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Mostrando postagens de janeiro, 2017

PAS717. Massacre ao fim da tarde em dia de festa

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Todos os anos se realizava em Carson City uma festa que não podia comparar-se a qualquer outra; era diferente, e extraordinária. Uma infinidade de forasteiros vinha de todas as cidades em redor. Durava/ três dias, a festa. Três dias de uma espécie de loucura coletiva e ao mesmo tempo ingénua, três dias de divertimentos. Eram os rapazes que a gozavam mais intensamente. Eram eles os que esperavam a festa com maior impaciência. E, quando ela terminava, apoderava-se deles a nostalgia, durante algum tempo — e depois recomeçavam a sonhar com o ano próximo, para reviverem uma vez mais as proezas dos cavaleiros e a destreza ímpar dos que faziam alarde de espantosa pontaria, acertando em moedas atiradas ao ar. Carson City vivia novamente a realidade dos seus dias grandes, e uma multidão pletórica de alegria buliçosa enchia as suas ruas. As mulheres exibiam as suas melhores galas; os vaqueiros, orgulhosos de si mesmos, andavam atrás delas; os «saloons» estavam cheios. E os garotos, comendo gulos

BIS127. Chumbo quente

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(Coleção Bisonte, nº 127)    A narrativa deste livro inicia-se em Carson City e prossegue alguns anos depois em Lighty sem se perceber muito bem a conexão entre prólogo e texto principal. Fica a sensação que o menino que escapou ao massacre é o xerife de Lighty, mas, em parte alguma, o autor o refere. Aliás toda a sensação da obra é que as coisas acontecem sem se saber porquê. Os bandidos são bandidos porque são bandidos. O xerife, é… Há, apesar de tudo, algumas passagens interessantes pela capacidade de narrativa de Fletcher. Vamos deixar essas passagens sem, avisamos desde já o leitor, sentirmos um fio condutor no que se apresenta. O livro tem mais uma excelente capa de Longeron, não se sabe se inspirado nesta novela se noutra de Fletcher…  

BIS125. O rancho diabo

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(Coleção Bisonte, nº 125)    Este livro, com outro título, tem o mesmo texto que já encontrámos em «Isto não é contigo!». Mais uma vez chamamos a atenção para esta prática da APR de publicar o mesmo livro com nomes diferentes. Neste caso, chegou a mudar o nome do autor, aqui, A. G Murphy, na obra da Arizona, Uriah Moltan. Aqui chegados só nos resta reproduzir o que dissemos em relação à outra obra com este pequeno elemento de precisão: o livro da Bisonte terá sido publicado uns quatro anos antes do da Arizona… «Charles Derek é um vagabundo expulso dos rurais por se embebedar com frequência. O seu eterno deambular levou-o até Pecos onde veio a conhecer que um seu antigo companheiro ali tinha sido assassinado o mesmo acontecendo a um conjunto de madeireiros que se preparavam para desbastar um bosque. «O próprio facto de ter sido sujeito a um processo de violência por um conjunto de indivíduos menos escrupulosos a soldo de Howard Charisse fez com que procurasse reabilitar-se e interessar-

BIS124. Os endemoniados

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  (Coleção Bisonte, nº 124)   Alguns dias depois de ter sido admitido no rancho de David Corby, o jovem Jack Hewitt foi surpreendido pela indesejável visita de três facínoras que importunaram a bela Katy e o humilharam. Aproveitando um momento em que não o estavam a observar, atacou-os com café a ferver e uma arma e o resultado foi devastador: cegou um deles, maltratou outro e feriu um terceiro. Começou aí uma história de ódio dos três meliantes perante o rapaz os quais julgaram vingança. Quem pareceu não ter ficado muito satisfeito com a atuação de Jack foi o dono do rancho que lho manifestou e acabou por sugerir-lhe que se afastasse. Jack afastou-se em silêncio, mas todos estranharam a sua atitude inclusivamente a bela Katy que se despediu dele da mais terna das formas. Jack nunca revelou o que o tinha afastado do rancho, mas o desenvolvimento posterior da novela veio a revelar-nos a estranha relação de Corby com os meliantes e a trazer um desenvolvimento mais consentâneo com os inte

BIS123. A assassina de Bodie

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(Coleção Bisonte, nº 123)   A ação desta novela passa-se no condado de Bodie, Califórnia. Mara Macrae era uma opulenta proprietária cujo rancho tinha mais de oito milhas de comprimento por seis de largura. O capricho dos agrimensores que traçaram o desenho dos ranchos em momento de concessão fez com que um pequeno enclave situado numa extremidade pertencesse a um dos seus vizinhos, Paige. Esse pequeno pedaço de terreno parecia não ter qualquer valor, mas, um dia, o capataz de Mara descobriu no mesmo uma borbulhagem escura cuja natureza imediatamente definiu: Petróleo! Havia petróleo no pequeno enclave junto ao rancho de Mara. Procurando tirar partido da situação (o capataz tinha uma paixão louca ela patroa), informou-a, mas a formosa e rica rancheira não quis sócios. Abateu o capataz e procurou negociar a bem a compra do enclave. Perante a recusa dos legítimos proprietários, lançou-se numa cruzada criminosa e louca que acabou por se virar contra ela. Eis um livro interessante, bem cont

BIS122. Mike, o troçado

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(Coleção Bisonte, nº 122)  Mike Morgan era sem dúvida o melhor cavaleiro, o mais eficiente e cordato dos peões que jamais trabalharam no rancho do «Circulo Cross» propriedade do velho Joyce, pai da bela Cristy. Mas parecia faltar a Mike a principal qualidade que, no oeste, se exige a um homem: a valentia pessoal. Isso levava a que muitos o não respeitassem e até tentassem troçar dele. A verdade é que, nas palavras do próprio Mike, até um cobarde deixa de o ser e o passar de uma quadrilha conhecida do terrível Crew por aquelas terras fez com que a verdadeira história de Mike viesse a ser conhecida. Este é mais um livro de Jess Mc Carr, um livro interessante, mas sem o brilho dos anteriores. Mais uma vez o velho bandido que se quer regenerar está junto de uma “família de acolhimento” e impressiona a beldade da mesma. A capa, não assinada, é magnífica, mostrando um pormenor da luta de Mike contra os malfeitores, procurando proteger a vida da bela Cristy…

BIS121. Febre da prata

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  Este livro segue uma fórmula um tanto parecida com «Seis quadrilheiros» do mesmo autor e que comentámos recentemente: uma rapariga, por sinal muito bonita, que acompanhava o irmão na exploração de um filão de ouro ficou sozinha neste mundo porco, pejado de mineiros sujos e pouco honestos quando o irmão foi assassinado com o óbvio intuito de alguém se apoderar da sua produtiva mina. O vaqueiro Carey Rains, também ele convertido à pesquisa de metais preciosos, auxiliou a jovem, associou-se com ela e ajudou-a manter a exploração. Os ataques e as mortes foram-se sucedendo até que os jovens puderam ser felizes para sempre. A capa do livro não tem o atrativo de «Seis quadrilheiros» e a descrição do autor também não é geradora de passagens. Por isso, terminamos aqui a referência

PAS716. «Pequena Estrela» corre perigo

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Em face da insistência dos dois irmãos, Glen decidiu adiar a sua partida por mais dois dias, até estar completamente restabelecido. O rapaz acedeu para não parecer ingrato, mas estava desejoso de sair dali, porque notara que «Pequena Estrela» se estava a apaixonar por ele, e se o que ele descobrira também fora notado por «Antílope Veloz», não queria nem pensar no que podia acontecer. O melhor era ir-se embora, e quanto anos. De resto, a beleza, a bondade e os cuidados da jovem e formosa índia não tinham deixado insensível o coração do vaqueiro, e isso podia complicar as coisas de tal maneira que todos tivessem de lamentar que os abutres não o houvessem comido. Quatro dias depois, Glen despediu-se de «Pena Azul», «Pequena Estrela» e «Antílope Veloz», e tomou o rumo do leste. Esperou a noite para partir, porque lhe pareceu mais seguro, e o chefe dos «yumas» concordou com ele. Se alguém espiava pelos arredores do acampamento, ser-lhe-ia difícil distinguir quem saía. Como Glenn não tinha p

PAS715. Salvo pelos índios

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Quando o grupo de índios «yumas» se dispôs a regressar ao seu acampamento, depois de percorrer grande parte das margens do Gila, um deles aproximou do que parecia ser o chefe e disse-lhe na sua língua: — Passa-se qualquer coisa ali em cima, «Pena Azul» — e apontou na direção contrária à do curso de água. — Por que dizes isso? — Vi muitos pássaros carnívoros. — Por estes lados há muitos. -- Mas não voam sempre à volta do mesmo sítio. — Leva-me lá. O guerreiro índio virou o cavalo e partiu a galope, seguido de «Pena Azul». Oito ou dez minutos depois, os dois peles-vermelhas observavam, do alto de urna colina rochosa, os grandes círculos que os abutres descreviam à volta de qualquer coisa que eles não podiam ver. — Deve ser algum cão das pradarias o que chama a atenção desses pássaros. Nenhum homem se atreveria a meter-se no deserto, e ainda menos pelo rio. — Quer que averigue? — Não, irei eu — disse o chefe «yuma». — Tu fica aqui, para o caso de precisar de ti. «Pena Azul» fustigou o cav

PAS714. O perseguido cai esgotado no deserto

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Quando Glen se viu nos arredores da povoação, montou a cavalo e, sem esperar mais, obrigou-o a empreender um galope desenfreado. Sabia que não tardariam a descobrir o logro e que então o perseguiriam com dupla razão e com mais empenho. Tinha de se afastar quanto lhe fosse possível, para que não o pudessem capturar. Durante parte da noite, galopou sem cessar, apenas concedendo ao cavalo os descansos indispensáveis para que o animal não se esgotasse. Quando estivesse longe dos seus inimigos, poderia deter-se e descansar. A ferida doía-lhe cada vez mais e o sangue cobria-lhe toda a perna das calças. Não tinha nada com o que se ligar e conter a hemorragia, a qual, embora não fosse muito considerável, era suficiente para temer o pior, se durante toda a noite não a pudesse conter. Colocou um lenço na ferida e apertou-o com a mão. Aquilo era um remédio momentâneo, mas que carecia da eficácia suficiente e necessária. Já de madrugada, tirou o lenço todo encharcado de sangue e pôs o que trazia a

ARZ130. O perseguido

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(Coleção Arizona, nº130)   Glen Garret fugia dos homens brancos e acabou por ser salvo da morte por índios que nem o conheciam. Deparou então com a belíssima «Pequena Estrela» em relação à qual ficou com uma dívida de gratidão. Regressado ao mundo civilizado, onde veio a ser declarada a sua inocência, veio a ter conhecimento de ataques dos índios chefiados pelo terrível Gerónimo e acabou por reencontrar a sua amiga num forte na companhia de «Antílope Veloz», um «yuma» que aparentava um comportamento estranho. Afinal este índio era um colaborador do chefe índio rebelde e tinha a missão de obter favores de alguns soldados a troco de ouro… Este é um daqueles livros que daria um excelente filme do Oeste apesar de alguma fragilidade do argumento. A linguagem de Dinahe é, de início, um pouco atabalhoada, mas depois torna-se escorreita e a leitura agradável.

ARZ129. O "amigo" traidor

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  (Coleção Arizona, nº129)   Sem se perceber bem porquê, Hardy Marsh é procurado na cidade de Chacal City quando se preparava para cear com a bela Sarah Loman, a pedido de um amigo a quem o rancheiro Sam Delicado queria enforcar como ladrão de gado por o ter apanhado depois de ele ter abatido uma vitela para comer. Hardy era um homem duro e conseguiu salvar o amigo que não o quis acompanhar e partiu com três mexicanos de má catadura. Hardy acabou por ser contratado por Sam e veio mesmo a convencer-se que o seu amigo era um bandido acabando por lhe dar combate apoiando o rancheiro. Nesta história, contada na primeira pessoa, Hardy acaba por voltar aos braços de Sarah, recusando os encantos da filha do rancheiro.

ARZ128. Choque de ambições

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(Coleção Arizona, nº128)  Os irmãos Karen e Stan Webster chegaram a Lansing com o objetivo de tomarem posse da herança deixada por um tio recentemente falecido, mas, mal deram os primeiros passos nessa cidade, puderam concluir que a sua estadia não seria fácil, dado que a rapariga foi humilhada e o irmão sovado por um par de brutos. Valeu-lhes um terceiro indivíduo, um verdadeiro homem do Oeste, rápido com as armas e exímio lutador que pôs os dois homens em fuga depois de lhes dar uma lição. Lex Burton era um homem que procurava não matar aqueles com quem se defrontava, mas inutilizava-lhes as mãos e tinha por isso a alcunha de «Hands». Vieram então saber que havia uma terceira pessoa a competir com eles para a partilha da herança o qual ainda por cima os informou que esta não era a mais desejada: o rancho assentava sobre pedra, a casa estava destruída e a principal riqueza visível era uma nascente de água (a qual era utilizada por rancheiros das redondezas para as suas terras). Karen

PAS713. Patriotismo de salteador

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Dois dias depois do frustrado atentado contra Morélia, a fazenda dos Benitez era arrasada pelos saqueadores. Os cadáveres dos seus habitantes foram enviados para Santo António, e a sua chegada provocou a indignação geral. Formaram-se imediatamente grupos de voluntários que se lançaram numa batida pela comarca. Mas os assaltantes não deixavam vestígios da sua passagem, e não havia, pelo contrário, gente suficiente para proteger todas as fazendas e ranchos. Sara Carlisle estava na rua quando chegaram as novas vítimas. Pôs-se muito pálida, tentando retroceder. Ao fazê-lo, deu de caras com alguém que estava atrás dela. Era Edison Ware, o lojista. — Menina Carlisle, preciso de lhe falar. — E eu não tenho o menor interesse em fazê-lo, senhor Ware. Faça o favor de se afastar. — Dissimule e não se volte — disse ele, sujeitando-a por um braço. Quero dizer-lhe que você tinha razão. É preciso acabar com Terry Charles. — O senhor avisou-o contra mim e recomendou-lhe que matasse Morélia. — Sim, jul

PAS712. Oração sobre a capacidade de resitência do povo mexicano

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Em dois carros foram conduzidos a Santo António os cadáveres da gente da fazenda Ramos. Sara Carlisle estava no quarto do seu hotel quando ouviu. os gritos na rua. Abriu a janela da varanda precisamente quando os carros passavam em frente do hotel, detendo-se ali. — Meus Deus, mataram mulheres e crianças — murmurou horrorizada. Cobriu a boca com a mão, retrocedendo. Os carros continuavam parados. — Por que não continuarão o caminho? — inquiriu a meia voz. — Fi-los deter para que você pudesse vê-los — ouviu dizer atrás. Voltou-se. Um homem vestido de preto, de cabelos encanecidos e olhos muito escuros, estava junto da porta. Vestia com elegância e a sua voz era suave e educada. — Quem é o senhor? O homem atravessou o quarto e assomou à varanda, fazendo um sinal. No mesmo instante os carros fúnebres continuaram o seu caminho. O homem voltou-se então para Sara Carlisle. — Sou o ajudante do senhor governador. Perdoe-me que tivesse entrado sem me fazer anunciar. Supus que não lhe agradasse

ARZ127. Os conspiradores do Texas

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(Coleção Arizona, nº127)  Sam Houston foi uma figura chave na história do Texas, tendo uma grande participação na independência desse estado do México. Após a independência, passou a ocupar diversos cargos no Texas, incluindo os cargos de Presidente da República do Texas, Senador e, também, Governador desse estado depois de sua união aos Estados Unidos, tendo a cidade americana de Houston recebido esse nome em sua homenagem. A ação deste livro insere-se nesse processo complexo e sanguinário que foi a independência do Texas. Houston terá contratado uma jovem e bela mulher para se insinuar entre alguns comerciantes brancos residentes em Santo António no sentido de os aliciar para a causa. Em simultâneo, um conjunto de salteadores desencadearia um conjunto de ataques cujo objetivo era semear o pânico e pedir a própria intervenção das tropas de Houston dada a distância e impossibilidade de recurso às tropas mexicanas. Acontece que a ação desses homens foi tão violenta que a mulher, Sara Ca

PAS711. Beijo de «Furacão»

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Quem passasse pela rua principal de Mannpyn, poderia testemunhar que o candeeiro se manteve aceso no gabinete do xerife pela noite fora e se espreitasse pela janela veria Winston Orwell a falar voltado para Elizabeth O'Casey's, que ocupava uma das cadeiras, de costas para o assassino do pai, sentado a um canto do compartimento, visivelmente sem interesse cm tomar parte no diálogo. Ninguém, no entanto, tinha conhecimento do assunto tratado naquela conferência à porta fechada. Não se via vivalma na rua deserta, quando o xerife saiu do seu gabinete, precedido pela filha de O'Casey's e pelo forasteiro. Elizabeth aparentava uma maior calma. Desprendeu as rédeas da sua montada e ajudada por Winston subiu para o cavalo. Na sua retaguarda, o forasteiro fazia o mesmo na sua montada e, facto curioso, empunhava a arma com que ela desejara matá-lo. Assim que Elizabeth se apercebeu que ele se dispunha a acompanhá-la, advertiu-o: — Não preciso de companhia. Sei bem o caminho! — Nunca

BIS121. Febre da prata

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(Coleção Bisonte, nº 121)   Este livro segue uma fórmula um tanto parecida com «Seis quadrilheiros» do mesmo autor e que comentámos recentemente: uma rapariga, por sinal muito bonita, que acompanhava o irmão na exploração de um filão de ouro ficou sozinha neste mundo porco, pejado de mineiros sujos e pouco honestos quando o irmão foi assassinado com o óbvio intuito de alguém se apoderar da sua produtiva mina. O vaqueiro Carey Rains, também ele convertido à pesquisa de metais preciosos, auxiliou a jovem, associou-se com ela e ajudou-a manter a exploração. Os ataques e as mortes foram-se sucedendo até que os jovens puderam ser felizes para sempre. A capa do livro não tem o atrativo de «Seis quadrilheiros» e a descrição do autor também não é geradora de passagens. Por isso, terminamos aqui a referência

PAS710. A mulher que procurava vingança

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A aparição súbita do forasteiro, que eliminara Gerard O'Casey's no saloon de John Knight, esfriou, momentaneamente, o ambiente geral. Aquele homem que dissera chamar-se «Furacão» sentiu-se alvo de todos os olhares, quando caminhou para o balcão. — Uísque. Knight não escondeu a sua má vontade em servir um cliente daquele género. Se outro rancor não tivesse, bastava-lhe o facto de ter matado Gerard O'Casey's. Não era porque chorasse por ele, mas O'Casey's era um dos seus melhores fregueses... Bateu com o copo sobre o balcão na frente do cow-boy e encheu-o de líquido. O «Furacão» levou-o aos lábios e sorveu o conteúdo de uma só golada. Na fileira de homens que se juntavam na frente do balcão, avistou o xerife Winston Orwell, de costas para as prateleiras de garrafas, a olhar, distraidamente, para o resto do estabelecimento. Chamou John Knight e, quando este se dispôs a vir atendê-lo, depois de servir dois ou três clientes, disse-lhe: — Ponha aí dois copos e diga ao

PAS709. Um «Furacão» chega ao local da ação

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Mannpyn era, na época em que decorre este episódio, um povoado progressivo, com as suas casas de tijolo, algumas com um encantador jardim florido a colorir a singeleza da fachada. Winston Orwell, homem possante e musculoso, que respondia pela manutenção da Lei naquela terra e era dos poucos que ostentavam, suspensos em coldres de couro lavrado, dois enormes 45, encostou-se à porta do seu gabinete e, enquanto fazia, pacientemente, um cigarro ficou a olhar o movimento que se verificava na rua principal. O rosto redondo do velho armeiro Alfred Wolf, emoldurado por uma farta barbicha branca, abriu-se num sorriso e acenou-lhe, amigavelmente, com a mão. Sentado nos degraus de madeira à porta do seu estabelecimento, Alfred limpava o cano de uma carabina com uma vareta comprida. Wolf amava as armas, tanto quanto os poetas amam as aves. Mais abaixo, duas portas abertas davam entrada para o armazém de víveres de Guy Standish, onde se vendia de tudo, desde o bom fato para o rancheiro abastado, já

ARZ126. Um homem chamado "Furacão"

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(Coleção Arizona, nº126) Não se sabe bem porquê, um homem chamado “Furacão” chegou a uma povoação chamada Mannpyn e abateu em duelo um rancheiro, mal este o viu e reconheceu. Ele procurava esse e mais dois homens os quais viviam disfarçados como pessoas honestas depois de, na versão do matador, terem cometido bastos assaltos em que ele também tinha participado e pelos quais tinha cumprido pena de prisão. John Washington não esclarece os motivos deste ajuste de contas mas tudo leva a crer ter existido uma traição daqueles homens relativamente ao ex-presidiário o qual acaba por se relacionar com a filha do primeiro daqueles homens. Afinal, a rapariga é vítima de roubos por parte de alguns dos seus empregados e vai contar com a sua ajuda para acabar com esses malfeitores. A novela é agradável de ler mau grado alguma inconsistência no argumento. Onde se nota alguma falha é na caraterização espacial. Washington, um pseudónimo para Joaquim Ferreira Martins, descreve bem, logo de início, o lo

ARZ125. O filho do salteador

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(Coleção Arizona, nº125)  Tex Membor colaborava com o pai e um conjunto de homens nos assaltos que eles realizavam. Um dia surpreendeu os seus companheiros com uma estranha revelação: ele queria ser um «rural», queria seguir a vida de polícia. Tal caiu como uma bomba no seio da quadrilha que se desfez. E Tex partiu. Na sua caminhada para se integrar nos «rurais», Tex relacionou-se com uma família que detinha um rancho onde alguns factos estranhos se passavam. O nosso pretendente a «rural» começou por salvar a vida da jovem Alice de um bando de facínoras e, na sequência da oferta de hospitalidade por parte do pai desta, veio a descobrir que pessoas que viviam no rancho tinham um comportamento pouco saudável. Conseguiria Tex vir a integrar-se nos «rurais»? Ou o apelo da bela filha do rancheiro seria mais forte? Eis mais um livro de Uriah Malthon que temos a sensação de já ter lido noutra coleção. Vamos a ver se descobrimos qual…  

PAS708. O vagabundo amrgurado encontra a bela do cavalo branco

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Espicaçou o cavalo e perdeu-se a caminho do lago. Não sabia verdadeiramente a razão pela qual se dirigia para aquele lugar e não para outro qualquer. Não tinha a intenção de tomar banho, como dissera à senhora Allison, nem tão-pouco a sua caminhada poderia classificar--se de simples passeio. De qualquer modo, dirigiu-se para ali e estendeu-se de costas no solo, com os braços cruzados atrás da nuca, à sombra de alguns arbustos, enquanto o animal pastava na margem do lago. Assim se passou um bom bocado, durante o qual Charles permaneceu pensativo, visivelmente inquieto. Qual seria a causa do seu estado de ânimo? Nem ele mesmo o sabia, embora algo lhe segredasse que podia muito bem respeitar a Tula Charisse e à notícia que seu primo lhe dera quanto aos seus propósitos de se casar com ela. Como podia ter sucedido aquilo se a própria rapariga lhe garantira não serem as suas relações com o primo as mais cordiais? Howard Charisse afirmara haver-lhe feito uma promessa a troco do seu consentime

PAS707. Isto não é comigo!

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A gente voltava já do enterro. Salvo os quatro madeireiros sobreviventes, que se haviam demorado um pouco mais junto da cova comum dos seus companheiros, todos pareciam ter pressa em regressar à povoação, onde os sinos da igreja chamavam os fiéis. Charles passou pela frente daqueles homens e mulheres e conseguiu descobrir ainda a jovem, detida na lomba onde estava encravado o cemitério. As cruzes, sob o sol ainda na sua, curva ascendente, recortavam-se como braços que implorassem clemência. Esporeou o cavalo naquela direção, mas antes que pudesse ali chegar aconteceu algo de imprevisto que o encheu de confusão. Os quatro serradores haviam-se lançado contra ela. A rapariga deixou escapar um grito e, apesar da resistência que oferecia, foi arrancada da sela e arrojada por terra, onde os seus atacantes procuraram dominá-la. Mas já Charles Derek se precipitava sobre o grupo. — Que fazem vocês? — perguntou descavalgando e tratando de libertar a jovem. -- Será que enlouqueceram? — Isto não é