado, habitava um tipo bastante estranho, mas muito conhecido nos arredores, principalmente pelos índios das Reservas mais próximas. Na sua juventude tinha trabalhado como ajudante de um fotógrafo de feira. Com ele, percorria os povoados, particularmente nas épocas festivas, aproveitando essas oportunidades para tirar fotografias a vaqueiros ricos, a casais de noivos e a grupos de amigos ou de famílias inteiras, que só quando deparavam com fotógrafos ambulantes podiam satisfazer o capricho de se retratarem a sós ou em grupo, para conservarem aquela recordação através dos tempos. Ives Hyan, que assim se chamava o fotógrafo, tinha conseguido economizar uns dólares e adquirir uma máquina própria, com a qual se tornou independente do seu patrão, e como conhecia bem a região e ofício, decidiu trabalhar por conta própria. Ives tinha sido casado. Tinha um filho do matrimónio que nada se parecia com o pai, pois enquanto este era baixit

KNS016. A morte no deserto

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(Coleção Kansas, nº 16) Um homem que negociava em ranchos e gado apareceu morto, enforcado numa árvore em circunstâncias estranhas que alguns pensaram tratar-se de suicídio. Assim o pensaram as entidades oficiais. Mas um fotógrafo errante tinha presenciado tudo e decidiu tirar partido da situação e criar condições para o castigo dos criminosos. A verdade é que algum tempo depois ele apareceu morto com todo o espólio revolvido e parte dele destruído. O filho, Sterling, resolveu então investigar o que levou à morte do fotógrafo e uma estranha carta depositada no banco acaba por esclarecer toda a situação. Esta novela de Fidel Prado seria excelente para um filme com escassez de meios, essencialmente, a nível humano. Nela intervêm menos de dez pessoas e o autor consegue preencher as cento e tal páginas da mesma com extensos diálogos entre Sterling e a bela Devis ou com a carta do malogrado fotógrafo. É no entanto agradável de ler, tratando-se de um belo exemplar da Coleção kansas e deste a