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Mostrando postagens de março, 2016

PAS609. O destino dos que sabem demais

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— Minha senhora! O doutor está a dizer-lhe adeus. Não lhe quer corresponder? Maria Bustillo, a jovem mexicana, fitava Helena Morgan, admirada. Com um suspiro, Helena virou-se para trás e agitou a mão. Enquadrado no umbral da porta estava Ulisses Morgan que, muito risonho, lhe acenou em sinal de despedida. Helena virou-se novamente para a frente e ficou a olhar para o filho que estava ao colo de Maria, procurando agarrar as rédeas, pois era a mexicana quem conduzia o carro. — Vamos? Não percamos mais tempo. Quero chegar a Santa Fé quanto antes. — Não percebo como o senhor doutor a deixa partir com o menino, sem arranjar uma escolta para nos acompanhar. Santa Fé fica muito longe! — Nada receies, Maria. Viajaremos apenas de dia. — Qualquer pessoa diria que a senhora não sente pena de se separar do seu marido! Helena sentiu-se corar. Com modos bruscos, cortou: — Basta de comentários, Maria. Se não queres conduzir, eu seguro nas rédeas. Maria Bustillo agitou as rédeas, incitando os cavalos.

BIS107. Mãos traidoras

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(Coleção Bisonte, nº 107) «Nas suas longas viagens pelas montanhas, os pesquisadores de ouro não costumavam usar os cavalos como meio de locomoção. Os cavalos não só caíam com muita frequência, como se negavam em absoluto a passar pelos estreitos e escarpados caminhos que os solitários (mineiros tinham de percorrer para alcançar os ribeiros onde por vezes apareciam os tão desejados «coloors». Por isso davam a preferência a resignados burros que carregavam com o material necessário para ias explorações, indo eles a pé e à frente dos animais. Nunca houvera um pesquisador tão otimista que se lembrasse de levar consigo um saco destinado a armazenar o ouro que viesse a encontrar, isto porque nenhum deles acreditava muito que essa possibilidade se viesse a verificar. Quando a sorte bafejava um desses homens, competia ao asno transportar a fortuna que o dono tinha encontrado. E, nessa altura, lá vinha o pobre bicho ajoujado ao peso duma carga pessimamente distribuída por tudo que servisse par

PAS608. Os avanços da civilização

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Lorde Patrick, sem poder pronunciar uma palavra, seguia com emoção os movimentos daquela jovem que ele havia insultado. Pela primeira vez, depois de longos anos, lorde Patrick sentiu as lágrimas a inundarem-lhe o rosto. Abraçou-se ao filho, seguindo os movimentos da Iuta. Heddy, seguida, de oito cavaleiros, surgiu como um furacão diante de Leclair, os seus braços moveram-se com extraordinária rapidez e perto de vinte homens caíram crivados de chumbo. — Essa mulher é um demónio! — gritou o rancheiro gordo. A luta prosseguiu. Bergson projectou-se contra os guerreiros índios com dez homens. Estrondos violentos cobriram o espaço e perto de trinta guerreiros foram sacudidos das seus cavalos. — O velho do chapéu de palha é um monstro! — gritou uma mulher magra. «Lobo Vermelho» deixou escapar uma praga e correu ao encontro de Bergson com os seus guerreiros. Mas Bergson, o terrível Bergson, queria provar àquele mundo de imbecis aquilo que fora. Ergueu-se sobre o cavalo e o seu corpo dobrou-se

PAS607. Salvos pela filha da escória

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Quatro bandidos armados, surgiram no limiar da porta com Leclair à frente. Lá fora o povo lançava gritos, os mesmos gritos de «Viva Leclair, o libertador». Leclair, com aspecto imponente do homem que mede a responsabilidade dos seus actos, avançou dois passos e parou. — Milorde. O povo reclama. a vossa presença. — Está tudo pronto? — perguntou lorde Patrick, com a mesma autoridade que lhe era conhecida, quando falava para um inferior. — Tudo pronto, milorde. Lorde Patrick voltou-se para o filho. — Vamos, Roberto. Precisamos de mostrar a essa canalha como morre um nobre. Ao terminar, com a cabeça erguida e expressão de desprezo estampada no rosto altivo, caminhou para a porta precedido pelo filho e pelos bandidos. O povo, ao vê-los, começou a blasfemar e lançar insultos.  Mulheres desvairadas atiravam-lhes punhados de terra. Lorde Patrick, sempre de cabeça erguida, passou no meio da turba, cercado por dezenas de bandidos e índios. Uma massa de gente seguia atrás, ora gargalhando ora lan

PAS606. Uma plebeia de nobre atitude

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Lorde Patrick ia a dobrar uma esquina a cavalo quando uma figura de mulher montada também a cavalo atravessou uma rua. Franziu a testa e voltou o cavalo em perseguição mulher. A mulher chegou diante de um «bar» e desmontou. Lorde Patrick também fez o mesmo e entrou. Foi direitinho a ela de testa anuviada e lábios contraídos, — Ainda bem que a encontro, «miss» Heddy — disse ele sem cumprimentá-la. A jovem fingiu assombro, depois arrastou uma cadeira e fez sinal a lorde Patrick para que se sentasse. — Queira sentar-se, milorde. Lorde Patrick recusou, dizendo: — Este lugar não é digno de um par da Escócia. É próprio para os meus criados. A jovem mordeu os lábios, mas dominou-se. — Em que posso servi-lo, lorde Patrick? — Em nada. Em coisa alguma. Venho apenas avisá-Ia que não volte a encontrar-se com lorde Roberto Patrick Darnley. Compreende o que quer dizer? Lorde Roberto Patrick Darnley, um senhor da Escócia, um descendente dos reis da Escócia, não pode e não deve apaixonar-se por uma fi

BIS106. Dança dos "Colts"

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(Coleção Bisonte, nº 106)       Um nobre escocês, senhor de razoável fortuna, que reivindicava para si a qualidade de ascendência real, estabeleceu-se no Oregon, onde construiu ume espécie de fortaleza protegida por homens armados a partir da qual realizava os seus negócios e geria os seus projetos. O seu poder era de tal ordem que dominava as próprias autoridades sendo detestado pela população em geral. O asco do povo ao nobre aumentou quando o filho concluiu o curso de engenharia, regressou à cidade, e o nobre, convencido que era o paladino da civilização, decidiu avançar com um projeto de instalação do caminho de ferro que iria interferir com as explorações dos populares e com o território dos índios. Desenhou-se a partir daqui particular resistência com dois campos bem definidos. Os populares contrataram uma série de pistoleiros para combater o projeto, conseguindo ainda o apoio dos índios, mas, após um conjunto de peripécias, o autodenominado arauto da civilização conseguiu implem

PAS605. Requiem pelos cachorros dos criminosos

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Uma hora depois de escurecer entraram em Fresno. Passaram duas ou três ruas solitárias que os conduziram à praça. Subitamente detiveram os cavalos. Os raios prateados da lua cheia apresentaram ente os seus atónitos olhos um espetáculo surpreendente e incrível. De um velho carvalho pendia um despojo humano, sujeito pelo pescoço por uma corda de cânhamo. Aproximaram-se lentamente. Aqueles despojos pertenciam ao inocente Paul. Alguma mão criminosa havia-se saciado sadicamente, enforcando o inocente. O tumefacto rosto do menino apresentava um ar de terror e súplica. Sem dúvida percebera a sorte que ia correr e os seus gritos de inocência não serviram para a brandar os secos corações dos seus verdugos. À altura do peito haviam-lhe posto um cartaz com a seguinte inscrição: «Assim morrem os cachorros dos criminosos». Harry Aldon cerrou os dentes com desespero. Debaixo do cadáver havia um corpo estendido no solo tratava-se de uma mulher. — É Joyce, a minha cunhada — rouquejou Luter O jovem sa

PAS604. O beijo do assassino

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Celeste retirou-se para os seus aposentos mais tarde do que o costume. A conversa com Jeff tinha-se prolongado até muito depois da meia-noite. Jeff era partidário de se enforcar Harry sem tardar, contra a oposição de sua irmã que desejava torturá-lo. Esta ideia acalmou a jovem. O nervosismo impedia Celeste de conciliar o sono. Por fim adormeceu depois de muito se agitar na cama. Não soube quanto tempo permaneceu adormecida. Uma rara sensação a despertou. A luz da lua entrava em caudais no seu quarto, inundando-o de grata penumbra. Imediatamente abriu a boca para dar um grito de alarme. Uma mão tapou-lha, dizendo: — Segundo tu, matei Monty; não me dês ocasião de te matar também. Só desejo falar contigo. A jovem agitou-se durante alguns instantes, mas, vendo a impossibilidade de se livrar daquela tenaz de ferro, optou por imobilizar-se. Pouco a pouco Harry retirou a mão. — Sempre foste sensata, Celeste, até que um maldito se lembrou de assassinar o teu irmão. Sou o único suspeito, compre

PAS603. 100 chicotadas num homem

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A lua cheia estendia os seus raios prateados pela paisagem, iluminando-a de uma ténue luz azulada, permitindo ver os objetos situados a certa distância. Harry Melou apeou-se do cavalo, atou-o ao tronco de uma árvore e decidiu fazer o resto do caminho a pé. A sua corpulenta estatura foi absorvida pelas sombras do arvoredo próximo do rancho «Quatro Barras». Avançou com infinitas precauções até se encontrar em frente do enorme edifício. Estendeu-se no solo e começou a arrastar-se lentamente. A escuridão que a rodeava era tão completa que nem deu conta de ter passado' sobre uru monte de folhas secas que estalaram sob o peso do seu corpo. Subitamente, algo caiu sobre ele: era um homem oculto entre as ramadas duma árvore. Começou um feroz combate. Harry para se livrar de quem cavalgava às suas costas, e o outro procurando dominá-lo. A voz do seu inimigo atraiu imediatamente os outros homens postados nas imediações. Harry não esperava aquela surpresa e poucos minutos depois sucumbia ante

PAS602. 15000 dólares por um criminoso vivo

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Monty Russell foi a enterrar no pequeno cemitério de Fresno. Além da família composta pelos seus irmãos mais novos, Jeff e Celeste, também se encontrava com eles a tia Nora, a frágil e caduca mulher, irmã da mãe dos jovens, assim como muitos vizinhos e rancheiros da povoação. Os Russell foram sempre apreciados pelas suas inumeráveis qualidades e boa vontade com que acudiam a socorrer o próximo. Todos queriam e respeitavam o desaparecido proprietário do «Quatro Barras», tanto como a Celeste e Jeff, pois ambos seguiam a linha de bondade marcada pelo seu irmão mais velho. A indignação que o vil assassínio produziu era unânime. Nem um só dos homens presentes deixou de pensar no prazer que experimentaria se pudesse enfrentar o assassino. Quando o pastor terminou o correspondente panegírico, ouviram-se as primeiras pazadas de terra chocarem com a tampa do ataúde. Naquele momento, a voz vibrante de Celeste Russell elevou-se, e, embargada pela dor, disse: — Juro não descansar, Monty, enquanto

BIS105. Matar ou morrer

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(Coleção Bisonte, nº 105)     «Matar ou morrer» é mais um livro onde Raf G.Smith exibe as suas caraterísticas mais conhecidas: fanfarronice estúpida no herói principal, neste caso, Harry Aldon e aguçado instinto para a intriga policial desenhada a partir de um assassínio com caraterísticas de muita crueldade e sucessiva lista de suspeitos até se chegar ao culpado, muitas vezes, alguém que nem força tinha para matar uma formiga. A linguagem do autor é ainda típica de um provincianismo saloio, com diálogos sem nexo, e denunciando o modo como ele próprio falaria com os seus conterrâneos, afastando-se assim de uma linguagem do Oeste. Dito isto, este livro, contemporâneo do «Vingança Trágica» publicado na Búfalo e de uma importante sequência na Cow-Boy, até é interessante, mas nada traz de novo em relação ao autor. A capa, denunciando uma situação pela qual a heroína Celeste foi obrigada a passar pelo seu noivo que ela acusava de assassínio, é excelente. A pobre foi abandonada na noite e

BIS104. Sangue Rebelde

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(Coleção Bisonte, nº 104)

BIS103. Salão Linda

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(Coleção Bisonte, nº 103)

BIS102. Perseguição de morte

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(Coleção Bisonte, nº 102)

BIS101. O Bando do ás

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(Coleção Bisonte, nº 101)

ARZ110. Não quero matar

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(Coleção Arizona, nº 110).

ARZ109. Salteadores de caravanas

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  (Coleção Arizona, nº 109).       Surpresa das surpresas. Este livro da Coleção Arizona é o mesmo que, mais ou menos, dois anos antes tinha sido publicado na Coleção Búfalo, nº 102, sob o título «Com sangue também se paga». Como justificar uma aldrabice como esta? Aldrabice que se descobre logo de início porque o nome da princesa india é inesquecível: Minetake. Assim, que podemos dizer? O mesmo que se disse para o correspondente da Búfalo: «A. G. Murphy. é um especialista em questões de caravanas que têm de atravessar território índio, deixando sempre uma porta aberta para o diálogo, e vencer batalhas com salteadores que gostem de se apropriar do alheio. Desta vez, a acção essencial não é no interior da caravana, mas, fora dela, com forças que combatem esses salteadores. Para além disso, consegue introduzir nas suas novelas acções em que a paixão entre dois seres seja em geral contrariada. Neste caso, a personagem central apaixonou-se por uma linda princesa índia, Minetake, e resolveu

ARZ108. O homem do Sul

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(Coleção Arizona, nº 108).

ARZ107. A mensagem da morte

(Coleção Arizona, nº 107). Capa e Texto indisponíveis

ARZ106. Matei meu cunhado

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(Coleção Arizona, nº 106).

ARZ105. A timidez do vaqueiro

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  (Coleção Arizona, nº 105).

PAS601. Assim morre um pistoleiro

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Uma chama interior de redenção brilhou nos olhos de Adam Neumann. O arreigado sentimento que ardia no íntimo do seu peito impeliu-o decididamente para a frente, para aparar as balas que vinham já ao seu encontro, saídas do revólver de Brandwist. Estremeceu, cambaleante, como se, de repente, tivesse tropeçado numa barreira invisível. Uma barreira de chumbo que se lhe cravou em pleno peito. Mordendo os lábios para suavizar a dor, Neumann apertou o gatilho, possuído de uma raiva infinita, e disparou. Brandwist caiu. Continuou disparando. Uma rajada de tiros, em leque, terrivelmente certeiros liquidaram prontamente Thagge, Printex e Worthig que viu ainda vagamente cair, através das névoas que lhe cobriam os olhos. Quando se deixou cair, primeiro de joelhos e depois de cara para baixo, pôde ainda dirigir um último olhar a Katie Parkington. — Adam! Adam! Aquele grito lancinante da jovem foi a última coisa que ouviu. Um grito que, mais do que um clamor de aflição, foi uma prece de amor. Foi a

PAS600. Cinco homens mal trajados

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A rua principal de Valongo estava deserta e adormecida, como abochornada pelo calor. Um cão vagabundo que fossava num monturo fugiu correndo, de rabo entre as pernas quando o grupo de cavaleiros fez a sua entrada na rua. Eram cinco homens. Cinco cavaleiros mal trajados, barbudos, cobertos d pó da longa caminhada... e todos bem armados. Um estremecimento percorreu os habitantes da cidade que obrigados à sombra dos alpendres ou através das reixas das janelas contemplavam a entrada da estranha comitiva. Juntamente com aqueles homens cavalgava também a morte... Sombrios e receosos, os cavaleiros avançavam em fila indiana até ao centro da povoação. O que capitaneava o grupo, sem dúvida o mais velho de todos, parecia estudar cautelosamente o terreno, enquanto os companheiros se limitavam a cavalgar atrás dele com as mãos próximas das coronhas das armas, detendo-se finalmente, junto do «Casino dos Ganadeiros». Desmontaram. Sem quaisquer pressas, os homens amarraram as suas montadas à trave de

PAS599. A «pinhata»

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Umas após outras, Adam Neumann e Katie Parkington dançaram ininterruptamente uma série de bailados, ante a estupefação e a expectativa das beldades presentes que, ao seu enorme espanto, aliavam a sua pontinha de inveja. Formavam, sem dúvida, um bonito par. Um par a princípio tímido e receoso mas que, à medida que o tempo decorria se foi animando e tornando tão íntimo que o diálogo travado entre os dois dava a impressão de que se tratava de pessoas de grande intimidade. Chegado o intervalo, o homem que tocava a trompete lançou no espaço uma vibrante harmonia que foi entusiasticamente aplaudida e acompanhada em coro pelos assistentes. — Oh! É a «pinhata» -- exclamou Katie com o maior entusiasmo. — A «pinhata»? — replicou Neumann. — Que diabo significa isso, Katie? A jovem apercebeu-se de que, pela primeira vez, o forasteiro a tratava pelo seu nome. Uma alegria luminosa brilhou nos seus olhos. — Vai já ver, Adam; é um velho costume nosso. Em determinado momento interrompe-se o baile para

PAS598. Convite para dançar

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Irresistivelmente atraído pelo buliçoso ambiente, Neumann esqueceu-se, por momentos, do assunto que ali levara e sentindo um frémito de entusiasmo percorre -lhe todo o corpo, e que os seus pés começavam a pular-lhe para a dança, procurou com os olhos uma moça galante para seu par. Katie Parkington. Era de presumir que ela estivesse na festa. Encontrava-se ali toda a gente. Nem um único habitante de Valongo ou dos arredores faltaria a uma festa da Câmara, Katie! Descobriu-a finalmente rindo num grupo de lindas raparigas, entre as quais a sua deslumbrante beleza sobressaia de forma extraordinária. Katie Parkington também já o lobrigara a ele. Para melhor dizer, desde que o forasteiro dera entrada no baile, Katie nem por um momento o perdera de vista. Apesar disso, quando se apercebeu de que Neumann a tinha descoberto e se dirigia ao seu encontro, fez de contas que o não tinha visto e procurou fazer-se desentendida... Ao chegar junto do grupo das raparigas, Neumann descobriu-se, sorrindo

PAS597. A timidez do moscardo

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A noite começava a cair. Adam Neumann contemplou o céu e o horizonte. Dentro de alguns instantes seria noite cerrada. A noite descia de modo muito estranho no Novo México. Nem um simples crepúsculo. Que diferença das noites do Texas! Deu um profundo suspiro: Texas! Bendito Deus! O belo e selvagem espetáculo do pôr-do-sol no Texas!... As luzes acabavam de ser acesas em toda a cidade. Músicas para todos os gostos faziam-se ouvir nos pianos de todos os concorridos estabelecimentos que enchiam aquela rua. Apesar de ser ainda bastante cedo, vaqueiros começavam já a divertir-se à grande. Grande número de homens circulava pelas ruas, dirigindo-se para os «saloons» e casas de jogo. Estranhando grandemente não ter visto Tommy, o forasteiro encaminhou-se vagarosamente para o «Casino dos Ganadeiros» cujo alpendre, iluminado por grandes lanternas de metal, o tornava inconfundível. O gerente do hotel informara-o de que a mais importante das casas de jogo de toda a cidade era, sem dúvida, «Casino do

ARZ104. A redenção do bandido

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  (Coleção Arizona, nº 104)     Chegou sózinho à cidade à procura de alguém. Em breve, todos viram que era pessoa muito especial de quem era perigoso ser inimigo. Foi-se afirmando com uma presença cada vez mais forte perante os homens e perante... ela. Até que um dia... "Eram cinco homens. Cinco cavaleiros mal trajados, barbudos, cobertos de pó de longa caminhada... e todos bem armados. Um estremecimento percorreu os habitantes da cidade que, abrigados à sombra dos alpendres ou através das reixas(?) das janelas contemplavam a entrada da estranha comitiva. Juntamente com aqueles homens cavalgava também a morte...". - conta S. Max. O certo é que todos se conheciam. E tiveram a má ideia de atacar aquela que agora representava muito para ele. Não consentiu. Opôs-se de armas na mão e caiu com o corpo varado de balas, mas conseguindo salvar a mulher que amava, redimindo-se assim da sua existência como bandido. Anthony S. Max, 11 obras registadas em Portugal, traz-nos um livro com o

ARZ103. Era um valente

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  (Coleção Arizona, nº 103)     Um jovem regressa a casa, depois de dez anos de ausência, supondo ir encontrar o pai em boa situação. A pouco e pouco apercebe-se que está enganado. O rancho que conhecera é um monte de destroços e o pai tinha desaparecido. A sua missão tornou-se então encontrar o pai e devolver ao rancho o brilho que este tinha tido, mas havia alguém na vizinhança que não estava interessado nas suas ações. Assim acabou por ter de empregar a força e o reencontro com o pai foi em moldes que, no final da novela, alguém pôde afirmar: «Era um valente».

ARZ102. Marcada a fogo

(Coleção Arizona, nº 102). Capa e texto indisponíveis

PAS596. O olhar do potro branco

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O «rancho» de Jack Dean ficava a cerca de meia hora de Phonex. Quando ali soubessem o que se passava e se dispusessem a enviar socorros, já ele se encontraria são e salvo a muitas léguas de distância. No dia seguinte não restaria nada mais do que um montão de madeira carbonizada. Enquanto a sua imaginação discorria sobre este e outros motivos, ia gravando com a ponta do arame em brasa o nome de Nandy Leick no pedaço de madeira. Dentro dos currais, transformados num enorme braseiro, era infernal o alvoroço das reses envolvidas pelas chamas, acicatadas pelo calor a asfixiadas pelo fumo. Cá fora, as searas lambidas pelas labaredas mais faziam lembrar um vasto oceano de fogo. Tinha escurecido por completo. O pedaço de madeira com o nome de Nandy marcado a fogo pendia do galho da mesma árvore onde prendera o cavalo. Montou novamente a cavalo e olhou para os estábulos ainda não completamente atingidos pela vaga das chamas. Os animais, no meio da confusão gerada, faziam esforços espantosos pa

PAS595. Planos de vingança

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Fez estacar o cavalo e apeou-se com penoso esforço. O braço pendia-lhe inerte ao longo do corpo, mostrando a manga encharcada e a mão inteiramente tingida de vermelho. Teve de apoiar-se na sela antes de se dirigir para a cabana. Deu um tropeção e se não tosse o recurso do braço estendido para diante, ter-se-ia estatelado antes de chegar à porta. Nandy Leick amaldiçoou mentalmente o filho de Charles Dean, bradando em altas vozes, cheio de dor e de cólera: — Swater! Swater! Abre! Sou eu... Nandy Leick! Ouviram-se uns passos precipitados e o barulho de um banco derrubado. Abriu-se a porta e apareceu o rosto de um homem contemplando o recém-chegado com espanto. Estendeu os braços e auxiliou o homem a penetrar na cabana. — Com os diabos, Nandy. Chegaram-te a valer! Entra... Levou-o até ao divã, onde ficou estendido, observando seguidamente o ferimento. Nandy perguntou quase num gemido: — Terei osso quebrado? — Não! A bala penetrou na carne e ficou aí alojada. Dentro de algumas semanas estar

PAS594. Assim começa a vida dum pistoleiro

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Jack Dean encontrava-se ainda na mesma posição, sentado na cadeira, quando Barton apareceu. Levantou-se de um salto, arredando a cadeira para o lado com o pé. Desceu do tablado para o meio da calçada, sem despregar a boca. A sua mão direita parecia adejar sobre a coronha do «Colt» que sobressaía da pistoleira, como uma ameaça permanente. — - Que pretendes daqui, Jack Dean? Deu um passo em frente e quando saiu a resposta, já, os seus olhos tinham descortinado a vaga silhueta de Corwer junto da janela e mover-se um par de sapatos de cada um dos lados dos batentes da porta de entrada. Sem que os seus olhos deixassem um instante sequer de olhar para a mão de Barton que pendia ao lado do revólver que trazia suspenso do cinto, Jack Dean disse: — Enviastes três pistoleiros a Thomsone, para assassinar meu pai. Conseguiram-no. Cheguei demasiado tarde para impedi-lo, mas dois dos pistoleiros não voltarão mais a disparar. O mais jovem conseguiu fugir apesar de ferido mas não lhe darei tréguas. Pe