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Mostrando postagens de março, 2017

PAS733. A arte de bem cavalgar um «Furacão»

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—Não temes que o teu cavalo fuja? — perguntou Ales, a olhar com admiração o lindo equídeo, negro e brilhante como alcatrão, que tinha ficado solto. — Não. Pode ser que ele dê uma corridinha, mas nunca sai do alcance da minha vista. É tão fiel como uni cão. —Agrada-me muito. Nós tínhamos bons cavalos, mas não melhores do que este. Deixas que eu o monte? — Será melhor que não. —Porquê? —Bom, é que ele é muito fogoso, e pode atirar-te ao chão — respondeu Lyn a esboçar um sorriso, —A mim? Bah! Eu montava-o nem que ele fosse selvagem — respondeu convencido o jovem. — Não te fies na sua mansa aparência. Chamo-o «Furacão» e ele faz honra ao seu nome. É um autêntico alazão! —Se não me deixares montá-lo, diz claramente —respondeu o rapaz furioso. —E porque não hei-de deixar? Simplesmente aviso-te das suas manhas. —Então, deixas...? — insistiu Ales. —Como quiseres—disse Lyn. — Mas recorda-te do que te disse. — Sei montar, apesar de não acreditares—respondeu o rapaz com gana. — Muito bem. Lyn ass

PAS732. Irmãos de sangue

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— Há pouco mais de dois anos andava eu pelas imediações das Montanhas Negras, a caçar para uma caravana de pioneiros que se dirigiam em busca de novas terras, mas nessa altura ainda não se tinha descoberto ouro, apesar de correrem alguns rumores. Fez uma pausa para comer mais um pouco. —O lugar era perigoso, pois os índios nunca gostaram que andássemos pelos seus territórios. De súbito ouvi disparos e fugi. Mas não eram para mim. Contudo, alguém podia estar em apuros, de modo que me encaminhei para o local dos disparos, tomando todas as precauções. Deste modo deparei com uma cena muito parecida com a que tu foste protagonista, Ales. Tratava-se só de um índio. Três tipos mal-encarados tentavam divertir-se á sua custa, mas acabaram por se impacientarem por não o conseguirem. — «Atira-lhe à cabeça» —gritava um deles no momento que eu me aproximava de uma rocha próxima. —Era um índio, mas apesar de tudo não me agradou o proceder daqueles tipos, de modo que os afugentei a tiros. O pele-verm

RB010. Dakota

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(Coleção Rio Bravo, nº 10)   Esta novela de Tex Taylor faz pensar que o autor a terá escrito para cumprir calendário. A tradução também não ajuda muito, existindo momentos em que o texto não faz sentido. O argumento não é muito conseguido. O velho Reynolds abandona a sua terra pois é perseguido por um cacique local que lhe corteja a filha. Parte com os dois filhos mas não se livra da perseguição do malvado. Lyn Chapman cruza-se com os fugitivos quando eles são atacados pelos homens do cacique Dylon. Reynolds está ferido e imediatamente providenciou socorro para o patriarca da família ajudando-os a chegar a Rapid. Pelo meio, um ataque dos índios foi providencial para afastar os homens de Dyson e Lyn acaba por se apaixonar ela bela filha de Reynolds… Apesar de tudo há uma ou outra passagem que nos conduz ao cerne das novelas de Taylor. Aí sente-se a verdadeira novela do Oeste. Vamos deixar duas dessas passagens. 

RB009.Murphy Malloy

(Coleção Rio Bravo, nº 9). Capa e texto indisponíveis

RB008. Os corvos de Pinney Butts

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(Coleção Rio Bravo, nº 8)

RB007. A orgulhosa de Fowler

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(Coleção Rio Bravo, nº 7)   Todos os arrogantes têm uma história triste por trás. Isso acontecia com aquela mulher, a orgulhosa de Fowler. Uns anos antes, tinha sido violada, roubada e, não contentes com isso, ainda lhe raptaram a filha... Nunca mais soube dela. Um dia, o filho de alguém que participara nesses atos chegou ao seu rancho e contratou-o. Ambos se reconheciam na história do passado, mas tentaram ocultar isso um ao outro. Relacionavam-se, sempre com algo escondido nesse relacionamento. Ela conduziu a sua vingança e fê-lo ir parar à prisão... A novela desenvolve-se verdadeiramente cinco anos depois. O ex-presidiário procura a menina raptada e, após ter abatido os que efetivamente participaram no vil ato, trá-la para junto da mãe. Mas alguém o esperava com más intenções, alguém tinha cometido ações torpes na sua ausência. Eis mais uma narrativa de Joe Mogar um pouco complexa, em determinados momentos, com passagens muito comoventes. A capa, magnífica, não assinada, mostra o re

PAS731. As esporas reveladoras

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O homem que saiu da cidade montado num cavalo baio e tomou o caminho a galope, pela estrada das diligências, parecia tudo menos um homem que vencera. Tinha o olhar pousado no chão, a cabeça caída sobre o peito e as mãos como que sem forças, descansando sobre a crina do animal. Sabia que Bela procuraria esconder-se em qualquer lugar, que fugiria mal visse uma sombra, pensando que fosse «Lord Diabo» que andasse atrás dela. A sua figura, o seu aspeto geral, visto de noite, era o mesmo. Se ao menos tudo aquilo tivesse ocorrido durante o dia, Bela, oculta, onde quer que estivesse; podia reconhecê-lo facilmente. Mas não. As trevas envolviam tudo. Ainda que a matassem, julgaria que, era «Lord Diabo» que ia atrás dela. Burton pensou que talvez não a encontrasse mais. Que aquele triunfo da Lei tinha significado, era evidente, mas em contrapartida, para ele, era a perda das suas mais íntimas ilusões, a perda da única mulher que alguma vez lhe tinha interessado na vida. Olhava para ambos os lados

PAS730. A luz voltou ao teu olhar

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O doutor Trent tentou ganhar tempo, a todo o transe. —Por onde entrou? — Eu entro por qualquer lado, amigo. Sou um desses indivíduos que sabem trepar pelas paredes. Mas não falemos disso agora. Diga-me, doutor dos infernos, onde está a rapariga? —Pa... para que a quer? «Lord Diabo» soltou uma gargalhada. Se a sua voz fazia calafrios, àquela gargalhada não havia quem resistisse. Pareci provir do Além. Era como se atravessasse a pele e 'a corroesse lentamente. O doutor Trent teve um estremecimento, porque sabia por instinto que não poderia lutar contra aquele poder satânico. —É urna doente — disse baixinho. — ou ainda pior do que isso, segundo o ponto de vista. Se há algo de humano em si, suplico-lhe... —A minha humanidade perdi-a há anos —riu «Lord Diabo. — Se visse o meu rosto compreendê-lo-ia. Mas não percamos tempo em conversas inúteis. Leve-me onde ela se encontra ou acabará como acabou Sandor. O médico compreendeu que não podia resistir. —Vou levá-lo. —Vamos. Ia tirar-lhe a ven

PAS729. A garra do salvador

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Sandor viu uma janela iluminada que devia corresponder às traseiras de qualquer hotel. Na janela recortava-se a silhueta de uma mulher uma mulher que se encontrava só, provavelmente. Não perdeu um segundo. Com uma agilidade de felino e contorcendo sabiamente o seu delgado corpo, o facínora foi trepando pela parede de tábuas até chegar à janela. Viam-se ali uma fendas, como se alguém a tivesse arranhado, mas ele não fez caso. A janela estava fechada. Sem perder tempo, Sandor partiu os vidros com a culatra do revólver e entrou. Durante uns segundos a sua silhueta recortou-se em frente da luz, mas o sheriff não teve tempo de disparar. Do solo, Sandor, contemplou a rapariga. Bom, aquilo é que era um monumento, um portento, qualquer coisa pela qual valia a pena subir não a uma janela, mas se tanto fosse necessário a uma torre. A rapariga não o via. A rapariga estava cega! —Ê o senhor... «Lord Diabo»? — Perguntou Bela receosamente. Saudar engoliu em seco. De modo que era aquela a rapariga de

PAS728. Um pedaço de vestido de mulher

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Por entre as colinas ardia uma diligência. Indubitavelmente os bandidos mexicanos tinham-na assaltado pouco antes, roubando-a e lançando fogo aos restos. Decerto não encontraria ali nenhum sobrevivente. Mas, por curiosidade, «Lord Diabo» aproximou-se. A diligência era pequena, das que faziam trajetos curtos e por isso não devia levar mais do que quatro passageiros. De tal se convenceu bem depressa «Lord Diabo», porque três deles estavam meio calcinados entre os destroços. Tinham sido mortos a tiro e à pancada e a sua agonia não devia ter sido divertida, nem rápida. «Lord Diabo» contemplou-os com um olhar inexpressivo. Não havia já neles nada de valor, porque os corpos tinham sido revistados minuciosamente. Por isso limitou-se a voltá-los com o pé, procurando não se. queimar. Depois voltou de novo a montar a cavalo para se afastar dali. Caminhava lenta e tranquilamente. Qualquer outro teria ficado a tremer ao pensar que pudessem encontrá-lo ali e culpá-lo daquele assalto. Mas ele não. N

PAS727. Reencontro em Dallas

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O homem que galopava através da planície parecia querer chegar a Dallas como uma flecha. Montava um magnífico corcel, uma bela estampa, mas que não era de cor viva. A sela também era vulgar, o que parecia indicar que o cavaleiro não queria que a sua montada chamasse demasiado a atenção. Em contrapartida, ele sim. Segurava as rédeas com a mão direita, em vez de o fazer com a esquerda, como é natural a todos os que montam, para ter a destra livre e poder empunhar o revólver. Mas este cavaleiro lá tinha os seus motivos. A sua mão esquerda consistia numa série de peças metálicas articuladas, formando uma verdadeira garra. As suas feições estavam completamente cobertas por uma máscara vermelha que só deixava ver dois buracos, um para a boca e outro para os olhos.  À  luz mortiça da planície, e sob o sol que já começava a esconder-se, aquele homem, parecia uma autêntica visão de pesadelo. Estava a meia jornada de Dallas, e contava chegar à cidade durante a noite.

RB006. Lord Diabo

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(Coleção Rio Bravo, nº 6)     «Lord» Diabo… Uma visão que causava repugnância e medo. Um homem com uma máscara que lhe tapava parte da cara deformada e com uma garra que lha substituía a mão esquerda. Do cárcere marcou o reencontro do seu bando para a cidade de Dallas. E todos para ali se dirigiram cruzando o seu destino com uma cega que procurava alguém que lhe devolvesse a vista. Kane traz-nos mais uma novela em que o inesperado se revela no homem capaz de destruir a sua própria quadrilha. Eis algumas passagens 

RB005. Max, o negro

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(Coleção Rio Bravo, nº 5)

RB004. O rancho dos mistérios

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(Coleção Rio Bravo, nº 4)

RB003. Mensagem para um enforcado

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(Coleção Rio Bravo, nº 3)

PAS726. É impossível resistir à mulher de vermelho

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Estrella e Sidney sentaram-se numa mesa relativamente afastada. Ele encomendou um esplêndido jantar e vinhos da Califórnia. Não tinha muito dinheiro, pois durante aquele ano à procura de Estrella só conseguira economizar uma parte do que lhe pagavam como explorador do Exército, mas decidiu gastar tudo naquela noite. Só queria deixar um pouco para o enterro de Estrella. Sim, queria fazer-lhe um enterro digno. Ela pareceu adivinhar os seus pensamentos. —Comprar-me-ás flores — disse num sussurro. — Quero muitas flores vermelhas, Sidney, sobre o meu vestido vermelho. — Comprar-tas-ei. Comeram e beberam em silêncio. Ele evitava olhá-la, mas de vez em quando notava sobre a pele o contacto quente dos seus olhos. Era um contacto que lhe causava prazer e ao mesmo tempo lhe fazia mal. —Que idade tens, Estrella? —Vinte e quatro. —Não és uma criança... —Bem vês que não. —Onde nasceste? —Em Richmond, Virgínia. Mas advirto-te, Sidney, que quantas menos coisas me perguntares, melhor. Não se deve proc

PAS725. Mata-me enquanto durmo

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Sidney perguntou, martelando as palavras: —Chamas-te Estrella Kurzon? —Sim. A voz da mulher era ligeiramente suave, trocista e falava com o quente acento do Sul. Sidney acariciou o coldre. — Ias casar-te em Alabama com um homem chamado John Barton? —Sim. —Cravaste-lhe duas balas pelas costas? —Sim. A mulher respondia firmemente, sem vacilar, enviando-lhe até ao fundo da pele o olhar dos seus olhos negros. —Estás a reconhecer o teu delito—disse Sidney sem deixar de acariciar o revólver. —Nunca supus tantas facilidades. —Digo sempre a verdade. —Sempre? Disseste a verdade a John quando asseguraste que o amavas antes de lhe descarregares um revólver nas costas? —Essa foi a única mentira da minha vida. —E não foi nada má. Posso saber, pelo menos, por que o mataste? —Não. A negativa da mulher surpreendeu Sidney. —Confessaste o teu crime e agora não queres dizer isso? Advirto-te que o resultado vai ser o mesmo. Pergunto-o por simples curiosidade. —Não o digo. E vou fazer uma pergunta. Quem és

PAS724. No encalce da mulher de vermelho

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A busca começara no Novo México, onde abundavam os jogadores profissionais e as mulheres bonitas. Sidney pensara que uma mulher que acaba de roubar vinte mil dólares deve ter interesse em tomar quanto antes um dos navios que levam a Nova Orleans ou a Tampa, na Flórida, donde é fácil desaparecer. Mas a mulher do vestido vermelho não tomara nenhum navio. Sidney perdera a sua pista até que o dono de um hotel assegurou ter-lhe dado alojamento por uma noite. —Eram uma mulher e dois homens. Eles com pinta de pistoleiros profissionais, porque usavam os coldres baixos e vestiam de uma maneira que aqui já não se usa. Pareciam condutores de mana- das daqueles que há mais a Oeste. Mas ela... diabos, ela era uma senhora! Levava um vestido vermelho bastante estragado e saiu a comprar outro. Parecia sentir um fraco por essa cor. Era morena, com os olhos negros. O tipo de mexicana ardente... Juro--lhe que ,naquela noite não pude dormir. Se a minha mulher chega a adivinhar-me os pensamentos, mata-me.

PAS723. Um casamento gorado

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Tudo acontecera meses antes, em Agosto de 1865. Sidney Barton era o abandonado da família. Explorador infatigável no Oeste, recebera um dia o convite de seu irmão John para que assistisse ao seu casamento. E dirigira-se a Tuscalosa, no Alabama, onde estava a velha casa da família. Mas ali não encontrara ninguém. Bem, «ninguém», não. Tinha encontrado o seu irmão John, agonizando por causa de duas balas nas costas. John ainda pudera falar. Pudera dizer-lhe coisas importantes antes dos seus olhos se fecharem para sempre. —Foi ela... Estrella Kurzon... ia casar-se comigo. Quando estávamos a sós disparou dois tiros pelas costas... —Mas porquê? Porquê? —Não... não sei. Sidney Barton lembra-se de que tivera um gesto de angústia e passara a língua pelos lábios secos. —John... Tu tinhas sorte nos negócios. Ê o dono da frota mais importante da rio Alabama... Os teus barcos transportam algodão de Montgomery até ao golfo do México e aos países do Sul. Fê-lo para te roubar? Que diabos pretendia? —L

RB002. Canção para os mortos

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(Coleção Rio Bravo, nº 2)     «Chamava-se Barton e tinha que matar uma mulher. «Durante mais de um ano, durante doze a treze meses intermináveis, perseguira-a desde os terrenos algodoeiros de Alabama às planícies do Mississipi, e daí aos lagos da Louisiana e aos caminhos poeirentos do Texas, onde abundavam os pistoleiros. Agora tinha-a na sua frente. Estava em frente dele, com o seu diabólico vestido vermelho, empunhando um revólver e com um homem de cada lado. Dois pistoleiros a soldo dispostos a defendê-la. «Fazia um calor horrível. «Barton sabia que ali era necessário viver ou morrer. «Estava-se em Abilene, Texas, num dia de Agosto de 1866. » Assim começou Silver Kane esta «Canção para os mortos». Trata-se de uma novela no melhor estilo do autor o qual esteve muito presente nesta fase inicial da Coleção Rio Bravo. Para o ilustrar, iremoa apresentar algumas passagens que nos mostram que a relação de Barton com a bela mulher vestida de vermelho nunca foi pacífica nem bem definida... 

RB001. A escrava do Forte Shanon

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(Coleção Rio Bravo, nº 1)

CLT090. O caminho da perdição

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(Coleção Colt, nº 90)

CLT089. Chegar a tempo

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(Coleção Colt, nº 89)

CLT088. A cicatriz acusadora

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(Coleção Colt, nº 88)

CLT087. O réptil do deserto

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(Coleção Colt, nº 87)

CLT086. Sangue no bosque

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(Coleção Colt, nº 86)

CLT085. O cavalo do morto

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(Coleção Colt, nº 85)

CLT084. Revolta nas minas

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(Coleção Colt, nº 84)

CLT083. Perseguição até ao fim

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(Coleção Colt, nº 83)

CLT082. Metido num beco sem saída

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(Coleção Colt, nº 82)

CLT081. O defensor dos Hattaway

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(Coleção Colt, nº 81)